Capítulo 1

1297 Words
João Steve O início Olá, eu me chamo Steve um nome diferente, mas nem sempre me chamei assim, o meu nome verdadeiro é João. Ninguém me conhece como João não mais, para você entender direito como me tornei O Dono do morro eu preciso te contar a minha história e a minha infância. Morar em uma comunidade não é fácil, é uma vida sofrida, onde a sociedade prefere fingir que não existe. As drogas movimentam o comércio na comunidade, no morro quem não tem uma arma é trabalhador ou um possível soldado para o crime. O meu pai não queria trabalhar e não queria ser soldado do crime, no entanto, ele queria mandar, pois o seu pai era grande na comunidade, tinha feito história. Porém, o meu pai sempre foi um bobo gastava tudo que tinha e o que não tinha, então quando o seu pai, o meu avô foi morto, numa troca de tiro com outra gangue de uma comunidade rival, e no asfalto, o meu pai achou que herdaria tudo, achou que seria o novo dono do morro, mas não foi assim. Até para você ser dono de morro precisa ter Dom para governar, precisa saber lidar com a rapaziada. Você não pode puxar demais e não pode soltar muito, precisa ter mão de ferro, mas não pode ser um tirano e a rapaziada vai te seguir numa boa, vai fazer tudo que você mandar, mas não cometa um deslize, não seja um bobo, não saia por aí gastando o que tem e o que não tem, porque a comunidade não está ali para te sustentar. A rapaziada não está ali para te sustentar cara! Você tem que batalhar. Até no crime você precisa trabalhar para ter dinheiro. E o meu pai não queria saber disso, então na organização, havia uma hierarquia com os homens que trabalhavam com o meu avô. Havia um gerente abaixo do meu avô, logo ele assumiu e quando ele assumiu chutou meu pai para fora. E o meu pai jurou vingança. Disse que ia fazer e acontecer. Tentou formar um exército e nada funcionou. Ninguém deu atenção para ele. Era um fanfarrão e um falador, acabou virando um alcoólico, bebia, bebia, falava, falava, bebia, bebia e falava, falava. E foi ameaçado de morte várias vezes, se juntou com a minha mãe na marra. Foi lá e tomou a garota, ali na comunidade do sossego era assim, se não fosse de uma boa família da comunidade, era só tomar a p**a para si. Ela era conhecida dos soldados todos já haviam traçado e o meu pai também a queria. Ela era uma p**a para todo mundo. Ele era conhecido como um bandido, pois de filho de bandido, bandido é. Vivia gastando o que não tinha, mas não trabalhava, o movimento dava dinheiro e só que o dele estava acabando. Foi lá pegou a garota. Ela já era também conhecida lá na comunidade como p**a por todos os soldados do crime. Ele foi lá e a pegou e levou-a para casa, e com certeza ele era traído, era mais um corno entre muitos ali e eu não sei se ele era meu pai de verdade. A menina com quem ele casou "a minha mãe" era uma p**a viciada emvsexo e dinheiro e a consequência disso é que eles brigavam demais. Eu cresci vendo a violência deles. Brigavam demais e meu pai sempre que bebia contava a história do morro do sossego. De que ele deveria ser essa pessoa que comandava tudo, "O Dono do Morro" eu ouvia aquelas histórias e como uma criança pobre que não ia à escola, bom, eu tinha um sonho. Então eu tinha que assumir o lugar do meu avô que o meu pai não conseguiu, mas eu tinha que conseguir. E esse pensamento foi se fortalecendo na minha mente. Então meti o pé e fui para escola sozinho. E lá na escolinha da comunidade me escrevi e fui aceito. porque toda criança tem que estar na escola. E comecei a fazer o meu caminho. Morava numa casa de madeira com telhado de amianto e vivia em uma família de três pessoas, um homem (meu pai), uma mulher (minha mãe) e um garoto (eu). A mulher trabalhava como doméstica e nem sempre conseguia um serviço e acabava se prostituindo para conseguir dinheiro, o homem era um alcoólatra e vagabundo muito m*l sabia roubar. O garoto estudava. Como meu pai era alcoólatra, minha mãe tinha caso com todo mundo e um dia ele chegou em casa meio sóbrio meio bêbado e flagrou ela com um homem na cama. O moleque fugiu m*l tinha começado a andar no crime e já estava fazendo merda, se envolvendo com uma mulher casada. Bom a minha mãe tomou uma surra do meu pai ele bateu tanto nela que ela ia ter que ficar fora de serviço por um mês com um braço quebrado e a cara inchada ninguém queria saber dela estava com uma cara que era uma coisa horrorosa. Nem preciso dizer que sobrou para mim também, tinha acabado de chegar junto com ele, só que ele não viu, achou que eu estava acobertando as safadezas dela. Pô fiquei com a cara toda amassada, o bom é que eu morava num cantinho da comunidade que ninguém na escolinha sabia onde era. Aproveitei que a minha cara estava amassada para me fazer de o bam, bam, reunir a molecada no pátio da escola e disse que enfrentei quatro meninos da comunidade. Porra! A meninada tinha 10 anos, acreditaram na minha história, logo ganhei o respeito e começaram a dizer que eu era Neto de bandido e não lembravam mais do meu pai, começaram a se lembrar do meu avô. O tempo foi passando, eu aprendi as contas, eu aprendi a ler e escrever era o melhor aluno da turma, mas não era ali o meu lugar, eu não queria aquele futuro acadêmico. Eu queria ser dono do Morro. Eu tinha que entrar para o crime, mas ainda era cedo. Tinha que me manter na escola então segui o curso e fiz até a formação do segundo grau, cara eu era bom. E o Dono do Morro estava de olho em mim. Não é que o homem era parceiro do meu avô mesmo, se aproximou de mim e falou, vá para a faculdade e lá nós vamos montar um esquema. Ele queria que eu recrutasse as pessoas, não para traficar porque isso tinha no morro os moleques que não queria nada da vida e que não estudava. A finalidade deles era essa fazer um dinheiro no tráfico. Mas na faculdade ele queria pessoas inteligentes assim como eu porque o negócio no morro tinha que sair do Morro. O homem era um visionário. Então como nós íamos fazer isso? Eu comecei a estudar muito e fui para a faculdade de administração de empresas a ironia, eu queria administrar o morro. Espera, espera deixa eu dar uma pausa aqui eu me antecipei, devo dizer que quando o dono do Morro chegou em mim, ele já tinha dado o fim nos meus pais. Segundo ele, eu não precisava mais deles, a verdade é que ele tinha razão, minha mãe era uma p**a e meu pai um alcoólatra agressivo. Quem precisa disso? Nenhuma criança precisa disso. Quando meus pais morreram eu estava no segundo grau. Bom, dizer que eu senti algo com a morte deles, eu estaria mentindo. Tive uma infância de merda, apanhava feito um cachorro sarnento, comia na caridade dos vizinhos, passava vergonha com a aquela mulher. E ela nunca se importou comigo, me dizia várias vezes que não sabia nem quem era o meu pai. Nem preciso dizer que sou um cara fodido uma mente um tanto quanto perturbada. Porém sou um homem de caráter.
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