O corpo de Jade incendiava a cada toque de Felipe com os lábios. Ele beijou toda a extensão de seu pescoço, seus ombros n.u.s, o início de seu colo, e deslizou a língua por todas as partes sensíveis e inimagináveis do corpo dela. Felipe acariciou-lhe os mam.ilos com as pontas dos dedos, fazendo com que Jade arqueasse o corpo para frente. Ao sentir a boca úmida tomar um de seus se.ios, ela não evitou murmurar um gemido discreto, e agarrou os cabelos da nuca de Felipe, enquanto ele descia com os lábios pela barriga feminina e lisa. Felipe se encaixou entre as pernas da mesma, abrindo os seus joelhos para ter acesso ao centro de sua feminilidade. Ele explorou a parte quente e sensível do corpo de Jade com a língua, investindo mais fundo a cada vez que a ouvia arfar. Chupou os dois lábios í.n.t.i.m.o.s da mulher, introduzindo a língua por mais uma vez, até encontrar o ponto mais delicada daquele lugar.
- Felipe…- Falou, com a respiração ainda irregular.- Eu…-
Ela não conseguiu formular uma frase coerente, o que só piorou, quando ele pressionou e massageou a protuberância escondida na c.a.r.n.e macia. Não precisou mais do que alguns poucos minutos para que ela se derramasse na boca dele. Jade sentiu cada músculo de seu corpo retesar ao se perder no frenesi provocado por Felipe.
Felipe tirou suas roupas com desespero, sentindo seu mem.bro latejar por debaixo de suas calças. Ele precisava afundar nas curvas macias do corpo dela, e precisava senti-la para renovar as próprias energias. Quando terminou de tirar a última peça, ele se atirou por cima dela, pressionando os dois corpos desnudos. Ao sentir sua pele em contato com a dela, Felipe experimentou um prazer que não encontrava há muito tempo. A cada pene.tra.da, Felipe experimentou uma sensação de pertencimento.
- Eu não posso deixar que vá novamente.- Ele sussurrou ao ouvido dela, erguendo-a pelos cabelos para beijá-la novamente.
Os gemidos de Jade foram abafados por mais um beijo apaixonado, e seja lá o que ela pretendia dizer, se esvaiu ali.
- Felipe…- Ela murmurou, como se o nome dele fosse a única coisa que importava naquele momento.
- Eu amo você.- Ele disse, pouco antes de sair de dentro dela para derramar a sua semente.
Algo precisava ser dito, e Jade sabia disso. O que ela sentia por aquele homem era muito forte, mas o fato de compartilhar o mesmo sentimento por Ian e Felipe a fazia se sentir injusta. Era possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Aquela pergunta vinha martelando a cabeça de Jade há quatro anos.
- Eu gosto muito de você.- Jade irrompeu o silêncio.
Felipe não sinalizou o fato de ela não ter repetido as mesmas palavras que ele, ao invés disso, ele abraçou o corpo da garota, e deixou um beijo em sua testa.
…
Jade voltou para a Espósito algumas horas depois, junto com o Felipe. Assim que os dois desceram do carro para tomarem o elevador, se depararam com Ian, que também voltou de sua hora do almoço, ao lado de Cecília. Os quatro entraram no mesmo elevador, em silêncio, e foram obrigados a compartilhar do mesmo local de trabalho. Cecília não simpatizou muito com a Jade desde o primeiro momento que a viu, embora tenha forçado uma educação que ela própria desconhecia ter. O clima de tensão que pairava entre Jade, Ian e Felipe, fazia com que ela tivesse a sensação de que não sabia de algo.
E de fato, não sabia, mas iria sondar para descobrir.
- Cecília, vou precisar que venha comigo para revisar os novos contratos das indústrias farmacêuticas que estão fazendo parceria com a Espósito. O doutor Leandro disse que a sua presença é imprescindível, já que essa é a sua área.- Falou Soraia, uma das advogadas da empresa.
- Precisa ser agora? Eu estava pretendendo acompanhar a Jade até as vinícolas Espósito.- Respondeu Cecilia.
Soraia não evitou olhar diretamente para Jade, que também ergueu a cabeça para fitá-la. Não importava o tempo que passasse, aquele desconforto que Jade sentia na presença de Soraia só piorava.
- Eu posso acompanhá-la, Cecilia. Não se preocupe.- Disse Felipe, sorrindo em solidariedade.
- Receio que não, Felipe. Chegaram uns compradores para um grande estoque das garrafas de vinho, e como você é o diretor desse setor… Bem… Terá que lidar diretamente com eles. São clientes muito importantes, não podem ser atendidos por qualquer pessoa.- Disse Soraia, sorrindo com satisfação ao perceber aumentar o constrangimento entre Ian e Jade
- Então terá que ser o Ian a acompanhá-la.- Falou Felipe, secamente.
- Não podemos deixar para amanhã?- Perguntou Cecília.
- Infelizmente, não.- Respondeu Soraia.- Amanhã as vinícolas estarão fechadas para a nova produção.-
Soraia sabia que Cecília não estava a par de tudo o que aconteceu no passado de Ian, Jade e Felipe. O triângulo amoroso acabou abalando as estruturas da empresa, e ao que transparecia, acabaria abalando novamente, mesmo quatro anos depois. Ela pretendia fazer com que Cecília acabasse descobrindo, mas sem se comprometer. Ainda lembrava dos problemas que ganhou ao tentar interferir no relacionamento Ian-Jade, quando eles ainda eram um casal.
