ERIC
Droga!
Cadê? Cadê essa maldita chave?
Como posso ser um dos CEO's mais rico dessa cidade e ser tão esquecido e atrapalhado com minhas coisas?
— Amor, você viu aonde está minha chave do carro?
— Eric fica sempre no chaveiro!
Minha linda esposa grita do banheiro quando volto para nosso quarto para procurar a minha chave.
Mais que p***a de chaveiro é esse? Ao menos temos um?
Vou até o banheiro e ela já está enrolada na toalha.
Passa por mim com aquele cheiro cítrico que amo, vou atrás dela para questionar este objeto que nem sabia que existia.
— Que droga de chaveiro é esse?
— O chaveiro que fica ao lado da porta do jardim.
— E desde quando temos um negócio desse?
— Desde de ontem à noite. Agora não perde mais as chaves.
Ela sorri com seu sorriso largo, seus cabelos loiros e molhados deixa Micaela mais linda.
Me aproximo do seu corpo pequeno, pele branca, subo o olhar para suas íris esverdeadas e puxo sua toalha e sento na cama observando cada detalhe do que me pertence.
— Agora ficou bem melhor. – Sorri lascivo.
— Eric!
Diz surpresa e começa a rir da minha atitude.
— Você está atrasado, como aquela empresa vai andar sozinha sem um chefe?
— Acho que Enterprise Parker pode esperar. Agora você vem aqui kkkk.
Pego minha mulher para que eu possa ter uma boa f**a matinal antes de irmos para empresa.
E assim faço.
Uma vez meu, sempre meu.
...
— Sr. e Sra. Parker.
Por onde passamos naquela empresa era assim que todos nos comprimentavamos. Minha linda mulher me ajuda com tudo aqui dentro, posso dizer que é meu braço direito.
Lembro-me bem quando conheci Micaela, entrou aqui sendo minha secretária apenas cuidando da minha agenda.
Me apaixonei alguns anos atrás quando eu tinha acabado de tomar posse do lugar de meu pai, — que descanse em paz, morreu ele e minha mãe em um trágico acidente de carro. — Mais superei e encontrei a mulher da minha vida.
Criei um lugar de vice-presidente para ela, mais muito teimosa não quis aceitar.
Justificativa?
Ia ficar muito tempo longe de mim.
Então estamos vivendo assim há três anos.
Hoje aos nossos vinte seis anos somos mais felizes que nunca.
Não tivemos filhos por escolha. Queremos viver o nosso momento até quando Deus permitir.
Ouço o bater na minha porta enquanto olhava pensativo para o computador.
— Entre.
E lá está ela, toda séria em seu terninho sexy preto andando com uma pasta e minha agenda em suas mãos. E logo já dispara:
— Sua agenda e reuniões. O senhor Yang quer saber sobre a proposta...
Paro de escultá-la quando começo admirar seus gestos tão formais e delicados ao mesmo tempo.
— Eric, preste atenção em mim.
— Estou prestando querida.
— O que digo para o senhor Yang?
— Que marque a reunião quando quiser, avise que o projeto de marketing dele está pronto e que as micro empresas das quais pediu uma avaliação de perto foram aprovadas, conto os detalhes na conferência.
— Certo.
— Mais alguma coisa?
— Não. Só isso.
As horas foram passando e viro de relance para olhar um contrato e vejo o porta retrato do dia do nosso casamento.
Merda!
Olho a data da foto e a data no computador.
— p***a como pude esquecer que hoje é o nosso aniversário.
Ligo o mais rápido que posso para a floricultura compro flores e mando entregar. Reservo uma mesa no restaurante mais chique dessa cidade.
Porque não disse nada?
— Micaela venha até minha sala.
Tiro o dedo do telefone e espero que venha até mim.
Abre à porta e senta esperando que eu fale.
— Porque não me disse?
— O que?
— Que hoje é nosso dia?
Ela não responde apenas fica seria.
— Dá para falar?
— Não lembra o que aconteceu da última vez?
— Eu já pedi desculpas né? Vai ficar magoada comigo até quando meu amor?
— Eu disse que nunca ia te perdoar.
Tenta morder um sorriso travesso, levanto e vou até à frente da minha mesa e puxo-a para que fique entre minhas pernas.
Firmo meus braços na sua cintura e fico ali esperando ela se render a mim.
Nossos olhos se encontram e ao mesmo tempo desço para seus lábios carnudos e rosados.
E tomo eles para mim num beijo forte e faminto, nossas línguas se encontram e dançam numa perfeita conexão.
— Hoje às vinte horas no Blue.
Ela ergue as sobrancelhas e vejo o brilho no seu olhar que adorou a ideia de irmos jantarmos.
— Quero vê-la mais linda do que nunca. E depois do jantar vou comer a minha sobremesa.
Aperto sua b***a e ela arfa.
— Que às vinte horas não demore a chegar.
...
— Precisava parar tão longe do restaurante Mica?
— Lá estava lotado não tinha como parar e o estacionamento do local cheio. O que queria que eu fizesse?
Reviro os olhos quando Micaela para alguns metros do lugar aonde vamos jantar.
À noite passa incrivelmente bem, divertida, dançamos depois de comer, bebemos fizemos tudo que um casal apaixonado faria.
Nos beijamos e trocamos juras de amor.
Tudo com ela é fácil e simples...
