3• A surpresa.

891 Words
Alice Albuquerque Eu a agradeço por tudo mas digo que não irei aceitar, ele foi muito grosseiro comigo e não vou aceitar ele agir assim. Ela disse que sente muito e já estava gostando da minha companhia, eu a abraço, me despeço dela e volto ao meu trabalho na clínica. Comi um lanche no caminho de volta a clínica, pois já estava atrasada, chego na clínica e minha companheira Brenda avisa que o dr Esteves quer falar comigo, então sigo até sua sala. Bato na porta peço licença e ele me dá permissão para entrar e pede que eu me sente. Então ele começa dizendo que está muito contente com meu trabalho durante todos esses anos, que nunca terá uma secretária como eu, por fim diz que estou demitida. É sério isso gente?! Precisava ter ficado me bajulando tanto se iria me demitir sem mais nem menos. Mesmo assim eu o agradeço pela oportunidade e por toda ajuda que tive esses anos trabalhando lá, me despedi da minha companheira e fui para casa. Confesso que fiquei um pouco decepcionada com essa demissão, logo agora que rejeitei a proposta do insuportável CEO de gelo. Mas resolvi que iria descansar um pouco até encontrar outro emprego. Fui para casa, tomei um banho relaxante, liguei para meus pais, estava com saudade e acabei contando a notícia a eles, me deram total apoio nas minhas decisões e me fizeram prometer que irei passar um final de semana com eles. Meus pais moram no interior de São Paulo, eu resolvi vir morar na cidade grande depois de uma difícil desilusão amorosa, queria mudar de vida e começar do zero, esquecer todo sofrimento que estava tendo lá. Depois de organizar toda minha casa, resolvi descansar um pouco, peguei uns salgadinhos, deitei no sofá, liguei a TV e coloquei um filme, passou alguns minutos meu celular começou a tocar, olhei na tela e vi que era do Grupo Reis, achei melhor não atender, pois pela hora não deveria ser dona Marlene e sim o Sr. Gelo. Hoje foi um dia difícil, primeiro a discussão no elevador, depois na sala dele e por fim fui demitida, não quero continuar discutindo com ele, só quero descansar e relaxar até pensar o que fazer da minha vida. O filme já estava na metade, quando ouvi a campainha tocar, achei estranho pois Sr. Olavo não me avisou que estava subindo ninguém, abri a porta devagar e quando olhei quem era, levei um susto, Sr. coração de gelo em pessoa, na minha porta. A: “O que você está fazendo aqui?” Falei sem rodeios e quando olhei em seus olhos vi que estava me encarando de cima a baixo e então me dei conta que estava de pijama. P: “É assim que recebe suas visitas?” Tentei me esconder atrás da porta e ele deu sua risadinha sarcástica. Mas não me deu tempo de resposta e continuou. P: “Já que resolveu dar uma de difícil, tive que vir pessoalmente.” A: “Chega. Quem não está com saco para pessoas como você sou eu, se não te atendi é por que não quero falar com você.” Tentei fechar a porta mas fui impedida por uma mão grande e forte. P: “Eii calma… eu vim em paz, preciso conversar com você.” Ele fala sério e com seu tom autoritário de sempre. Fiquei meio constrangida devido estar de pijama e ele não parar de me encarar. Ele percebeu meu desconforto e começou a rir, uma gargalhada gostosa e ao mesmo tempo se achando, tipo dono de si, aquela pessoa que sabe que pode tudo e sabe do efeito que está causando em mim. Eu fiquei ainda mais sem jeito, gostei de vê-lo dessa forma, mais espontâneo, mas não quis demonstrar isso a ele pois nem nos conhecemos direito. Então o convidei para entrar e pedi que esperasse me trocar. Quando voltei para a sala, ele estava em pé olhando meus porta retratos no aparador. P: “Quem são esses? A: “Meus pais.” P: “Por que não moram com você ?” A: “Eles não gostam da cidade grande.” Procuro ser curta para não aprofundar esse assunto novamente. P: “Hum, bom vou ser direto, vim pedir desculpas pelo que aconteceu hoje na empresa e preciso que aceite ser minha secretária.” Eu juro que fiquei sem reação e mexida com essa atitude dele, pois desde que nos vimos ele foi muito grosseiro, agora está na minha casa pedindo desculpas, sinto que é verdadeiro. A: “Tudo bem, eu também lhe devo desculpas, tenho a língua um pouco solta e quando fico nervosa não me seguro.” Ele solta um risinho sarcástico e volta a falar. P: “Confesso que nunca ninguém foi capaz de falar comigo do jeito que vc falou hoje. Gostei de ver que não se deixou abalar com minhas provocações, por isso pedi que Marlene não a deixasse sair, porém mais uma vez você me afrontou, e quando liguei para me desculpar novamente me ignorou.” A: “Não tive um dia bom, então não queria discutir novamente com você...” P: “Como sabia que era eu quem estava ligando?” Interrompeu minha fala e vi surpresa em seus olhos, mas logo volta seu olhar penetrante e desconcertante sobre mim.
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