Capítulo 9: Dominique, o Dom.

1408 Words
Enquanto isso na mansão Armstrong... Breno chegava da sua viagem de última hora para a filial de uma das emissoras de TV que estava com problemas de gerenciamento, tomando o seu tempo por alguns dias, mas, foi prazeroso essa viagem por um lado, já que não tirava uma certa mulher dos seus pensamentos que com um olhar de relance a viu no aeroporto. Estava tão mais suave seu semblante, que ao encontrar o irmão chegando de um dia exaustivo na revista, Pedro arqueou a sobrancelha o vendo tão tranquilo, diferente de quando saiu dias atrás parecendo cuspir fogo pelas ventas. Apenas um aceno de cabeça com um curvar de lábios em um sorriso foi dado em sua direção e Pedro, ainda no carro, franziu o cenho. Breno, adentrou a grande mansão com o abrir de portas da governanta que o recebeu com um abraço caloroso. O assistente que o acompanhava, dava as últimas instruções ao motorista e seguia em direção a casa, quando teve seu braço segurado por Pedro que estava abismado em ver o irmão diferente. Fazia tempo que m*l se olhavam, já que Breno tinha ficado com muita raiva de Pedro por ter sido tão babaca com a mulher que dizia amar. E justo hoje, pareciam como antigamente quando chegavam um da faculdade para as festas de fim de ano e o outro, vindo do trabalho na empresa da família, mas com uma pequena diferença de antigamente, se abraçavam felizes e seguiam juntos para dentro da imensa mansão. O assistente, ao sentir o puxão em seu braço, olhou assustado ficando estático no lugar. Ao ver quem era, estreitou os olhos o encarando com cara de poucos amigos. - Senhor Pedro?! – O indaga entre os dentes. Percebendo que o estava apertando, sorriu sem graça o soltando. Coçou a sua nuca, enquanto o assistente massageava o lugar que estava dolorido. - O que aconteceu com meu irmão para estar tão... - Tão cordial com o senhor? – O indaga sarcástico sabendo o que aquele homem havia feito no passado, praticamente toda a cidade sabia, só não sabiam como todos souberam, já que a família Armstrong tentou de todo o jeito abafar o caso. Pedro engoliu em seco e consentiu de cabeça. O assistente suspirou impaciente dando de ombros. Não gostava muito de falar sobre o seu chefe e isso incluía o irmão com o qual, até mesmo ele não sendo parente, estava decepcionado. Apertou com os dedos entre os olhos cansado e o respondeu com indiferença. - O senhor Armstrong, deve estar apaixonado. – Girou os calcanhares e saiu. Enquanto via o assistente do seu irmão seguindo pelo mesmo caminho que Breno percorreu, Pedro estava boquiaberto. Estava incrédulo por seu irmão estar apaixonado, mas o que o deixou intrigado, quem era ela? Meneando a cabeça ao recompor-se, sorriu maliciosamente e adentrou na sua casa. No apartamento de Chloe, os quatro amigos haviam chegado num prédio extremamente luxuoso com dois apartamentos por andar num total de 35 andares. Como a Madame C adorava altura, Debby e Claire, conseguiram comprar no 34º um dos apartamentos vagos e justo o que dava de frente ao prédio da revista em que Pedro é atualmente o CEO. O lugar era de muito requinte com decoração clean mas de muito bom gosto. Por serem dois apartamentos por andar, era bem espaçoso e aconchegante. Seis quartos com suíte, sala de estar, jantar, cozinha, lavabo, escritório e um pequeno ofurô na área dos fundos ao lado da lavanderia. Tudo era bem planejado. O quarto principal, era de Chloe que já havia escolhido por imagens fornecidas pelas amigas. As grandes janelas davam de encontro a sala do CEO, que mesmo a distância, conseguia ver com exatidão o momento que aquele cômodo estaria ocupado. Sorriu com a sobrancelha arqueada, assim que adentrou no seu quarto. Os outros estariam ocupados por seus amigos, sobrando apenas dois. mas, esses já tinham destinatários. Um deles, foi projetado para uma criança de 3 anos aproximadamente. O outro tinha uma decoração jovial, mas com adaptações. Logo, estariam ocupados para deixar Pedro totalmente vulnerável à ela. Enquanto Dominique estava se acomodando no seu