Capítulo 63: Quando a ganância ultrapassa e se torna loucura! POV. Penélope

1499 Words
Eu sempre ansiei por mais na minha vida, até que conheci Karl, o meu marido, ao qual sempre fui apaixonada e digo ser um amor à primeira vista. Na época em que nos conhecemos, eu era gerente em uma boutique de roupas finas no centro de Toronto, quando ele apareceu na loja para comprar um vestido de presente para a minha sogra. Percebi que ele ficou interessado em mim do mesmo modo quando coloquei meus olhos sobre ele. Tudo foi mágico naquele dia e quando nossas mãos tocaram ao entregar o embrulho, senti aquela sensação de que o amor havia nos pegado de jeito. Depois desse dia, começamos a nos encontrar ao fim do expediente e parávamos sempre numa praça ou tomávamos sorvete e conversávamos. Na época, meu marido era um microempresário representando as vendas de produtos produzidos no pequeno sitio da sua família. Depois de muitos encontros, começamos a namorar e um ano depois, estávamos casados. Levávamos uma vida muito boa até o momento em que engravidei das meninas dois anos após casarmos, onde tudo desandou. Nunca pensei estar grávida de gêmeos e contudo, tive que sair do trabalho já que a gravidez era de risco. Karl se desdobrava em dois, três e até quatro para continuar nos dando o conforto, mas não era tão fácil assim. Como já não tinha meus pais vivos e tão pouco minha irmã que faleceu aos 18 anos de tuberculose, não tinha quem pudesse ficar comigo e meu marido havia até arrumado uma moça para me ajudar. Só que nesse tempo, não quis mais aquela mulher na minha casa já que depois de três meses trabalhando como minha enfermeira, começou a se insinuar para meu marido e mesmo que Karl já tivesse me alertado antes, quando a vi quase nua na nossa cama o esperando, acreditando que eu havia saído para uns exames e m*l sabendo que meu marido estava comigo, dei vários tapas e a arrastei pelos cabelos do jeito que estava a colocando na rua. Não havia outro senão irmos para o interior do Canadá onde meus sogros e uma cunhada moravam. Minha sogra, era uma mulher maravilhosa e me tratava como filha. Mas, passamos por uma situação um tanto constrangedora e difícil, quando a colheita e alguns animais do sítio morreram e a safra do que havia sido colhida, acabou morfando por ninguém querer comprar nos tempos difíceis que todo agricultor passa em algum momento. Como se não bastasse isso, estava na reta final da gravidez e minhas filhas vieram ao mundo numa noite de inverno num hospital com recursos quase escassos. Chloe quem nasceu primeiro. Nasceu mais gordinha e pelo que o médico falou, absorveu um pouco mais do que Clara que nasceu com o peso bom, porém, os pulmões não tão maduros quanto os da mais velha. Claro que após a retirada das meninas tive uma hemorragia ocasionando a histerectomia e para mim até foi um alívio. Eu não queria mais filhos mesmo. Foi amor à primeira vista pelas duas, mas com uma certa batida mais acelerada pela Clara que precisava mais de mim do que Chloe. Sempre as tratei como iguais até que com o passar do tempo, começou a me incomodar todos gostarem mais da Chloe do que da minha Clara. Com isso, comecei a trata-la diferente. Para mim, ela não era a pessoa que vi nascer. Que nasceu das minhas entranhas. Sempre percebi que Chloe fazia tudo para chamar a atenção de todos para ela, deixando minha Clara com as sobras. Um dia, um rapaz muito bonito do qual minha Clara gostava no ensino médio, beijou a Chloe. Aquilo foi o estopim, para ofendê-la e minha vontade era coloca-la para fora de casa, mas não podia fazer isso. Karl, que para ele suas duas filhas sempre foram as meninas dos seus olhos, me escolheria viva, aff. Daquele dia em diante, fiz da vida da Chloe um inferno e tratei minha Clara como prioridade. Na frente de todos, principalmente de Karl, não fazia distinção. Mas, pelas costas, até deixa-la de castigo só para não olhar naquela cara dela, eu a colocava. Claro, que minha Clara nunca concordou muito com isso, mas conseguia manipular sua mente da qual, depois de tudo o que aconteceu com ela que não me conformo de ter sido colocada como i****a sem saber que minha preciosa