Academia de híbridos

Academia de híbridos

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intro-logo
Blurb

Thomas não é um garoto normal em relação aos parâmetros humanos, mas isso não é um problema onde ele mora (já que em seu mundo não existe humanos).

Os híbridos vivem suas longas e pacatas vidas como bem entendem em seu mundo deslumbrante, mas é necessário aprender um pouco mais sobre sua própria história e como dominar seus dons (o que é bastante raro, mas aparece hereditariamente em algumas linhagens), e é exatamente por isso na adolescência todos devem ir para academia de híbridos.

Será que esse é o lugar certo para Thomas? Um jovem híbrido de leão que se ver dividido entre conhecer um mundo totalmente diferente e deixar seu pai para trás.

Experimentar novos ares pode não ser tão r**m, mas segredos podem ser revelados, verdades podem ser encontradas e mentiras podem ser desmascaradas.

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capítulo 01
— Filho, vem aqui.— meu pai me chama no momento que vou passar pelas grandes portas de vidro da nossa casa. Bufo e dou meia-volta pisando forte. — senta aqui— ele fala dando tapinhas na própria perna. — pai! Eu já tenho 15 anos! Você não pode me tratar mais como uma criança— gemo em discordância, mas vou na direção do grande sofá azul que está no meio da sala e sento em seu colo, como ordenado. — você pode ter 15, 20 ou 50 anos, mas sempre vai ser o meu bebê.— ele me abraça apertado. — mas...mas... Esquece.— digo encarando seus grandes olhos castanhos. — ainda não acredito que você já está indo para a Hybrid academy. Para mim, ontem mesmo você estava tentanto andar!— fala sorrindo, provavelmente lembrando do garoto levado que eu era quando criança. — não se preocupe pai, eu venho lhe visitar sempre ok? — ok meu garotinho. Ah! E não se esqueça de tomar cuidado lá.— seu tom indica que eles está um tanto preocupado. — sim pai, eu vou tomar cuidado.— tranquilizo-o. — e não mostre seus dons.— fala, e isso não foi um pedido. — mas pai! Qual o problema com eles?— pergunto, inflando as bochechas, tentando, TENTANDO parecer bravo, mas é impossível ficar zangado com meu pai. — nós já falamos sobre isso Thomas, eles não entenderiam. Ah, e eu quero que você esconda sua cauda também ok? —mas porquê pai? Eu sou um hibrido de leão, é super normal ter uma cauda. — eu sei filho, mas assim eu sinto que...— ele pensa bem antes de falar — só faça o que eu pedi. Por favor filho?— suplica com os olhos. — tá pai, eu não vou mostrar minha cauda.— encaro-o e levanto uma das sobrancelhas. — o que foi? Por que tá levantando as sobrancelhas para mim? — estou esperando você “pedir” para eu esconder minhas orelhas também.— falo com um tom de provocação e sarcasmo. — ah, muito engraçado. Não se preocupe, você pode mostrar suas orelhinhas à vontade. — ele diz, sorrindo para mim e mostrando seus dentes retos e super brancos. — acho que já está na hora de ir pai. — é... Acho que está mesmo.— ele me puxa para mais um abraço apertado, afagando meus cabelos brancos fartos e me dá um beijo na ponta do nariz. Sorrio, ele sempre faz isso desde que que era um bebê, necessariamente nessa ordem. — estude bastante, e faça muitos amigos— aconselha e eu assinto, embora não tenha tanta certeza se fazer amigos é um dos meus pontos fortes. — okay, okay. — e não se esqueça, nada de poderes.— sorrio e reviro os olhos. Eu não vou usa-los. Bom... Pelo menos não quando alguém estiver vendo. Levanto e ando em direção à porta, deixando meu o grande híbrido de leão de cabelo castanho, mais conhecido como meu pai, ali na nossa casa, enquanto continuo caminhando para fora, em direção ao meu futuro. (***) A academia de híbridos é enorme!! Fica no centro de uma floresta, em uma clareira. Há pequenas casas dispostas ao redor da escola, casas de todos os tipos, grandes e chiques, com andares, pequenas... É como se fosse uma pequena cidade feita especialmente para os jovens híbridos. Através do vidro do carro olho atentamente para cada detalhe do lugar. As sinuosas, enormes e lindas árvores ao redor das casas me faz ter muita vontade de explorar cada canto dessa floresta depois. Suspiro quando lembro do que estou deixando para trás: meus livros, meu pai, meus livros, minha casa, meus livros, meu quarto, meus livros... — ahn... Chegamos— fala o motorista do carro, tirando-me dos meus pensamentos, um homem com orelhas pontudas, peludas e caídas. Suspeito que ele seja um hibrido de cachorro. — mas acho que já passamos da escola— digo olhando pelo vidro. — chegamos à sua nova casa, as aulas começam apenas amanhã.