novo quarto, lembranças invadiram sua mente o deixando nostálgico. Dominique tinha somente 19 anos quando conheceu sua namorada, Brigite. Uma mulher linda, doce com um brilho no olhar, que a fazia reluzir. Os dois haviam se conhecido no campus da universidade, mas naquela época, m*l Dominique, o nosso Dom, não sabia que fazia tudo parte de um plano do seu pai. Aquele que traiu sua mãe a fazendo se entregar a uma depressão profunda, chegando a cortar os pulsos quando o jovem Dom tinha apenas 16 anos e desde então, era criado por seu avô materno que havia conseguido sua guarda perante a justiça através de um documento que sua filha o deixava como tutor legal do seu filho e da herança que deixava. Durante esse tempo, Dominique estudava e passou com honras para a melhor universidade do Canadá na área de administração. Seu avô o criava bem e por causa da ganância do seu pai, plantou a filha da amante que acabou por trocar a mãe pela ninfeta. Por ser gananciosa, Brigite aceitou seduzir o filho para fugirem com toda a herança. Quando se esbarraram, Dom estava radiante por se apaixonar por uma mulher tão linda que não se importava, por ser um nerd cheio de espinhas, que vestia roupas um pouco fora de moda. Por um lado, ao ver toda a sua evolução, em que Brigite o mudou nas suas vestimentas, mudando todo o seu guarda-roupa, o levou a uma boa dermatologista, iniciaram a academia e isso o deu mais segurança para se tornar o homem que é hoje. Claro, que a grande decepção ao saber que tudo era parte de um plano em que seu avô o tentou alertar, mas foi tarde demais, já que sofreram um grande golpe, levando seu avô a um infarto fulminante. Tornou-se depois de conseguir se estabelecer após se recuperar da depressão profunda, fez com que a empresa da família se reerguesse e descobriu o paradeiro do seu pai e da amante, sua ex-noiva, que alegou estar grávida, mas soube pelas investigações feitas sobre eles, que a mesma havia perdido. Quando foi para Paris, conseguiu não só que os dois fossem presos, como ficassem totalmente falidos e recuperasse, centavo por centavo de tudo o que lhe tiraram. Foi aí que conheceu Chloe e sua vida teve um pouco mais de cor e então, os dois se apoiaram. Agora estava ali, olhando para além daquele vidro transparente como se estivesse em um cinema vendo no imenso telão a história da sua vida, jurando a si mesmo que faria de tudo para que sua amiga conseguisse não só se vingar, mas ser feliz. - Pensando na vida meu amigo? Nem havia se dado conta de que sua amiga entrou no seu quarto e estava ao seu lado o olhando de lado e sorrindo. Suspirou fundo e a encarou com um sorriso. - Não tem como não pensar na vida... mas, me diz uma coisa... – Resolveu mudar de assunto. Afinal, haviam coisas mais interessantes para serem descobertas, e era justamente a doce Claire. Sabendo bem ao que seu amigo se referia, olhou para trás a nível de ver se alguém estava os escutando e ao voltar a fita-lo, o indagou movimentando as sobrancelhas maliciosamente. - Hum, e esse “interessante”, deixe-me ver, é sobre uma certa morena com cabelos ruivos de nome Claire. Acertei?! Meneando a cabeça e rindo envergonhado, respirou fundo sendo pego no flagra. - É... Aproximando-se do amigo, o segurou pelos ombros mantendo seus olhos fixos aos dele e sorriu. Alargou seu sorriso sabendo que agora sim o seu amigo seria feliz com uma mulher de verdade e, que havia passado por algo parecido um ano atrás. - Ela é uma mulher que assim como você, merece ser feliz e arrisco falar, que Claire se encantou da mesma forma que você. Levando uma mão a nuca dando um leve aperto, corou ao saber que também era correspondido. Dando um tapinha de leve no seu ombro, Chloe caminhou até a porta que estava entreaberta e disparou. - Agora descansa meu amigo, que mais tarde vamos a essa boate e creio que não só você como eu conseguirei dar um passo adiante. Sem esperar, Chloe sai do quarto o deixando boquiaberto por ter uma amiga que o conhece muito bem. Continua...
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