Mariza.
Saindo do meu apartamento, vou em direção a um clube secreto, onde os homens vão para se desligar de suas vidas cotidianas e de suas mulheres amargas. Vão em busca de prazer sem limites, o clube secreto é o meu local de conseguir dinheiro fácil, de bônus ganho prazer, já que minha pequena poupança acabou.
Passando por um corredor largo com cores vibrantes e objetos luxuosos na decoração, entro em um quarto esperando o meu primeiro cliente, vou caminhando até a bancada, e me sirvo de um copo de tequila e começo a arquitetar meu plano para me reaproximar do Dante.
Começo me lembrando de como o conheci. Foi em uma universidade, e naquele tempo ele já era um homem bem de vida graças os seus pais milionários, já cansada da minha vida miserável me aproximei dele e após meses começamos a namorar, com o passar do tempo Dante foi construindo seu império com esforços e dedicação assumindo os negócios de família, triplicando sua riqueza e sendo conhecido mundialmente, visando sempre o meu lado fiz uma conta escondida dele e sempre depositava dinheiro.
Com o tempo nos casamos, e o Dante colocou na cabeça que queria ter um filho. Eu nunca quis ser mãe, minha pele era ótima para ser estragada com uma gestação, mas para agradar ao meu marido, engravidei e o Daniel nasceu, como eu odiava bancar a mãe perfeita.
Falo revirando os olhos de tamanha raiva que sinto.
Egoísmo talvez, mas eu queria ser livre, amor isso é coisa de criança, eu queria poder e um bom título perante a sociedade, para me livrar do Dante comecei a misturar drogas em sua bebida, que o deixavam alucinando, como eu odeio esse homem, desgraçado nem para morrer serve.
Até que tiver uma brilhante ideia, comecei a pagar mulheres para dar em cima dele, com as drogas e com mulheres se jogando em cima, foi muito fácil forjar minha fuga. No dia em que descobri a traição que eu mesmo armei, fiz uma cena que merecia o Oscar. Preciso investir nessa minha carreira de atriz, tenho talento.
Falo me olhando no espelho, e ajeito minha lingerie.
O Dante estava tão bêbado e drogado que fingir que ele me agrediu foi fácil. Com minhas mãos, comecei a me bater e gritar para que meus gritos chegassem até o quarto do Daniel. No dia seguinte, o Dante achou que tinha sido ele.
Começo da gargalhada, como foi fácil enganá-los.
Me jogando na cama, vejo o meu cliente entrar, sem perder tempo, tiro suas roupas e começo o meu serviço. Tempos depois, o vejo saindo e pego o dinheiro deixado em cima da cama, e vou conferir o valor.
Olhando o relógio, vejo que já está na hora do show em um restaurante que irei cantar. Pego um vestido, me visto e vou em direção ao restaurante, que era muito elegante. Chegando lá vejo o Dante e uma mulher que parecia uma cenoura com aqueles cabelos. v***a, terei que dar um jeito nela, não posso falhar no plano.
Dante ficava me olhando ao ponto de incomodar àquela cenoura de pernas, então os vejo sair e não retornarem mais. Com o fim do show, vou em direção ao banheiro, retocar o batom e escuto uma voz, muito familiar.
- Você deveria ter morrido.
- Para você roubar meu homem, Ágata? Que deprimente, mesmo após me ajudar a sair da vida dele. Ele não te quis, deve ser a sua inexperiência em satisfazer um homem.
- Sua v***a, por que está aqui? O Dante quase te reconheceu. O acordo não foi esse.
- O dinheiro acabou, Ágata, e não nasci para viver trabalhando, olha como foi difícil para mim hoje.
- Eu quero que seu filho namore minha Eliza, ela tem sofrido muito por ele, e você vai me ajudar, Mariza. Ou acabarei com você.
Sorrio sarcasticamente para ela, que v***a miserável.
- Me ajude a reconquistar o Dante, que farei o Daniel ficar com Eliza, esse garoto sempre foi manipulável.
- Coloquei alguns homens seguindo ele, e descobri que passará a noite em um hotel com uma menina da escola, uma garota pobre atrás de dinheiro, igual a você. Os Martins tem um radar para interesseiras. E você deve dar um jeito de se aproximar dele. Agora vá.
Saindo do banheiro antes de dar um tapa nessa v***a da Aghata quem ela pensa que é para me ameaçar, após conseguir o que quero, darei um jeito de matá-la.
Pegando meu carro, vou para o hotel onde o Daniel está e fico no barzinho esperando sua saída, mas para meu estresse, ele passou a noite toda. Sendo obrigada a ficar esperando, vejo um dos meus clientes entrando com sua esposa, fico o observando e vejo o seu olhar sobre mim, pisco o olho para ele e tomo minha bebida.
Com o amanhecer, vejo o Daniel indo até a recepção do Hotel vestindo somente uma calça. Ele estava desesperado, e de acordo com o relatório que Ágata me passou pelo celular, o Daniel tem um descontrole com bebidas alcoólicas, fico aguardando o momento certo para agir.
Até que escuto rumores de que tinha um quarto sendo destruído e sorrio satisfeita, espero a hora que a camareira vai fazer a limpeza de um dos quartos e a sigo, pegando sua chave em um momento de distração, com um dos hóspedes.
Procurando o quarto do Daniel, pego a chave e coloco na fechadura, e comemoro que abriu, então o vejo no chão quase desacordado, vou me aproximando, e falo palavras reconfortantes, pura encenação.
Vendo sua carteira em cima de uma mesinha tiro o dinheiro que tem lá, e vejo que ele desmaiou vou até a recepção e informo que tem um jovem desmaiado, não é vantajoso para mim a morte dele, e saiu dali me sentindo vitoriosa com o dinheiro que tinha na carteira dele, poderei fazer uma hidratação no cabelo.
Que dia incrível foi esse, entrando no meu carro, vou pensando em quais desculpas usarei para retornar, acabo rindo do meu enterro, eu vir tudo de longe, como é fácil comprar um cadáver, e só oferecer dinheiro que portas se abrem. E claro que fiz um pedido antes de morrer para que meu caixão não fosse aberto, porque o Daniel não poderia ver meu estado deplorável. E a v***a da Ágata me ajudou em tudo.
Ligando o som do carro, vou cantando e rindo até chegar no salão. Preciso ficar bonita para rever meu esposo.