Capítulo 6: Buscas encerradas e um velório diferente.

1592 Words
As esperanças para aqueles que a amavam, continuavam fortes e mesmo que os bombeiros e polícia tivessem encerrado as buscas, primeiro pelo clima que não ajudou muito e depois, por já terem dado como morta a doce Clara. Uma revolta crescente nos pais e em Chloe estava aflorada o que não era diferente em um certo lugar com um homem que havia mobilizado alguns amigos que tem, especializados em mergulho em águas congeladas para pelo menos tentar achar o corpo da sua amada como os profissionais que a procuravam já cogitavam essa hipótese de estar no fundo do rio ou ter seu corpo arrastado pela correnteza. Os irmãos de Pedro, também se solidarizaram com o sofrimento dele, mas Analice, ainda estava magoada com o irmão e não queria jogar na cara dele, que aquilo se dava por ter sido rude e totalmente s*******o com a moça e percebeu que Pedro estava apaixonado era sua culpa, já que o mesmo estava m*l por tudo o que aconteceu com quem se descobriu apaixonado. Até mesmo seus pais, ficaram sabendo que o filho estava apaixonado e que houve algo sério para que a moça tirasse a vida, só não sabiam que por conta de uma aposta que seu filho fez com os amigos, que aconteceu esse infeliz “acidente”. Contudo, até mesmo Liam e Olívia, resolveram viajar. Não queriam estar ali naquele clima constrangedor e tenso. Como o rapaz de olhos castanho-escuros e sua pele da cor do pecado, tinha uma boa condição financeira, sendo filho de banqueiros, o que era uma Vitória sua família mesmo sendo negros, por uma herança desconhecida seu pai ter recebido quando jovem do seu pai, um americano que fez fortuna nos EUA, fundando um banco que hoje é espalhado por alguns lugares inclusive o Canadá, que tinham uma vida boa, a bela mulher se jogou para ele, dando certo já que o mesmo é louco por ela e foram para uma casa de praia da família de Liam indo passar as férias que chegaram. O bombeiro responsável pelas buscas procurou a família no apartamento que os pais haviam alugado para as festas de fim de ano e passar com suas duas filhas, agora, recebiam aquele senhor com o semblante cansado, veio prestar sua solidariedade e avisar que haviam algumas pessoas ainda a procura de Clara com mergulhadores profissionais. - Senhor Steven, tem alguma novidade sobre a nossa Clara? – Karl o indaga esperançoso. - Infelizmente não temos nenhuma novidade. Não encontramos nada além daquela jaqueta e o teste de gravidez além da bolsa que ela deixou na ponte. Mas... – Coçou a nuca tentando buscar as palavras. Os três que estavam na sala se entreolharam ainda sem entender e Penelope o perguntou desentendida. - Mas? - Bem... é... um rapaz solicitou de alguns mergulhadores profissionais que continuassem a buscar pela filha de vocês. E... Cerrando os punhos, Karl já imaginava de quem se tratava. Trincou seu maxilar, porque mesmo não conhecendo Pedro, sabendo que o mesmo estava naquela noite minutos antes com a sua filha, mas, não sabe o que conversaram, já que Debby e Claire não falaram nada ainda para eles a respeito daquela noite e do que uma delas havia descoberto sobre a aposta, seu sexto sentido se aguçava e tinha a certeza de que esse rapaz tinha algo a ver, só não sabia ainda o quê, mas tinha a certeza de que ele era o pai do seu neto. Munindo de uma paciência descomunal de onde não sabia que teria para não explodir de raiva, perguntou entre os dentes. - Quem? Steven estava encarando Chloe que ainda buscava alguma diferença entre ela e Clara chegando até a pensar que elas seriam a mesma pessoa. Despertou de seus pensamentos quando escutou o homem o questionando. - Perdão, senhor? - Eu perguntei quem? - Ah, o senhor Pedro Armstrong. Antes que explodisse e percebendo que o marido estava mais tenso que o habitual, apertou seu ombro e o mesmo congelou sentindo aquele toque suave, relaxando aos poucos. Só que Chloe é quem tinha mais raiva que todos, porque já sabia o que aquele rapaz havia feito, pressionando as amigas da sua irmã que ficaram estranhas quando não tinham boas notícias da amiga, acabaram revelando a gêmea mais velha o que Clara havia passado. Agora, estava ali, achando aquela atitude daquele que tanto fez m*l a sua irmã, agindo daquela forma. Será que havia se apaixonado por ela? Com certeza não! Ou quem sabe a culpa e remorso? Talvez até tivesse com esses sentimentos se dentro daquele peito houvesse um coração. Estava revoltada, mas sabia que faria algo para vingar a sua irmã e o seu sobrinho, já que não tinham notícias nenhuma dela. Só que como em toda