Prólogo
Não revisado
Prólogo:
Amanda Nampula
Nem sempre é fácil amar, eu sou um perfeito exemplo disso. Sempre que conheço os homens, não sinto nada além de d****o ou atração física por eles, jantamos, conversamos e transamos. E é só isso, nunca consigo evoluir com nenhum deles.
Sempre gostei muito da mitologia grega, com ela acabei aprendendo muito sobre os deuses gregos. O que mais me chama atenção é Erós, o deus do d****o, as vezes eu acho que ele realmente existe, que está em algum lugar me observando e impedindo que eu tenha qualquer tipo de r*****o séria com alguém. Parece uma piada, mas eu realmente acredito nessa m***a, quem sabe não é verdade? Qual outro motivo seria plausível o suficiente? Exato! Nenhum. Solto uma gargalhada dentro o carro, só posso ter ficado doida mesmo.
Sigo o caminho de sempre, saio de casa antes dás seis, pego um café amargo na cafeteria do centro, e em seguida dou a volta na avenida Ripley e me dirigi até o trabalho. No momento sou assistente de RH, trabalho difícil mas bem remunerado, inclusivo estou quase sendo promovida, só preciso manter o serviço ágil e mostrar que mereço a posição.
Meus chefes não são lá os melhores ou mais educados, mas com certeza são os mais inteligentes, se eles acharem que eu tenho capacidade para assumir a vaga, não pensarão duas vezes, conheço bem o alto escalão, não querem que você suba demais, mas sabem quado devem tirar a corda do seu pescoço, quando lhes é conveniente te deixar subir. E eu que não sou boba vou agarrar essa oportunidade com unhas e dentes, e caso exista algum ser celestial que olhe por nós, peço que derreta o coração daquele meu chefe insuportável para que eu seja promovida.
Assim que chego na empresa estaciono o carro na garagem subterrânea e pego o elevador para ir até a recepção, antes de ir para a minha sala tenho que passar aqui para da um oi a Lisa.
- Como está a flor mais bela? - pergunto me apoiando no balcão da recepção.
- Achei que não fosse vir. - diz sorrindo. - Almoçamos juntas?
- Claro, o Mark vai?
- Vai sim, antes de pegar serviço falei com ele.
- Perfeito, agora vou indo. - falo caminhando até o elevador. - Nem todos temos privilégios. - digo quando vejo a Kendra entrando no elevador dos chefes, a mesma parece ter ouvido o que eu disse porque se virou para mim com a maior cara, sorri para ela e corri para o outro elevador, nem pensar que vou arranjar brigar com aquela maluca.
Entro no elevador já cansada, ò trabalhinho difícil esse meu em, assim que entro na sala coloco me casaco nas costas da cadeira e me sento na mesma ligando o computador, ouço a fechadura ser aberta e me viro vendo a Letícia entrar na sala acompanhada de Kendra.
- Amanda. - diz meu nome com certo desdém. - O chefe te quer na sala dele.
- Agora? - pergunto me pondo de pé.
- O que você acha? - debocha e eu reviro os olhos saindo da sala.
É agora Amanda, você vai ser promovida a chefe do setor de rh, hoje é o seu dia! Com um sorriso enorme entro no elevador subindo até o último andar, antes de sair do mesmo respiro fundo me passando confiança, saio dele indo até a mesa da secretária.
- Amanda, certo? - a mulher pergunta, assinto. - O senhor Montenegro te espera.
Concordo e sigo até a sala que fica no fim do corredor, vamos lá Amanda, você consegue! Bato na porta e ouço uma voz masculina me mandar entrar, obedeço a mesma quase que imediatamente e entro na sala tentando parecer o mais natural possível.
- Amanda Nampula? - o grande e incrivelmente lindo homem, sentado na cadeira pergunta.
- Eu mesma senhor. - respondo ainda em encará-lo.
- Meu irmão irá assumir seu lugar aqui na empresa, e como você deve saber eu tenho uma secretária. - assinto ainda sem entender onde ele quer chegar. - Te observo desde quando chegou aqui, uma mulher esforçada, trabalhadora e muito inteligente. - assinto. - Meu irmão entretanto não quer uma secretária e sim uma... Assistente pessoal.
- Onde quer chegar senhor? - pergunto de uma vez.
- Quero que você seja a assistente dele. - diz sério, franzo o cenho.
- M-mas... Eu achei que seria promovida. - sussurro a última parte.
- Lhe garanto que o salário será muito melhor do que o de chefe do rh. - afirma, olho para ele desconfiada.
- Tem certeza? - pergunto. - O que tem de tão importante em ser assistente pessoal?
- Você vai ajudar meu irmão em tudo. - diz e em seguida se levanta da cadeira dando a volta na mesa e vindo até mim. - Preciso que você aceite.
- Tudo bem. - digo me dando por vencida, ao menos terei um bom salário. - Eu aceito.
E naquele momento, eu não sabia que estaria assinando a minha sentença de morte.