- Devemos ir, então. Não quero deixar ninguém esperando.- Falou Cecília, sem esconder o tom de desanimação.
Cecília e Soraia saíram juntas da sala, e quando caminharam por uma boa parte do corredor, a advogada achou que seria o momento perfeito para pôr o seu plano em prática. Há alguns anos, Soraia prometeu para si mesma que destruiria a vida de Ian, e se vingaria da humilhação que a fez passar na frente de Jade e da família dele, e agora, que finalmente teria a grande chance, não a deixaria escapar.
- Eu admiro muito a sua maturidade, Cecília…- Soraia mordiscou o lábio ao sorrir com satisfação, percebendo que, por fim, tinha chamado a atenção da outra mulher, que a olhava com ares de interrogação.- Permitir que o seu noivo fique a sós com a ex mulher por quase uma hora dentro de um carro…-
- Ex mulher?- Cecília parou de caminhar de repente, olhando estupefata para Soraia.
- Sim, a Jade. Eles foram casados durante um ano. Não sabia?- Soraia levou a mão ao rosto, fingindo estar horrorizada por ter dado uma notícia como aquelas.- Cecília, pelo amor de Deus, e-eu não fazia ideia de que você não sabia, se não jamais teria…-
- Não foi culpa sua.- Cecília a interrompeu.- Geralmente as noivas sabem de tudo da vida de seus noivos, mas isso não se aplica ao Ian. Acho que essa mulher ainda mexe muito com ele, por isso não teve coragem de me contar nada.-
- Mas não fica desanimada, o Ian gosta muito de você.- Soraia fingiu que tentava consolá-la
- Será que realmente gosta, Soraia? Ou será que eu sou apenas um instrumento para que ele esqueça a Jade?-
…
Durante todo o percurso até as vinícolas, tanto Jade, quanto Ian, permaneceram em silêncio. Assim que pisou no solo em que era feito a colheita das uvas, o vinicultor a reconheceu, cumprimentando-a com muita satisfação. Jade passou muito tempo indo ali para fazer a sua primeira importante matéria, e jamais esqueceria disso. Aquela matéria foi a chave para que Jade alcançasse o sucesso, e de certa forma, devia aquilo a Ian.
- Acho que conhece essa vinícola melhor do que eu.- Comentou Ian, parecendo mais que estava resmungando.- Sempre passou bem mais tempo aqui do que o restante, se é que me entende.-
A intenção subentendida na frase de Ian deixou Jade furiosa, e ela não evitou parou de caminhar pare rebatê-lo.
- Não gosto de pessoas que insinuam coisas, Ian. Ou será que é tão covarde a ponto de não conseguir ir direto para o assunto que quer falar?-
- Covarde? Eu?- Perguntou Ian, se sentindo ultrajado.
- Sim, você. Porque nunca fala o que realmente sente. Sempre fica com as suas provocações, sempre fica insinuando coisas no lugar de simplesmente falar o que te incomoda. E sinto muito dizer, Ian, mas eu não estou disposta a jogar esse jogo que você sabe tão bem, porque eu sei que não posso ganhar.-
- O seu discurso é muito bonito, Jade. Pena que você não lembrou de falar que o covarde aqui.- Ian apontou para si mesmo.- O homem que não sabe expressar o que sente, há quatro anos largou uma importantíssima reunião com os maiores investidores da Espósito, para correr atrás de você no aeroporto e implorar que ficasse comigo. E o que você me disse?-
Jade engoliu em seco, relembrando aquele exato momento. Jade estava prestes a embarcar, e Ian chegou bem a tempo, implorando que ela não fosse embora. Ian disse que a amava, e que queria que ficassem juntos. Ele não pretendia dar continuidade ao divórcio, e de fato queria continuar casado com a Jade.
Mas ela não estava pronta. Não era justo que escolhesse entre Ian e Felipe, porque sempre carregaria consigo a dúvida de ter mesmo escolhido o certo. De ter mesmo escolhido a pessoa que verdadeiramente amava. Jade não sabia qual dos dois amava, e mesmo após quatro anos, ela ainda tinha essa dúvida.
- Eu disse que não podia ficar com você, porque eu precisava ir para descobrir o que realmente quero para a minha vida.- Jade caminhou involuntariamente para frente, segurando, em um impulso, as mãos de Ian.- Eu disse que se ficasse teria que escolher entre o Felipe e você, mas que por enquanto eu não poderia fazer aquela escolha. Por que eu amava…- Jade não evitou que seus olhos marejassem.- Porque eu amo vocês dois.-
Ian também a amava, e ainda a ama. O que ele sentia por ela era tão forte, que ao olhá-la, mesmo anos depois, o seu corpo ainda soltava faíscas para tê-la por perto. Ian levou uma de suas mãos á nuca de Jade, em um gesto carinhoso, e obedecendo a um impulso por se ver tão próximo á ela, colou os seus lábios aos da mulher, iniciando um beijo saudoso.