Victoria Oliveira
Enfiei o colherzinha verde dentro do pequeno isopor e fechei meus olhos, gemendo sutilmente, apreciando a explosão de sabores na minha boca.
Eu estava mesmo rendida ao conteúdo gelado que estava ali. Abri meus olhos e encarei João Guilherme.
Ele piscava para mim, seus cílios batendo contra o seu rosto, a colher pequena e frágil entre os seus dedos, enquanto sua boca avermelhada estava entreaberta.
Odiava olhá-lo tanto, odiava sentir tanto por ele. Odiava que ele pudesse ter esse tipo de poder sobre mim e sobre o meu corpo.
Pequenos detalhes perdidos na nossa convivência, que me faziam perceber sobre como tudo era muito frágil.
Eu nunca tive um relacionamento e acho que nunca me apaixonei por alguém, sequer sei de estou apaixonada por João, mas é muito claro todo
