Capítulo 58: Um vídeo para desmoralizar parte 2

1712 Words
Mesmo a contragosto, o policial abre a cela algemando Olívia que sorri presunçosa pelo que pretende fazer. A retirando da mesma, a leva para o telefone de fichas que há no corredor e lá, liberou algumas fichas para a loira ligar para quem queria. O certo era ela ligar para um advogado ou a sua família, mas os pais que já sabiam da sua prisão por ter sido avisado por um dos seguranças do evento a mando de Catrina, por parte do plano de Chloe para que nenhum deles movessem uma palha sequer quando soubessem em meio ao evento de alta estirpe para a sociedade canadense. A loira se lembra bem quando viu os pais chegando ao evento e por seu pai, a ajudaria, mas como sua mãe era manipuladora, convenceu o pai a não ajuda-la e nem depois quando estava na delegacia. Nenhum dos dois haviam aparecido e nem mandado um advogado. Olivia lembra bem do olhar de desprezo e cara de nojo que sua mãe fez, ao vê-la sendo levada pelos fundos quando souberam do que ela havia feito. Seu pai estava com um olhar triste, mas tinha esperança de que o mesmo se soltasse das amarras da sua mãe, e pelo visto estava enganada. Agora, estava ali, sem as algemas nos pulsos frente ao orelhão e com as fichas nas mãos, pensou em ligar para Liam, mas precisava ligar para alguém antes. O policial estava parado com seu corpo esguio perto da parede próximo à ela. os ouvidos e olhos estavam atentos enquanto a loira fazia a sua ligação. Para um amigo hacker e fornecedor de drogas assim como Liam, seu amigo e amante nas horas propícias. Apertou os botões com o telefone fora do gancho e colocou uma ficha seguida de outra. Após três toques, a ligação é atendida por uma voz grossa e sonolenta. - Alô! - Sou eu, Olívia. Preciso que faça algo para mim. Solte aquele vídeo que já tinha deixado com você antes na mídia, mas deixe a imagem do homem desfocada. Preciso para o mais rápido possível. Estou presa e quero me vingar de uma certa v***a. – Diz quase em sussurro com a mão tampando entre o microfone e a boca para que ninguém além deles escutasse. Um sorriso m*****o surgiu em seus lábios com aquele olhar sombrio de sempre. Recebeu a resposta do outro lado da linha e desligou. Olhou para o policial que estava ao seu lado com cara de cachorra pidona e o mesmo, já sabia que essa mulher era encrenca. Tanto que o delegado imaginaria que ela não conseguiria falar com os pais ou ter uma resposta negativa dos mesmos, que o autorizou que ela se pedisse, fizesse mais uma ligação. - Por favor, eu preciso fazer uma ligação novamente. Não consegui pedir para me ajudarem, será que eu poderia... O policial a interrompe depois de uma lufada de ar alta e um revirar de olhos. Balançou a cabeça consentindo e sinalizou com a mão que ela prosseguisse. Deu um sorriso parecendo inocente e agradeceu. - Obrigada! - Rum... – Rosnou em resposta. Olivia sorriu sem graça e virou-se para fazer uma nova ligação. Dessa vez era para Liam, já que sabia que com seus pais não podia contar. Após três toques, o belo homem atendeu parecendo preocupado. - Liam falando! - Sou eu Liam, Olívia. – Seus olhos marejaram ao ouvir sua voz. - Olívia! O que aconteceu com você gata que não te vi no evento e nem atende as minhas ligações. Que número é esse? – Seu tom é preocupado. - Eu fui presa Liam. Aquela vaca da Madame C me colocou aqui. – Rosna entre os dentes. - Presa! Madame C! como assim gata, o que aconteceu? Olhando de soslaio, viu que o policial já estava impaciente, vendo-a olhá-lo, bate com seu indicador no pulso onde fica o relógio alertando-a do tempo. A mesma assentiu engolindo em seco e continuou. - Liam não posso demorar. O policial está me apressando aqui. Venha a delegacia do centro e traga um advogado para me ajudar. - Olívia? Advogado, porquê? Olívia? – Liam se desespera a chamando. “Tu, tu, tu” A ligação foi encerrada, mas não por Olívia e sim por não ter mais fichas para continuar sua ligação. O policial, vendo-a colocar de volta o telefone no gancho, pediu que a loira estendesse os braços e com isso, colocou de volta as algemas, levando-a de volta para a cela. Pelo menos, o sorriso triunfante nos lábios sendo conduzida para a sua gaiola que não é de ouro, estampava seu belo rosto, por saber que em breve, alguém teria problemas. Na cobertura, Liam que acabava de fechar um negócio com alguns colombianos que estavam com bons lotes de “balinhas” para serem vendidos depois nas baladas para jovens e muitos dos que curtiam uma adrenalina, quando Olívia ligou para ele o deixando desesperado. Depois de tudo acertado, seu sócio nos seus negócios ilegais, se despediu dos colombianos e deixou seu amigo perdido em pensamentos no escritório, quando o noticiário local, transmitia