— Então. Vamos? – Ela fala deitando nos meus ombros declarando sua exaustão.
— Vamos amor.
Andamos de mãos dadas até o carro devagar, olhando o movimento que estava quase no fim.
— Cadê a chave Mica? – Digo quando chegamos na frente do carro.
— Está aqui na bolsa, só um minuto.
Ela revira a bolsa até dos avessos procurando a chave e nada. Ajudo segurando os objetos que retira um a um pela décima vez.
— Desista não vai está ai.
— Claro que está.
Alguns minutos procurando pela maldita chave ela acha.
Quando termino de colocar as coisas dentro da sua bolsa, sinto algo duro pressionar minha lombar e uma voz sair em seguida.
— Passa tudo que tem agora seu riquinho.
Finalmente me dou conta que estamos sendo roubabos. O outro bandido pega a chave da mão da minha esposa e segura suas mãos para trás.
— Por favor moço não temos nada além do que estam vendo.
— Revista ela Tico.
O homem mascarado alisa do todo o corpo de Mica sem esquecer nenhum lugar. E o outro ainda me segurando, vejo o desespero da minha mulher sendo quase molestada por debaixo da roupa.
Eu fico com muito ódio que com um golpe menos esperado pelo bandido atrás de mim dou-lhe uma cabeçada, no mesmo instante ele cambaleia para trás com as mãos no nariz.
— Mais que p***a! – Ele grita ao ver o nariz sangrar.
— Eu vou matar você seu desgraçado! – Continuou.
— Eric! – Ouço Micaela gritar.
Viro para te olhar e o tal de Tico está com uma arma apontada para mim.
— Calma cara a gente não vai chamar a policia, pode levar o carro e o todo resto mais não nos machuque.
Falo tentando tomar controle da situação.
— Você tá pensando o que? Seu riquinho de merda. Acha que manda na gente, se eu quiser meto uns pipocos na sua cara.
— Vocês já pegaram o que queria, agora vão.
Eles se entreolham e começam a rir.
O tal do Tico perta o gatilho da arma e começa a rir.
— Aí Leco acha que manda nessa p***a.
— Tá afim de morrer vacilão? – Ouço a voz atrás de mim e um empurrão nas costas.
— Calma cara já disse sem polícia só levam o que querem. – Troco o olhar entre os dois bandidos.
— Acerta ele Tico e a v***a a gente leva, o chefe vai adorar a loirinha pros esquemas.
No desespero que eu fosse atingido e ela sequestrada seja lá o que for essa esquema, Micaela avança para cima do homem tentando pegar a arma de fogo.
— NÃO MICAELAA...
Quando vou correr para pegar minha mulher o bandido que eu aceitei na cabeça me segura com força e me prende com uma chave de braço me imobilizando para que eu visse toda a briga.
— Tico larga essa p**a e vamos. — Tal do Leco avisa.
— Espera eu pegar a minha arma das mãos dessa p**a. Larga p***a!
Alguns segundos no vai e vem dos corpos e a arma entre os dois eu fico gritando para minha mulher soltar o bandido. Mais teimosa que é me ignora.
— Bora Tico, larga essa p***a. – Leco manda novamente.
— Não. Se eu deixar essa arma os homens me pegam.
— Larga essa merda!
No momento que o bandido vai soltar é tarde demais um tiro é disparado.
Todos ficam paralisados sem saber quem foi atingido.
— p***a! – O bandido me larga.
Eu fico na esperança de que não seja Mica, mais quando vou até ela para abraçar ela cai nos meus braços.
Enquanto os dois bandidos fogem.
Olho minha mulher toda ensanguentada com um tiro no peito.
— SOCORROO, ALGUÉM ME AJUDA!
Olho Micaela largada no meu colo, seu nariz logo começa a sair um risco de sangue.
— Am..Amo...Amoor...
— Shiii, aquela moça já está chamando a emergência.
Falo aos prantos, alisando minha linda esposa.
— Aguenta firme.
— E..Eu estou bem... – Diz com pouco de voz que tem.
— Eu te amo amor não me deixa.
— E..E...Eu...
Tosse um pouco de sangue e tenta continuar.
— Te amo.
— NÃÃÃOOO...
Grito quando minha mulher morre ali na minha frente, nos meus braços...
...
Esse é o problema do amor, ele não dura muito. De uma forma ou outra tudo chega ao fim...
Olho pro túmulo da minha mulher, limpo as lágrimas, coloco sua flor preferida sofre o mármore.
— Você sempre estava lá, até que você não estava mais...
Coloco as mãos nos bolsos e olho fixo na sua foto ali com seu nome.
— Perder você está me matando aos poucos, mais também me ensinou que depois de você não posso contar com ninguém além de mim mesmo. Aqui dentro desta carcaça de ossos sinto que, um novo eu emergiu... Só não descobri se necessariamente é uma coisa boa.
Coloco uma das mãos na pedra fria e viro as costas.
— Adeus Micaela. Meu amor, minha salvadora.
... ♧ ...
Eai me contem o que acharam desse primeiro capítulo?
De novo autora com tragédia? Sim, amo um drama já de cara.
No próximo já se passarão 3 anos e vamos conhecer Elisa.
Espero que tenham gostado desse capítulo.
Comentem e não esqueçam do nosso amigo coração da estória!
Beijos amores até o próximo.