— informa ele, me encarando pelo espelho. — oh. Obrigado. — sem problemas.— Abro a porta do carro, pego minha mochila e desço. A casa é pequena e tem dois andares. Parece ter sido pintada recentemente, já que o azul claro que cobre as paredes está brilhando e não está descascando em nenhum ponto. — aqui está a chave— uma voz fala atrás de mim, então olho por cima dos ombros e vejo o motorista estendendo a mão através do vidro do carro. Ando até ele e pego a chave da sua mão. — obrigado— murmuro, ele não responde, apenas assente e sai dirigindo. Encaro a porta branca da minha nova casa, então enfio desajeitadamente a chave no buraco da fechadura e destranco-a. (***) A casa está escura, mas posso ver o contorno de dois sofás. Aperto o interruptor que liga es lâmpadas e dou de cara com uma enorme bagunça. Uma camada grossa de poeira cobre tudo, os sofás, a pequena mesa em frente à eles, o carpete, tudo! Suspiro novamente, mas uma lufada de poeira entra em minhas narinas sensíveis e me faz espirrar. Pelo visto vou ter muito trabalho pela frente, mas sorrio ao lembrar de que tenho alguns truques na manga. Jogo a mochila no sofá sujo, sem me importar se vai sujá-la ou não. Mãos à obra. Tranco a porta e então começo à explorar a casa. No andar de baixo tem uma sala, cozinha, banheiro e uma despensa. No andar superior há dois quartos. Desço novamente para o primeiro andar e começo minha faxina. Fico parado no centro da sala e respiro fundo, ignorando toda a poeira. Fecho os olhos e me concentro, tentando invocar um dos poderes que meu pai quer tanto que eu não use. Um vento gelado, mas reconfortante sopra pela sala, ficando mais forte à cada instante. Suor começa a escorrer pelo meu rosto devido ao esforço, abro os olhos e dou de cara com um pequeno redemoinho em minha frente, ele está parado, esperando minhas ordens. Sorrio e com um único pensamento, ordeno que ele absorva todo o ** que conseguir. O vento puxa toda a poeira até que todos os móveis de todos os andares estejam totalmente limpos. Ando até a porta da cozinha, ela é feita de carvalho, sei disso devido a madeira escura e brilhante. Destranco-a com um simples pensamento e faço com que o redemoinho, agora marrom por conta da poeira, saia de casa, mas não sem antes checar para ver se há alguém por perto. 50% do trabalho já está feito, agora só resta limpar o chão e organizar tudo. Ando até a pia, que fica atrás do grande balcão de mármore e ligo a torneira. Depois de alguns minutos a pia está totalmente cheia, fecho os olhos novamente e me concentro na água dessa vez. Sinto-a como se fosse parte de mim, como se fosse algo que posso moldar do jeito que quero. Concentro-me mais um pouco e faço com que a água se mova para fora da pia, derramando-a no piso que acho que deveria ser branco, mas está marron claro de tanta sujeira. A água move-se como se fosse uma segunda camada do piso, combrindo tudo e retirando cada grama de **. Sento no balcão já limpo pelo pequeno redemoinho, tomando cuidado para não sentar em cima da minha cauda. Então me concentro fazendo com que a água vá para os outros cômodos e faça todo o trabalho pesado. Encaro o armário embutido na parede sobre a pia, uma das milhões de criações dos humanos, que apesar de não terem magia ou características animalescas, são muito inteligentes, criando objetos que podem satisfazer quase todas as suas necessidades. Nós híbridos copiamos e fabricamos a maioria delas, fazendo-as do nosso próprio jeito. Alguns híbridos que não tem características tão reveladoras são enviados para o mundo humano, onde buscam novos conhecimentos para traze-los para o nosso mundo através de alguns portais, que ficam sobre o domínio da elite do nosso mundo. Os carros, móveis e até os modelos de nossas roupas foram copiados. É claro que meu povo fez algumas modificações, melhorando e tornando-as mais eficazes para nós . Essa calça que estou usando por exemplo, foi feita para acomodar minha cauda (ou r**o, como preferir) da forma mais elegante e confortável possível. Os carros foram melhorados para serem mais rápidos... Praticamente tudo que nós usamos hoje tem algum dedo de humanos pelo meio. Uma hipocrisia. Já que a maioria dos híbridos vê os humanos como inferiores, com suas características insignificantes de macaco. Tirando esses pensamentos da cabeça, pulo no chão ainda molhado e faço com que toda a água (que tá mais para lama) saia de casa com a sujeira. Se sobrar alguma coisa suja eu limpo depois. Estremeço ao ouvir alguém bater na porta da frente. Merda. Será que alguém viu algo de estranho sair da minha casa? Um redemoinho de poeira ou talvez uma quantidade grande de água suja que não pode ser puxada com um rodo em um tempo tão rápido? Decido não ficar criando suposições e vou em direção à sala, mas antes enrolo minha cauda longa que possuí um tufo de pelos fartos e brancos na ponta e a coloco dentro da minha camisa, de modo que ninguém consiga vê-la. — sim?