Capítulo 80: O mistério de Penélope.

1575 Words
Enquanto isso na saída do restaurante, Pedro amargava seu irmão estar com aquela linda mulher que o deixou enfeitiçado tanto quanto sua irmã Clara. m*l podia acreditar que existiam duas dela e agora, parecia que tudo estava escapando entre os dedos mais uma vez e não deixaria nada e ninguém o impedir de ter aquela bela loira para ele. - Fica calmo Pedro, logo chegaremos num esquema que tenho a certeza de que irá gostar. – Liam aperta o ombro do amigo o fazendo parar. Nem mesmo Pedro havia percebido que andava de um lado a outro freneticamente. - Você não entende Liam! Ela estava aqui e aquele infeliz que nem meu irmão é estava com ela. mas não vou perde-la de novo! Não vou! – Exaspera com seus olhos alucinados e as pupilas dilatadas. Mais cedo, Pedro que havia saído de casa com raiva dos pais por descobrir a verdade que Harold e Darla esconderam por anos, passou em um dos galpões em que o amigo estava e cheirou de um novo produto que acabava de chegar e Liam lhe cobrou uma pequena fortuna por ser um lançamento. Depois de horas alucinado e gostando das sensações que aquela nova aquisição o causava, Pedro começou a sentir fome, sendo levado pelo amigo àquele restaurante onde teve tamanha surpresa. Por mais que tenha se desentendido e levado um novo hematoma em seu rosto, Pedro se sentiu contentado por reencontrar Chloe mesmo que as companhias não fossem bem vistas por seus olhos. Liam quem estava exaltante por seu amigo estar gastando seu rico dinheiro com algo que já o queria tornar dependente há muito tempo. De fato, também estava com raiva por ter sido humilhado por Debby e vê-la novamente, reacendeu velhas paixões que tinha em seu coração. Mas, como estava se dando bem com Ellen a quem tinha um profundo sentimento desde a primeira vez que a viu, se tivesse algo com a loira com as pontas dos cabelos cor de rosa, seria apenas para calar aquela sua boca atrevida que passou por sua cama onde nunca havia conseguido antes e agora só em sonho da parte dele mesmo, porque Debby o detesta. Internamente sorria e o manobrista logo entregou o carro à eles que foram para o local que Liam havia falado. Enquanto isso, num local em que exalava o cheiro da morte, estava Penélope, presa na cabeceira de uma cama velha com suas roupas remexidas. Estava com outra roupa, tinha em seu corpo, um vestido extravagantemente brilhoso, com uma f***a do lado esquerdo da perna que ia da coxa até metade da canela. Alças transpassadas nas costas, que mesmo que sua pele estiveste quase toda exposta, o atrito com aqueles lençóis pareciam pinicá-la. Mas, Penélope tentava não demonstrar o quanto aquele lugar a fazia ter lembranças passadas e dolorosas. Lembranças essas que a faziam cada vez mais perto de seu lugar de origem, Itália. E aquele que tanto temia, estava ali na sua frente com um sorriso macabro em seus lábios. - Fico feliz em revê-la Anete. Ou melhor dizendo, Penélope Mitch. – Enquanto fala zombeteiramente com um certo escárnio na voz, o homem se aproxima da cama sorrateiramente. Um homem de 1,90m que mesmo com o passar dos anos, ainda possuía um belo porte atlético. Sua pele bronzeada e os cabelos encaracolados agora grisalhos e seus olhos verdes como esmeralda, fazia a composição perfeita se não tivesse um enorme defeito, era traficante humano e com o que Penélope cujo o verdadeiro nome é Anete lhe fez no passado, sentia quase a alma sair pelo corpo sem ao menos ele lhe causar mais m*l do que já fez. Os grandes olhos azuis pareciam que saltariam de sua face. Penélope tentava se soltar desesperadamente. Não era possível que em todos esses anos longe, conseguiu ser encontrada por aquele que tanto lhe fez m*l. Denzel a olha com um misto de sentimentos. Malícia, raiva, rancor, desprezo e o mais absurdo de todos, amor. Mesmo que Penélope tentasse, não conseguiria se soltar e tentar mais uma vez escapar desse homem. Estava ferindo ainda mais seu pulso e quando sentiu o colchão se afundar ao seu lado próximo a sua cabeça, arregalou mais os olhos e engoliu em seco. Sentia que era o seu fim. As mãos fortes e calejadas com o tempo, segurou seu pulso não deixando-a se machucar mais. Por mais que Denzel sentisse ódio daquela mulher, parece que ao reencontra-la, aquela chama que estava adormecida, tinha acordado com força, mas lembrar de tudo o que Penélope lhe causou, subiu novamente aquele ódio em seu coração e então os apertou fazendo-a sentir uma dor absurda. - Não sabe o quanto