filha estava viva. Mesmo fazendo o inferno que transformava e ainda ameaçava Chloe que se dissesse a alguém o que eu fazia, ninguém acreditaria, afinal, eu poderia até ser uma atriz já que desempenharia bem esse papel. Por tudo o que fazia a Chloe me dava mais raiva. Eu queria que ela se quebrasse, mas tudo acontecia o oposto. Ela se sobressaia mais, estava sempre envolta de amigos, namorados e sempre tendo aquele sorriso no rosto que me irritava tanto. Conseguiu escapar das minhas mãos quando conseguiu sua bolsa de estudo em moda do qual sempre disse que não tinha talento, mas confesso que ela sempre teve e muito, mas ela não precisa saber e jamais admitiria esse feito. Quando Clara fez aquela loucura da qual não queria que se afastasse de nós, principalmente de mim indo para Toronto fazer sua faculdade de Jornalismo, como desejei que fosse Chloe em seu lugar. Ali, meu mundo desabou e em momentos de loucura, fazia de tudo para que Chloe fosse a minha Clara, ela me devia isso. Me devia por não tê-la salvado. Me devia por colocar na cabeça da minha filha que ela tinha que ir para Toronto ser a grande jornalista que nunca duvidei que seria. Por mais que minha filha tenha cometido esse erro ao se jogar daquela maldita ponte e nunca havia percebido o quanto sofreu na escola e na vida para chegar ao limite, com certeza é mais uma vez culpa da Chloe, aquela maldita que sim, tem obrigação de mesmo que eu tenha concordado com essa justiça que ela faria em nome da minha Clara e meu neto, foi só para usufruir de tudo o que o sucesso da Madame C tem para oferecer e como disse, ela me deve. Agora, com minha preciosa no estado em que se encontra, não é justo quando vi aquele vídeo, eu sabia que era a Clara. Conheço bem as filhas que pari, mas dar aquele tapa no rosto de Chloe foi como lavar a alma do que sempre quis fazer antes. Só fazia lavagem psicológica nela, mas agora, poderia sim mostrar quem eu sou e o quanto a odeio por ser livre, por conseguir tudo o que quer e correr atrás. Por ser sempre o centro das atenções das quais minha Clara acaba sendo posta de lado. E a i****a da minha filha não se incomoda, mas agora chega! Está na hora da Chloe mostrar que fará tudo por sua irmã e nada mais justo do que assumir ser ela no vídeo. O que me preocupa é o meu marido, que encasquetou que devemos nos divorciar e se eu não mudar, mas eu não mudarei, sempre fui assim e quero mais. Quero que Chloe se ferre e perca o belo Armstrong que está com ela, quero que Clara se separe desse bombeiro pobre e fique com Pedro, ele sim é o cara ideal para ela mesmo tendo cometido o pequeno erro que cometeu e se isso custar o meu casamento, não tô nem aí. Olhando para eles após meu marido segurar meu braço e achar que estou louca, sorrio e afirmo o que falei me desvencilhando do seu aperto. - Claro que não estou louca! A Chloe deve isso a sua irmã. Afinal... - Nem ouse terminar o que pretende mamãe. A Chloe não deve nada a mim e nem a ninguém. Realmente a senhora está louca e eu vou acabar com isso. – Clara quem responde determinada e nada satisfeita com a minha fala. Isso é um choque para mim e aperto meus cabelos com as mãos na cabeça e me desespero. Como minha filha pode estar contra mim por causa dessa daí! - Filha, você não está pensando nisso! Caia na razão, você está assim e não tem como aparecer agora! – Apelo para a sua vulnerabilidade. - Chega Penélope! As nossas filhas sabem o que fazem e nem você e ninguém tem nada a ver com isso. Para mim já deu! – Meu marido me encara com raiva e eu me assusto. Não pode ser que tudo está ruindo na minha frente, logo agora que tudo poderia ser diferente! - O que você quer dizer com isso Karl? – Pergunto num fio de voz. Karl fecha os olhos e ao abri-los me encara após um longo suspiro e dispara me deixando em choque junto a todos naquele escritório. - Eu quero o divórcio! Meus olhos se arregalam e sinto até uma vertigem quando escuto aquela palavra. Não é possível! Continua... Agora vocês já sabem um pouco do porque Penélope trata tão m*l Chloe. Simplesmente, por ser caprichosa, maldosa, perversa e invejosa.
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