Claire olhou em direção ao amado que ganhava um beijo na bochecha de Chloe e, percebendo que Ellen Consuelo se aproximava para pegar o pequeno e o levar para almoçar, resolveu ir falar com seu loiro que estava com o olhar distante parecendo estar fora de órbita.
Abraçou-o por trás envolvendo-o pela cintura e sentiu o corpo do amado parecendo relaxar dando um longo suspiro. Deu um beijo em suas costas e o indagou.
- O que foi Dom que está assim tão distante?
Sorrindo amarelo, deu um suave aperto nas mãos que o envolvia e sem se desprender de sua amada, serpenteou por ela ficando de frente, a abraçando pela cintura e olhando fixamente em seus olhos.
- Não é nada. Só algo que Chloe quer que eu investigue.
- Hum, entendo. E eu posso saber? – O indaga com a sobrancelha arqueada.
Ele n**a.
- Não minha raposinha. Mas, na hora certa ela dirá a você. – Levou suas mãos ao seu rosto e com os polegares, acariciou suas bochechas. Deu um beijo casto em seus lábios e sorriu.
Por mais que o entendesse, e tenham conversado e se acertado com relação ao que a loira junto com Debby e os demais sabiam que Clara estava viva, agora se sentiu excluída, mas não poderia o cobrar nada, já que tem seus mistérios às vezes e, Dominique não podia falar algo entre ele e Chloe que conversaram mesmo que a curiosidade a corroesse, em respeito à amizade que ambos têm e isso é normal existirem segredos com seu amado e a amiga.
Sorriu para o amado demonstrando que o entendia e saíram abraçados indo ao quarto de Clara, encontrando Steven ao seu lado, lendo um livro no tema que sempre adorou, romance.
Entraram no quarto se juntando ao casal e conversando sobre várias coisas. Claire se sentia bem e muito feliz em estar ao lado da amiga porém, ainda estava chateada com Chloe e Debby por esconderem algo tão importante mesmo sendo a pedido de Clara que não a contasse. A maluquinha, assim que resolvesse sair do seu casulo onde se enfiou com Luke, seria a primeira a ouvi-la, já que ainda não se sentia preparada para falar com Chloe porque a conversa será longa e agora terá um motivo a mais para tirar a ideia louca da cabeça da amiga.
Longe dali, Pedro tomou vários calmantes após chegar com Analice da balada deixando a caçula preocupada. Já estava na hora do almoço, e o irmão ainda não havia acordado.
Correu até o quarto de Breno que estava ansioso para o seu encontro de mais tarde, que m*l dormiu quando voltou da balada e pizzaria. Já havia escolhido algumas vezes o look que usaria, ficando indeciso entre uma calça sarja preta, com camisa branca em gola V ou uma calça cargo creme com camisa ¾ preta. O sapatênis combinaria com um dos looks que escolhesse.
Já havia reservado uma mesa num dos melhores restaurantes de Toronto e se tudo desse certo, poderiam esticar, quando a porta do seu quarto foi aberta abruptamente. Breno, revirou os olhos ao ver quem era.
- Pelo que me lembre, nossos pais nos ensinaram a bater na porta antes de entrar e acho que você não aprendeu. Não é mesmo maninha? – Zomba.
Analice bufa cruzando os braços fazendo uma careta.
- Ha, ha, ha, muito engraçado. Não vejo nada demais entrar no seu quarto, até porque sempre fiz isso é nunca reclamou antes. – Aproximando-se da cama do irmão, Analice se senta na ponta o encarando que retribui o olhar pelo grande espelho.
- Como não Analice?! Se eu estivesse pelado ou até mesmo com alguém aqui no meu quarto, e fora que você está errada ao fazer isso. – Diz sério. – E quanto a nunca ter dito antes, você não entrava assim fazia tempo.
- Que seja! Desculpa, mas o caso é sério! – Seu tom era apreensivo e desesperado.
Franzindo o cenho, Breno a indagou Virando-se e ficando frente à ela.
- O que aconteceu dessa vez para estar assim tão nervosa?
- É o nosso irmão. – Murmura tristemente.
- O que o Pedro aprontou dessa vez? – Lufou o ar.
Analice suspira e conta o que aconteceu na noite anterior. Breno ligou para o médico da família que não demorou muito, já estava entrando na mansão.
Analice o recebeu levando-o diretamente ao quarto de Pedro que mantinha a porta trancada. Com raiva, Breno foi ao quadro de chaves reservas na cozinha, pegando uma cópia dos aposentos do irmão, abrindo em seguida.
Quando os irmãos passaram pela porta sendo seguidos pelo médico, Analice respirou aliviada por não presenciar uma cena de terror. Já Breno, estava revoltado por ver o irmão dormindo profundamente na sua imensa cama com o quarto todo escuro pelas cortinas pretas. Caminhou em passos largos até a janela abrindo-as para trazer um pouco de luz ao lugar os deixando preocupados, já que nem assim, Pedro despertou.
