Capítulo 35: A esperança.

1090 Words
No apartamento das meninas havia uma enorme comoção à mesa do café. Todos estavam emocionados com o reencontro das amigas, que faziam meses que não se viam. Mesmo sentindo dor nas suas dobras, Debby se abaixou ficando da altura da amiga a abraçando. - Oi minha pequena. Que saudade! – Com um sorriso enorme, Debby fala. Retribuindo o abraço meio que desengonçado já que estava na sua cadeira de rodas sendo abraçada pela cintura, envolveu seus braços no pescoço de Debby a puxando mais para si. - Minha maluquinha. Estava com saudades também. O único que não estava do jeito dos adultos, era o pequeno Lucca que sorria e batia palminhas. Chloe foi até o sobrinho o tirando da cadeira de alimentação, o pegando no colo e o enchendo de beijos. O menino vendo todos chorando mesmo que fosse de felicidade e emoção por enfim as amigas estarem todas juntas, Lucca perguntou a tia algo em que os tiraram daquele momento emocionante. - Titia, porque todos estão chorando? É pela Píton do cara? – Perguntou na sua inocência. - Chloe! Por isso que não gosto quando falam essas coisas perto do Lucca. Sempre repete tudo feito papagaio. – Diz emburrada. - Papagaio. Hahaha... – Lucca repete gargalhando e batendo palmas. - Aí, tá vendo?! – Clara diz indignada. Todos se seguraram para não rir, mas foi inevitável quando Debby ao chiar sentindo dor ao se levantar, soltar sua pérola fazendo a todos gargalhar. - Ah por favor loira! É só falar para o Lucca que píton é apenas uma cobra. Eu hein! - Debby! Até você?! – A loira a repreende cruzando os braços e fazendo bico. Olhando para todos, Debby não entendia o que havia feito. Desentendida, indaga a todos. - Gente?! O que foi que eu falei? Píton, não é o nome de um tipo de cobra? Chloe meneou a cabeça sorrindo com o pequeno no colo e disparou. - Sim Debby, mas a minha irmãzinha não aceita em falarmos através de código, Lucca não vai entender mesmo. Clara torce o bico e Steven segura em sua mão levando aos lábios dando um beijo e acaba derretendo sua amada que sorriu e corou violentamente suas bochechas. - Bom família, eu preciso mesmo ir para meu quarto, tomar um bom banho e passar uma pomada na... – Apertou os lábios ao olhar em direção aos homens e o pequeno percebendo que prestavam atenção e ao olhar aqueles olhinhos curiosos, se calou. – Ah, deixa para lá. Depois nos falamos. – Girou os calcanhares se aproximando da escada sendo interrompida. - Debby? Sem olhar para trás, sabia que era a sua amiga Claire quem a chamava. Murmurou ao colocar o seu salto no primeiro degrau. - Hum. - Posso ir com você para conversarmos? – Pergunta. Respirando fundo, A loira com as pontas dos cabelos rosa, assente já sentindo do que se trata. - Claro! Dando um beijo rápido nos lábios de Dom, Claire a bela ruiva, segue a sua amiga, que parecendo estar arrastando correntes, sobe as escadas. - Posso ir também? – Chloe as indaga apreensiva. Desde que a ruiva descobriu que esconderam dela Clara e Lucca estarem vivos, que a loira e Claire não se falaram. Precisavam conversar e resolver qualquer m*l-entendido que existisse entre elas e, Chloe sabia que as duas iriam conversar sobre isso, então, nada mais justo do que as três conversarem juntas. Claire lufou o ar encarando Debby que parou nos penúltimos degraus e olhou por cima do ombro para a ruiva antes de responder a amiga. Vendo que não havia relutância em Claire, que deu de ombros, assentiu. - Sim amiga, venha. Vamos resolver logo essa arabaca. – Respondeu Debby voltando a subir os degraus. Sorriu sem jeito para os que estavam à mesa e entregou Lucca para Ellen Consuelo seguindo-as até o quarto da loira que parecia um frango assado andando de pernas mais abertas quando estava no corredor. Depois do que houve, Claire entreolhou com Chloe e ambas seguravam o riso ao verem o jeito que Debby estava. Assim que entrou no seu quarto, correu desajeitada para o banheiro enquanto as duas adentravam no cômodo em silêncio. Assim que retirou sua calcinha e o restante das peças de roupa, Debby tomou um banho rápido suspirando aliviada em meio a água morna batendo sobre a sua pele dando algumas leves ardidas, mas era revigorante. Minutos depois, terminou seu banho e passou uma pomada que tinha em sua gaveta de calcinhas, parecendo prever o que aconteceria. Enquanto isso, as duas estavam quietas uma em cada canto do quarto sem saber o que falar ou como começar algo, criando um clima constrangedor, mas, foi rompido por Debby retornando com um short-doll azul de algodão sentando-se na cama e sorrindo. - Bem meninas, aqui estou. Vamos conversar e acho que está na hora de pormos os pingos nos is! – Disse séria as encarando. Claire e Chloe se entreolharam e balançaram a cabeça consentindo se aproximando da cama e de cada lado, se sentaram ficando frente a amiga que as olhava com a sobrancelha arqueada. Enquanto as três conversavam, Steven recebeu uma ligação do hospital. Era o famoso médico quem iria atender a sua esposa e anteciparam a consulta para aquele mesmo dia, na primeira hora da tarde. Ao se afastar de todos que já estavam na sala entretendo o pequeno que tentava montar seus blocos, retornou com um sorriso enorme. Enfim, a esperança estava batendo a porta e iriam enfim, poder ver aquela bela mulher recuperar tudo o que havia perdido. Percebendo a sua chegada, Clara o indagou sentindo que o seu marido estava feliz. A bela mulher sorriu. - Steven, querido, aconteceu alguma coisa? Guardando o celular no bolso da sua calça jeans, o ruivo se aproximou e com aquele imenso sorriso, segurou nas mãos da amada esperançoso. - A sua consulta foi antecipada meu amor. Será às 13h hoje e tenho mais uma novidade. Esperançosa, Clara suspira e com um sorriso largo, perguntando curiosa. - E o que seria meu amor? Olhando para todos na sala, Steven sorriu. - Haverá um outro médico para te atender. E será um cirurgião oftalmológico. Dando um suspiro, a loira sorriu mais ainda. Seus olhos se inundaram de lágrimas com a certeza de que poderia enfim além de voltar a andar, enxergar a beleza da vida novamente. Todos que estavam na sala, os cumprimentaram e sorriram felizes com a notícia. Parece que tudo estava caminhando em direção a felicidade que tanto buscavam. Horas depois... Continua...
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