GABRIELA NARRANDO.
Não sei se devo aceitar esse acordo, que sentido faria ele pagar milhões em mim e depois me liberar assim?
Não faz sentindo.
Alguém bateu na porta do meu quarto mais uma vez, eu abri e era uma mulher com três malas grandes de roupas.
— Gabriela: O que é isso?
— Roupas, o Senhor Dom pediu para trazer. — Uma moça muito educada falou.
— Gabriela: Ah claro, pode entrar. — Eu disse abrindo a porta.
— Ainda vai vim as caixas de sapatos, por enquanto eu vou arrumando as suas roupas no seu closet.
— Gabriela: Pode deixar que eu arrumo.
— Desculpe, eu mesmo preciso arrumar, são ordens do Senhor Dom.
— Gabriela: Então eu vou caminhar um pouco, depois eu volto. — Eu disse saindo do quarto.
Sai do quarto e comecei a observar a casa, era um corredor enorme com mais de 10 portas.
Desci as escadas e tinha um lustre enorme no meio da sala, parecia que não tinha ninguém em casa.
Andei para o jardim da casa e achei um banco, me sentei e fechei os olhos respirando fundo.
— Eu considero esse lugar o melhor ambiente da minha casa. — Uma voz masculina falou me fazendo abrir os olhos.
— Mário: Á propósito meu nome é Mário, seu futuro sogro.
— Gabriela: Prazer, Gabriela.
— Mário: Espero que goste daqui e que seja uma boa esposa para o meu filho.
— Gabriela: É eu também espero. — Eu disse abaixando a cabeça.
— Mário: Qual é a sua história Gabriela?
— Gabriela: Como assim?
— Mário: Como foi parar naquele leilão?
— Gabriela: Eu vim para realizar o meu sonho Senhor Mário. — Eu disse rindo.
— Mário: Me chame apenas de Mário, qual é o seu sonho?
— Gabriela: Eu vim pra trabalhar como modelo, achei a agência pela internet, eles foram até a minha casa e eu vim contra a vontade dos meus pais.
— Mário: Escutar os nossos pais é importante Gabriela.
— Gabriela: Hoje eu sei disso, me arrependo muito por não ter escutado eles.
— Mário: Fica de aprendizado.
— Gabriela: Meus pais nunca foram meus amigos, nunca acreditaram no meu sonho.
— Mário: Seja uma mãe diferente.
— Gabriela: Eu não queria nem me casar, imagine ser mãe.
— Mário: Você vai ser feliz aqui, o Dom é um menino difícil, mais você se acostuma. — Ele disse e deu dois tapinhas nas minhas costas.
— Laura: Eu posso saber que i********e é essa com o meu marido? — A louca disse entrando no jardim.
— Mário: Não tem i********e alguma, só estávamos conversando. — Ele disse me defendendo.
— Laura: Eu vi você colocando a mão nas costas dessa.. dessa... — Ela disse gaguejando.
— Gabriela: Dessa o que? — Eu gritei com ela.
— Laura: Abaixa o tom de voz dentro da minha casa. — Ela retrucou.
— Gabriela: Enquanto você me desrespeitar, eu não vou ter respeito com a senhora. — Eu disse olhando nos olhos dela.
— Laura: Não sei aonde o meu filho estava na cabeça quando te escolheu.
— Mário: Já chega Júlia, a menina não estava fazendo nada.
— Dom: O que esta acontecendo aqui ?
— Laura: Nada demais filho, aproveita e ensina a sua noiva como se comportar entre as pessoas hoje. — Ela disse e saiu do jardim.
— Mário: Vou deixar vocês a sós. — Ele e saiu também.
— Gabriela: Vai ser bem díficil aguentar a sua mãe.
— Dom: Não vai ser por muito tempo, após a lua de mel podemos ir pra nossa casa.
— Dom: A propósito, já pensou na proposta que te fiz?
— Gabriela: Eu tenho uma dúvida, por quanto tempo será essa farsa ?
— Dom: Poucos meses.
— Gabriela: Tudo bem eu aceito.
— Dom: Ótimo.
— Gabriela: Preciso te pedir uma coisa.
— Dom: Pode falar
— Gabriela: Preciso de um celular, já faz quase 5 dias que os meus pais não tem noticias de mim e eles vão começar a ficar preocupados.
— Dom: Irei providenciar isso.
— Gabriela: Obrigada. — Eu disse saindo do jardim.
— Dom: Gabriela? — Ele me chamou e eu olhei pra trás.
— Gabriela: Oi.
— Dom: O vestido azul que vai estar pendurado no closet, quero que você use ele hoje a noite. — Ele disse e eu sai do jardim indo em direção ao meu quarto.
Ele pensa que vai colocar todas as peças desse jogo, mais vou mostrar para ele que não.
O vestido azul até que não era feio, mais não era ele que eu queria usar.
Vou usar o vestido que me chamou atenção, o vermelho.
Mesmo que seja por poucos meses, eu vou continuar sendo a dona do meu próprio nariz.
E aquela cobra da mãe dele, vai ter que me engolir..