Receoso, o médico se aproximou cautelosamente examinando o rapaz. Constatou que iria acordar logo, já que deveria ter ingerido seu calmante em uma dosagem maior que o habitual.
Mesmo que Breno não admitisse, até que se sentiu aliviado e Analice então, chorou de alegria. Temia que o irmão tivesse cometido alguma besteira.
Contudo, o médico se despediu deixando os irmãos ainda no quarto após tranquiliza-los.
Breno foi o primeiro a sair do quarto do irmão após vê-lo mexer e já a caçula foi em seguida descendo até a cozinha pedindo a Bella que servisse o almoço.
Assim que tudo estava na mesa, Analice foi chamar o irmão mais velho para almoçar, passando pelo quarto de Pedro, o vendo se espreguiçar. Sorriu com isso, e encontrou com Breno no corredor.
- Irmão, o almoço está pronto.
Sorrindo, se aproximou da irmã, bagunçando seus cabelos.
- Já estava indo agora mesmo saber se já estava tudo ok. Vamos baixinha? – Deu o braço para a irmã que estranhou aquela felicidade toda no irmão.
Deu de ombros e enlaçou seu braço ao dele assentando.
- Vamos Hulk. – Ambos riram ao se chamarem pelos apelidos que se dão desde a infância indo almoçar.
Após o almoço, as horas pareciam ter acelerado ao passar e num piscar de olhos, já era noite.
Pedro estava aparentemente bem, porém um pouco grogue ainda pelos remédios que tomou optando em ficar em casa.
Estava na sala assistindo um filme com Analice que achou melhor lhe fazer companhia, quando um homem todo perfumado e arrumado, descia as escadas vestido na sua calça creme e camisa ¾ Preta e sapatênis.
Quando o avistaram, Analice maliciosamente o indagou.
- Aonde vai assim Maninho? Está lindo hein!
Com aquele sorriso lindo, Breno pegou sua carteira e chaves do carro que estavam no aparador e se aproximou dos dois que estavam o olhando.
Pedro, não se manifestou, pois, parecia estar fora de órbita.
- Vou a um jantar e não sei que horas volto. – Girou os calcanhares a se preparar para sair, quando a caçula o indagou fazendo-o parar no lugar.
- Homem ou mulher?
Mesmo sabendo que só podia ser mulher, achou melhor não ser tão direta assim. Já não basta a gafe que cometeu mais cedo ao invadir o quarto do irmão.
Dando um risinho, por cima do ombro dando um olhar maroto, a respondeu.
- O que você acha?! – Deu uma piscadela e saiu sem lhe dar chance de iniciar um interrogatório.
Enquanto isso no apartamento das gêmeas, Chloe terminava de descer as escadas quando se deparou com todos a mesa com exceção dela e de Debby.
A loira com as pontas dos cabelos rosa, ligou no início da tarde avisando que esticariam mais uma noite, já que o chefe de Luke o dispensou por aquele dia. Os dois queriam aproveitar, já que estarem há tanto tempo namorando online, agora pareciam não querer se largar e todos entenderam.
Tanto os homens a mesa quanto às mulheres, estavam boquiaberto com Chloe. Dessa vez, optou por algo que não curtia muito usar. Até mesmo o que havia escolhido mais cedo, desistiu quando o viu no cabide.
Estava num macacão preto de tecido brilhoso com zíper que vinha do umbigo ao decote, justo ao corpo desenhando suas curvas. Cabelos soltos com algumas ondas nas pontas, maquiagem bem delineada nos olhos e uma pequena bolsa de mão. A sandália prata combinando com a bolsa e algumas joias, realçaram ainda mais a sua beleza.
Clara, que estava sentada na sua cadeira de rodas ao lado de Steven, sorria ao ouvir a narração do esposo de como a irmã estava. Sendo a primeira a falar.
- Está linda irmã!
Todos olharam em sua direção surpresos com o seu comentário e concordaram com a loira. Até Lucca que estava com a boquinha cheia de comida, acabou falando mais enrolado que o normal.
- Titia, á inda. – Todos riram do pequeno.
Chloe se aproximou da irmã e deu um beijo na sua cabeça, enquanto no pequeno, acariciou seu rostinho.
- Obrigada meus amores. Bem, estou indo. Não me esperem acordados e não façam nada que eu não faria. – Mordeu a ponta da língua rindo.
- Pode deixar loira! – Claire sorri dando uma piscadela.
De relance, Dom olha para a amada com seu jeito safado, já sabendo o que aquela frase significava.
Ao despedirem de todos, Chloe saiu do apartamento, descendo até a garagem e pegando a sua moto. Hoje, pilotaria sua máquina que tanto sentiu falta...
Continua...
Se ver Chloe um pouco na boate o deixou assim, imagina quando Pedro estiver cara a cara com a loira? Vai surtar de vez!