vingança, agiria com frieza e pensaria no que fazer antes de executar. O bombeiro, percebendo que todos estavam em choque e até mesmo demonstrando um certo rancor quando tocou no nome de Pedro, se apressou em se despedir os deixando ali, com suas dores e pensamentos obscuros. Infelizmente não eram milionários, para acabar pelo menos com a reputação do filho da família Armstrong, mas algo precisava ser feito e seria Chloe quem o faria. Mas primeiro, viveria esse “luto” já que esse seria o combustível para a sua vingança. Mais alguns dias passaram e os amigos de Pedro não encontraram nada naquele rio onde Clara havia se jogado e nem por alguns metros além daquele lugar. Pedro não se conformava em pelo menos não ter a certeza de que a sua amada havia morrido e com isso, se revoltou ao saber que a família faria um velório diferente, algo simbólico. Uma celebração para fecharem aquele ciclo a pedido de Penelope, que já não aguentava mais estar naquela cidade e nem de ver seu marido e filha definhando e confabulando algo pelos cantos do apartamento, ao que ela desconhecia. Concordaram depois de muito relutar e era uma noite em que a neve havia dado uma trégua, facilitando para que se unissem com várias pessoas, até mesmo a corporação de bombeiros e policiais que ajudaram nas buscas para um velório tipo vigília na ponte que Clara se jogou. Velas, cartazes, fotos e cartas, foram colocados no local e muitas pessoas com luzes de neon nas mãos onde começaram um circulo de oração. Mesmo sendo por algo tão triste, estava lindo. Naquele mês em que viriam o Natal e Ano Novo, para a família e demais pessoas que tinham um carinho por aquela jovem e pela família, não seria o mesmo dos outros anos, cheio de alegrias e sorrisos de quem estava celebrando algo bom. Seria de uma profunda tristeza. Ao longe, Pedro estava com uma luz do mesmo tipo que os outros e Debby que estava ao lado da irmã da sua amiga, a cutucou com uma leve cotovelada e sinalizou de cabeça na direção em que Chloe seguindo com o olhar o avistou. Não chegaram a se ver, porque ela estava bem escondida com um gorro e um cachecol que cobria parte do rosto. Sorriu maleficamente com seus olhos fixos a ele que parecia mais magro e com uma barba pouco crescida. “Em breve nos reencontraremos senhor Armstrong e prometo estarmos a altura pra que eu faça você se arrepender de ter nascido!” Virou seu rosto com esse pensamento continuando a orar por sua irmã e sobrinho não nascido. Três dias depois, após o circulo de orações, a família partiu para a cidade em que moravam e Debby e Claire foram junto. Desde que chegaram, Chloe percebeu a mais doidinha das duas, estranha. Sempre se afastando para falar ao telefone e quando alguém se aproximava, desligava rapidamente. Aquilo, a fez achar muito suspeito. Numa noite em que estavam todos dormindo, Chloe desceu para beber água, quando avistou Debby de costas na sala, sussurrando ao telefone. Franziu o cenho e se aproximou. Ao virar-se para trás sentindo estar sendo observada, se assustou com Chloe se aproximando e deu um pulo assustada. - Que susto Chloe! – Percebendo o olhar da amiga no celular que estava na sua mão, preso a sua orelha, arqueou a sobrancelha em interrogativa. Debby sorriu amarelo e encerrou a ligação sem ao menos se despedir. Aquilo foi bem estranho para Chloe que ao ter a amiga passar por ela para voltar para o quarto, fez uma pergunta a fazendo parar no caminho. - Com quem tanto tem falado ao telefone ultimamente, Debby? Engolindo em seco, respondeu sem ao menos virar-se. - Não se preocupe Chloe, é algo que em breve contarei. Boa noite! Pensando em refutar aquela resposta, Chloe virou-se, mas Debby não estava mais lá. Suspirou profundamente e deu de ombros pois, só restava esperar. Seguiu para a cozinha pegar seu copo d’água e voltar a dormir. Restava saber se conseguiria, já que desde a ver sua irmã se jogar da ponte, tinha sempre o mesmo pesadelo, fazendo-a acordar e não conseguir dormir mais. Depois daquela conversa que não chegou a lugar algum entre ela e Debby, Chloe resolveu desencanar, até um dia que a maluquinha amiga, a levou em um lugar antes de voltarem as suas atividades e a viagem de volta a Paris da gêmea mais velha. Quando chegaram ao lugar que Debby a levou, se maravilhou com o que via e sorriu emocionada. - Gostou? Olhando de soslaio para a amiga com os olhos marejados, sorriu. - Eu amei. Se antes pretendia se vingar pela perda, agora com aquela imagem linda na sua frente, jurou concretiza-la. Continua...
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