Efeito do cigarro

884 Words
Respirei pela décima vez, por fim minha voz fugiu. Apesar disso ser somente um teste ainda sim , minha respiração falhava, e me sentia um t**o por isso. Scarllet estava sendo paciente comigo. Enquanto a mesma fumava , eu inalava o cheiro do cigarro , que já se tornou familiar para mim. Porém ainda não estava acostumado com ele. As vezes queria sabe o porque Scarllet fazia isso, talvez pra dizer que poderia fazer aquilo o qual os pais nunca iriam aprovar, mais pra que ela iria fumar? Para ser a mais f**a de todas ? Para dizer que poderia fazer tudo aquilo que dissessem para ela não fazer ? Talvez para se livra um pouco de alguma coisa , ou pra ficar em êxtase com o efeito do cigarro, só não acho certo o que a mesma faz. Essa semana quando cheguei sua casa , seus olhos estavam vermelhos , e ela cheirava a cigarro e bebida. - o que aconteceu com você ? – perguntei, olhando para a mesma. Ela sorriu sarcástica. - entra logo e cala a boca – ordenou. A sua voz estava cambaleante assim como suas pernas , parecia que a mesma não estava aguentado o próprio peso , e se segurava nas paredes para ficar de pé. Vê- la naquela situação me deixou mau . - Scarllet o que ... – antes de pergunta . - ixiii escuta – falou , se jogou na poltrona branca, estava tocando uma música de rock clássico antigo. - Mas .... – tentei de novo . - ixiii reflita a música – falou e fechou os olhos. Sentei no sofá , e pude vê a mesma inspirar e respirar com agilidade. - wind of change foi lançada em 1990 , meu pai tinha exatamente 16 anos na época ele curtia rock punk , e pensava em seguir carreira cantor – ela sorriu quando falou . – minha mãe tinha somente 9 anos nessa época, meu pai ... ah meu pai era um roqueiro malucão gringo que minha mãe se interessou quando tinha 20 anos enquanto ele tinha 31 anos . No mesmo ano ela ficou gravida. Burra. Ela ficou em silencio , exceto pela música - ele cantava essa música pra mim , e eu pensava que ele ia passa a eternidade comigo , a como eu era uma criança tola – falou sarcástica. Era incrível como ela sabia de cor todas as datas , e em nenhum momento a mesma vacilou em suas próprias palavras, a mesma ainda estava de olhos inchados , e parecia que não ousava abri-los pois ela estava sonhando e levitando junto da música. A mesma tinha problemas assim como eu , e guardava uma mágoa enorme do pai , como se ele tivesse feito algo grave tanto com ela , quanto com sua mãe. Era de uma forma sarcástica como ela citava seu pai. A mesma permaneceu com os olhos fechados durante uns cinco minutos ate pensei que a ela tinha pegado no sono e se esquecido da minha presença naquela sala. Eu tinha a necessidade de querer ajudar a Scarllet, por mais que tentasse era impossível pois não sabia o que ela tinha passado ou sofrido , se caso ela tivesse uma mágoa. Talvez Scarllet só precisasse ficar um tempo sozinha , mas queria ajuda-la da mesma forma que ela me ajudou no Colégio. Queria abraçá-la, mas só conseguia fica parado pensando em que formas eu poderia ajuda. - Tudo bem se hoje você não quiser ... – antes que pudesse concluir , ela fez um sinal para que parasse de falar . Scarllet abriu os olhos , eram escuros e caóticos , senti um pouco de repulsa somente por olhar no fundo dos seus olhos e vê um turbilhão de coisas em meio do caos. - você não tá afim hoje de ... de .... você sabe , me ensinar como ser popular – falei, ela olhou para mim , e sorriu. - vamos começando , não quero mais perde tempo. Agora me diz como conquistar uma garota ? – perguntou. Sua voz estava embolada e seu olhos estavam semicerrados, como se a qualquer momento pudesse fecha-los e dormi normalmente, esquecendo literalmente da minha presença. - você não esta bem. Disso tenho certeza – falei. A mesma mais uma vez fechou os olhos . - vai pra m***a , quer ser meu pai agora é? – perguntou e sorriu. Parecia que a mesma não aguentava ficar com os olhos abertos. Ela tinha fumado o suficiente para ficar nesse estado. - cadê a sua mãe? – perguntei. - a i****a da minha mãe, bom , ela deve ter ido se encontrar com o novo namorado dela – falou. - Não fala assim da sua mãe – a repreendi . Mas foi em vão. A mesma gargalhou e mandou eu ir para m***a uns três vezes. - Você bebeu ? – perguntei . Ela sorriu e com os dedos colocou o indicado e o polegar na mesma linha deixando os mesmo um pouco longe e depois falou : - só um pouquinho. Ela deve ter bebido um garrafa inteira de vinho ou vodca. Pois as garrafas estavam no chão, literalmente secas. Preciso ajuda-la. Foi o que pensei exatamente mesma hora. Foi isso que eu fiz .
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