Entrei na sala, abri a caixa de charutos, peguei um, o isqueiro e voltei para a varanda. Roberta continuava sentada pensando em Verônica. Acendi o charuto e fiquei sentado na cadeira que Daisy estava. — Não fica assim, doninho... – Roberta levantou e ficou aos meus pés, como uma cadelinha – Tinha de acontecer, não dava pra ficar o tempo todo escondendo... Naquele momento eu não temia por mim, mas morria de medo por Roberta. Verônica, quando se sentia ferida, era muito dura e não media as consequências de seus atos. Ela poderia até mesmo querer se separar, enviar Roberta para a Turquia, alegando quebra de contrato, já que o mesmo tem validade de trinta anos e perder as duas, mesmo com Jolie na nossa cama, me doía muito. Mas lá no fundo tinha esperança de que nada do que temia fosse acont