uma chamada surpresa do rosto da Madame C e parte da sua entrevista. Ao ver o rosto que nunca saiu da sua mente, seu queixo caiu. Estava petrificado na sua cadeira quando de repente a porta do seu escritório se abriu abruptamente com seu sócio logo atrás tentando impedi-lo. - Senhor, não pode entrar! Apontando em direção a tela que estava lá estampado o rosto da bela mulher, o indaga com os olhos vermelhos de incredulidade num fio de voz. - É ela né? Na legenda havia um lembrete que Liam boquiaberto, encarou o homem desnorteado na sua frente e depois olhou para a tela: “Madame C, que é na verdade Chloe Mitch é a famosa estilista que tem conquistado Paris e Canadá.” - Chloe. – Balbucia o nome que acabava de ler apontando em direção a tela. - Sim Liam. Ali diz Chloe, mas é aquela menina Clara não é? – Pergunta preocupado. Engolindo em seco e sentindo o coração palpitar e pelo que Olívia disse ter sido ela quem a colocou na cadeia, sabia que aquela ali na televisão, estava atrás de justiça e então, percebeu algo que poucos haviam percebido olhando bem para aquela mulher. Se Clara estivesse viva, estaria sob o uso de lente de contato ou estaria usando óculos, já que a mesma tinha um grau alto de miopia. Daí se lembrou que ela era a irmã gêmea daquela que tanto zoaram e foram responsáveis por sua suposta morte. Seus olhos arregalados se voltaram para o pai do seu amigo e por mais que quisesse ter paz de espírito por ter causado tanta dor mais uma vez, meneou a cabeça se negando. - Não é ela senhor Harold. Ali é a irmã dela. – Seu tom é desanimado. - Como não?! Elas são idênticas! – Sua voz embargada pelo medo ressoa com lágrimas se formando em seus olhos. - São idênticas porque são gêmeas senhor Harold e o senhor mesmo quem me contou naquela época e não é a moça que morreu. Sinto muito! Harold estava inconsolado. Sentou-se na cadeira frente a mesa do rapaz e colocando as mãos na cabeça, abaixou-a e suspirou. Para ele, tinha esperanças de estar sendo enganado, mas não perdeu a certeza de seu filho Pedro ter uma segunda chance com pelo menos a irmã gêmea da mulher que o filho mais amou. Após a polvorosa do anúncio de quem era a Madame C, Chloe retorna para o apartamento encontrando todos na sala de cinema conversando sobre a entrevista da estilista. Debby foi a primeira a avistar a amiga adentrando no ambiente e cruzou os braços com cara de poucos amigos. - Olha só, quem é vivo sempre aparece! Pensei que não tinha mais casa mocinha. – Zomba com uma pitada de desdém. - Debby! – Claire a repreende e a mesma dá de ombros. - Deixa Claire, não posso fazer nada se ela está ressentida ou acha que é minha mãe. – Sorri. - Olha como ela está, cheia de marra! – A responde irônica olhando para as unhas. - Está bem mocinha. E então, gostaram da entrevista? – Pergunta desconversando. Todos balançaram a cabeça concordando que a entrevista tenha sido boa, e Karl, olhava para a filha parecendo querer falar algo e então, Chloe desconfiou e o indagou. - Pai, está tudo bem? Cadê a mamãe e o Lucca? - É... – Seu pai foi interrompido. - Estou aqui Chloe com meu neto. – Penélope adentra segurando o pequeno pela mão. - Pai? – Insiste. Sorrindo forçado, Karl coça a nuca e Chloe percebe que há algo errado. Quando seu pai estava nervoso ou com algum problema, sempre coçava a nuca e isso, ela sempre percebeu desde mais jovem. - Não é nada filha, mas poderíamos conversar no escritório. É sobre o balanço do mês na loja. – Balança a pasta verde que estava em seu colo. Karl trouxe o balanço do mês das vendas na loja que Chloe construiu para os pais como desculpa. Queria alertar a filha sobre sua esposa. m*l dormiu a noite com tudo o que ouviu e viu, que não queria que tivessem surpresas principalmente vindos da mulher que prometeu amar até o fim dos seus dias. - Podemos ir ao escritório. – Disse fazendo um gesto em direção a irmã que estava na sua cadeira de rodas prestes a voltar para o quarto com Steven. - Tudo bem pai. Clara, vamos ao escritório. Você também precisa participar dessa reunião. – Gira os calcanhares saindo da sala de cinema. Clara ficou sem reação, mas como não sabia do que se tratava, assentiu e sinalizou ao marido que a levasse para o escritório. Karl saiu logo em seguida sob o olhar atento de Penélope que tirou da cabeça o que pensou por alguns segundos, mas com o beijo na sua testa e levemente em seus lábios do marido que voltou para não levantar suspeitas, acreditava que Karl só iria apresentar o balanço que era algo que detestava participar. Assim que entraram no escritório... Continua... O que será que Harold ainda esconde além do que já sabemos? Será que agora a Penélope terá o que merece?
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