Helena.
Esse é o meu primeiro ano que ensino na escola Elite Dante Martins, sou formada em letras, tenho aulas durante 4 dias na semana.
Ensino pela manhã, no horário da tarde sempre tem reuniões com os outros professores. Como é um lugar onde só Herdeiros milionários estudam tudo precisa ser elaborado com antecipação e perfeição.
Diferente de muitos professores da Escola de Elite, eu não nasci em berço de ouro ou se quer tiver a chance de estudar em universidades renomadas no exterior.
Noto os professores agindo com indiferença pela forma como me visto. E de como lido com meus alunos.
Após encerrar minhas aulas, vou caminhando em direção à saída da escola. Estou tendo que fazer as refeições em um bairro vizinho, fiquei encarregada das aulas de detenção, então quase não sobra tempo para fazer uma refeição em casa.
Indo em direção ao estacionamento, pego o meu carro clássico, um Fusca branco. Esse é o meu precioso, foi uma herança do meu avô e por isso tenho um apego sentimental por ele.
Entro no carro e vejo alguns olhares de reprovação e repulsar em minha direção.
Ignorando todos os julgamentos, vou saindo da Ala nobre, entrando no bairro vizinho onde serve uma macarronada deliciosa.
É nítida a mudança de cenários. Vejo vários comércios de carnes, frutas e floriculturas.
Alguns restaurantes de comida chinesa oferecem uma diversidade de culturas e culinárias.
Estacionando o carro, entre no restaurante Flor de Jade, um ambiente pequeno, mas com cadeiras e mesas estrategicamente colocadas com uma decoração nas paredes de flores naturais.
Gosto sempre de sentar em uma mesa perto da entrada, pois fico observando o movimento das pessoas passando, vendo o sorriso dos vendedores.
Assim que sento na cadeira, ouço meu celular tocando rapidamente, olho o número e vejo que é da equipe geral da Escola Elite.
Após ouvir o recado, é confirmando a data e o horário, me despeço e faço o meu pedido.
Como a minha refeição, ouvindo uma música suave que estava tocando no rádio do restaurante.
{...}
Daniel.
Após gozar várias vezes mando a v***a ir embora, volto para o bar e peço uma garrafa de whisky, tento de todas as formas esquecer as lembranças que ficam atormentando a minha mente, vivo esse pesadelo todos os dias mesmo depois de tantos anos ainda consigo ouvir seus gritos de súplicas e pedidos de socorro ouvindo seu desespero depois de cada golpes sofridos, vendo o seu rosto branco cheios de hematomas, sangue escorrendo em seus lábios.
Depois daquele dia, uma parte alegre e colorida da minha vida morreu com a mulher que me deu a vida, não conseguia mais vê-la, pois sempre estava dopada de remédios.
Lembro-me de quando eu caía, ela sempre assoprava os meus machucados e me confortava com um chocolate quente e carinhos na cabeça.
Encho meu copo olhando para a garrafa, vejo que era a última dose, tomo tudo de uma vez. Já sentindo minha mente anestesiada pelo efeito do álcool vou saindo para pegar o corro, vejo de longe os seguranças que meu pai colocou para me seguir, em um acesso de fúria dou vários socos no vidro do carro ao ponto de machucar a mão, mas essa dor não se compara a que tenho no coração, inferno grito várias vezes.
Entrando no carro, passando pelas ruas, vejo as luzes da cidade e o céu estrelado, vou dirigindo em alta velocidade, sentindo a adrenalina pulsar dentro de mim, dando uma sensação de liberdade.
Paro em frente à minha casa e só percebo que estava de manhã pelos raios de sol que sinto incomoda meus olhos,entrando em casa escuto o grito furioso do meu pai.
Não grita, coroa, eu já cheguei mostrando as mãos em forma de rendição, vou subindo para o meu quarto.
- Escuta bem o que vou te falar, Daniel, você vai subir e tomar um banho, não me interessa se está bêbado ou não, vai colocar o uniforme da Escola e assistir às aulas, ao você pode ficar em casa e seus cartões serão bloqueados, a escolha é sua.
Tentando caminhar em direção ao meu quarto, mas não consigo, as minhas pernas não me obedecem. Sinto os seguranças me levarem, vou cambaleando para o banheiro, em seguida indo para o box onde ficará o chuveiro. Ligando a água fria, deixo-a me molhar até sentir que estou ficando lúcido novamente.
Saindo do banheiro, visto o maldito uniforme, escuto a Dalva batendo na porta do meu quarto com um remédio e um chá para aliviar as náuseas. Após pronto, vou seguindo para o andar de baixo e o motorista já estava me esperando.
Assim que chego à escola, vou caminhando para a área reservada para mim e meus amigos. Nenhum aluno ou professor pode vir para essa parte da escola, dei o nome de A6, chegando lá, vou para cama e adormeço. Algumas horas depois, acordo e percebo que está na hora do intervalo, entro no banheiro e lavo o rosto, saindo para o pátio, vejo uma cena que poderá me ajudar a se aproximar da bolsista.
Ligando imediatamente para um dos funcionários para trazer minha Ferrari. E entro em ação na hora certa. Que a Eliza estava segurando a bolsista pelo cabelo e, em seguida, levando sua mão para acertá-la, seguro sua mão ainda no ar.
- O que você pensa que está fazendo, Eliza? Você está louca? Porrah como você ousar querer tocar no que é meu. Saia daqui ou farei você pagar caro por sua ousadia. Eliza se afastar sem falar nada, então falo:
- Vai ficar aí parada, bolsista? Venha até o estacionamento e não me faça esperar.
Não espero sua resposta e viro as costas, indo em direção ao meu carro.