almejei estar de volta frente a mulher que me roubou e como se não bastasse quando a reencontrei anos atrás numa das minhas viagens, a encontro grávida de gêmeas e que me daria uma delas como p*******o se lembra sua ordinária? – Enquanto falava, apertava mais o seu pulso e a mesma se contorcia de dor com os olhos se inundando de lágrimas. - Denzel... o que faz aqui? – Sua voz embargada pela dor e medo conseguiu pronunciar aquelas palavras. Um sorriso de lado, Denzel lhe ofereceu e ao soltar seu pulso que agora escorria sangue por seu braço, se afasta retirando um lenço do bolso da calça e limpando as mãos e de costas a responde. - Eu vim pegar mercadoria para meus bordeis e aqui tem muitas opções. – Virando-se lentamente, Denzel observa o horror em seu rosto. Sentiu uma satisfação enorme porque ainda causava algo que mesmo negativo, mas lhe dava prazer. Por mais que a amasse, tinha aquela linha tênue de amor e ódio por Penélope. E mesmo que o amor ainda existisse, ele a faria pagar por tudo o que lhe fez. - Você... ainda... continua... fazendo... isso... seu... monstro? – O indaga com a voz entrecortada. Denzel se aproxima novamente da cama, mas agora se inclina passando a mão por seu rosto. Penélope se esquiva sentindo repulsa por aquele toque, mas o homem a sua frente é mais rápido agarrando seu queixo com força e virando seu rosto para que seus olhos o encare e por um momento viu ódio naqueles belos olhos azuis e sorriu. - Você não é tão diferente assim querida Anete! Além de me roubar e fugir, ainda vendeu sua preciosa filha quando te achei só para não leva-la com elas ainda na barriga. Você agora me pertence como sempre foi e sempre será! - Me solta seu maldito! – Murmura com raiva enquanto seu queixo é apertado com força. Denzel dá uma gargalhada sinistra. Largando seu rosto com brutalidade, segue até a porta para sair daquele quarto. Antes de sair, para na porta segurando a maçaneta e a olha de relance com desdém. - Nem pense que fugirá daqui porque isso não acontecerá. Você está atrelada a minha alma para sempre! vou fazer você sentir falta da sua vidinha medíocre que tinha com aquele banana! Mais tarde alguém vem lhe produzir e te limpar. Hoje, você será minha e depois será de todos os velhos sádicos que são meus clientes e adoram mulheres maduras como você. Antes que eu me esqueça, não pense que será como antes. Hoje você vai conhecer o verdadeiro Denzel. – A encara com os olhos faiscando de raiva. - Você me dá nojo! – Vocifera enquanto o belo homem abre a porta. Suspirando pesadamente, Denzel para seus passos e a olha de soslaio. - Mesmo tendo nojo, você ainda sim conhecerá seu inferno maior do que viveu. Aposto que seu maridinho nunca soube que você era minha p*****a e a melhor do meu bordel não é mesmo querida Anete? Vamos ver se hoje, aquela sua desenvoltura toda continua a mesma. – Sorri escarnecido e solta um beijo no ar saindo. Ao bater a porta, só ouviu os gritos desesperados de Penélope naquele quarto enquanto se afastava. Denzel caminhava em direção a escadaria de uma bela mansão. Logo mais, estariam recebendo seus clientes e hoje, ele faria Penélope pagar por cada dor que o causou. Por mais que não quisesse uma das gêmeas como ofereceu a ele anos atrás, Denzel tinha esperanças de que aquela criança pudesse tocar o coração da mulher e ficar com ele que criaria as duas como filhas. Só que mais uma vez foi enganado por aquela ardilosa. Estava perdido em seus pensamentos quando seu capanga, o mesmo que estava disfarçado de policial quando abordou Penélope, se aproximou. - Chefe! - Sim, André. – Disse massageando o meio dos olhos. - O que eu faço com aquela mulher? Ela está gritando alto demais. Suspirando, Denzel o encara e responde seriamente. - Dê um sossega leão nela e mais tarde mande alguém prepara-la. Ela hoje irá me servir naquele quarto. – Sorri minimamente e o rapaz acena de cabeça concordando e saindo. Quando o rapaz se afasta, Denzel desce a escadaria seguindo para seu escritório. Lá, em seu “santuário”, se serve de um bom e velho vinho sentando-se na cadeira e abrindo uma gaveta. Nela, retira um grande álbum de fotos e ao abrir na primeira foto suspira passando a mão pela imagem de uma bela mulher que aparentava ser bem jovem. - Como gostaria que tudo fosse diferente... Continua... Uma parte sobre o passado de Penélope e quem era o homem misterioso quando ela despertou do que o "André" disfarçado de policial fez.

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