— pergunto ao abrir a porta, dando de cara com um homem loiro, com orelhas pontudas e peludas saindo do seu cabelo. Deve ser um hibrido de gato. Ele segura uma grande caixa de papelão. — estou aqui para descarregar suas coisas.— ele murmura, fazendo-me olhar por cima dos seus ombros e dá de cara com um caminho de mudanças. — ah, pode entrar— digo dando espaço para que ele passe pela porta e adentre na casa. — nossa, você é bem rápido, ein?— fala ele olhando para minha sala. — ahn? — essa casa não é usada por um estudante há anos, estava suja pra c*****o— fala o homem com uma linguagem jovem, apesar de parecer ter uns 30 anos. — er... Não estava tão sujo assim.— contorno o assunto, mordendo o lábio de nervosismo. — é, e boa mudança, bem vindo a academia de híbridos.— ele parece não está interessado em saber como limpei tudo tão rápido. Ainda bem. — obrigado.— digo enquanto ele coloca a caixa no chão e volta para o caminhão, onde pega outra caixa e torna à entrar em casa. — você é um híbrido de quê mesmo? Desculpa, eu sou curioso. — não, tudo bem. Eu sou um híbrido de leão. — leão? Eu nunca vi um leão assim, com o cabelo branco. — é que eu sou albino.— falo meio sem jeito. Sua boca forma um pequeno “O” enquanto ele me observa atentamente de cima a baixo. — eu nunca tinha visto um hibrido albino. Quer dizer, há alguns híbridos brancos como os de cachorro ou gato, mas é a pelagem natural deles. – diz fascinado, enquanto me encara. — pois é, não é muito legal ser assim. — sua única característica animalesca são suas orelhas?— pergunta curioso. — bom...— lembro do que meu pai me disse — eu também tenho presas um pouco mas longas e afiadas, mas isso é comum para todos os felinos. — ah, legal. Eu sou híbrido de gato — fala confirmando minhas suspeitas- e tenho uma cauda.— ele exibe o r**o longo e peludo que se move atrás dele. — aposto que é muito legal ter uma cauda— falo colocando as mãos atrás das costas, sentindo minha própria cauda se mover em aprovação. — é muito legal, ela serve para muitas coisas.— diz orgulhoso de sua própria cauda. — aposto que serve — falo sorrindo, fazendo uma piada interna. — sim. Mas enfim, nessa caixa estão seus livros — diz colocando a nova caixa no chão. — MEUS LIVROS!?— corro até a caixa feliz da vida, pensava que meu pai não ia mandá-los hoje. Abro a caixa e dou de cara com vários livros novinhos, em cima de todos há um bilhete escrito a mão: “Para meu bebê, se cuida aí, e venha visitar seu pai sempre que puder ;)” Sorrio que nem bobo para as palavras, pelo menos agora eu tenho companhia pelo tempo que ficar aqui, e embora não seja algo vivo, me faz muito feliz e satisfeito. O homem termina a entrega e me deixa com a sala cheia de caixas. Tiro minha cauda de dentro da camisa e deixo-a livre para mover-se. Subo as escadas brancas e entro no meu novo quarto. Ele é bem pequeno, mas é aconchegante. Tem uma cama grande feita de madeira de cerejeira no canto, um guarda roupa do mesmo material que está vazio até agora, uma mesinha de vidro, um carpete preto, uma prateleira embutida na parede onde vou colocar meus livros, um espelho enorme ao lado do guarda-roupas e uma janela de vidro na parede do lado da minha cama, me dando uma linda visão das árvores e das casas que ficam no outro quarteirão. Caminho até o espelho e encaro o reflexo, um garoto pálido e baixo de cabelos brancos encara de volta. Foco nos olhos azuis que herdei da minha mãe, provavelmente essa seja a única característica que compartilhamos (não sei praticamente nada sobre ela, nem mesmo de que animal ela era híbrida). Me jogo na cama sem ao menos tirar os tênis ou a roupa. Preciso descansar um pouco, já que tudo indica que amanhã terei um dia bastante longo.

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