Meu nome é Alfredo, era sempre visto como o “nerd” esquisito da escola.
Com toda a certeza não pegava as garotas mais bonitas, nem andava com os grupos legais.
Só vivia de estudar, jogar videogame com meu melhor amigo João, gostava de estudar sobre a história do mundo.
Me imaginava lutando ao lado de
Napoleão Bonaparte que dominou por mais de uma década os europeus, enquanto liderava a França contra uma série de coalizões nas guerras napoleônicas.
Ele venceu a maioria desses conflitos e a grande maioria de suas batalhas, construindo um grande império.
Adorava ler! Desde sempre, eu sabia que se queria mudar a minha vida teria que estudar. Era caçoado pelos colegas de escola. Marcos falou:
— Olá magrelo...
Fingi que não era comigo e continuei andando.
O Daniel cutucou o caroço e falou:
— Caroço sábia que ele já me falou que você era fedorento?
Caroço falou:
— Ele quem é fedorento.
Sempre buscava ignora-los, nunca me bateram, mas gostavam de fazer milhares de piadas. Falava com João:
— Um dia Irei me tornar em um grande profissional de respeito eles irão ser meus subalternos, terão que me respeitar.
João falou:
— Cara eles pegam no pé de todos, só você ignorar ou xingar eles de volta. Minha mãe sempre fala que vingança não nos leva a nada.
Eu respondi:
— A minha vingança irá valer muito. Mas será no momento certo.
Oito anos depois estava na faculdade de História. Tinha vinte e um anos, já estava no sexto semestre. No próximo ano terminarei a faculdade, particularmente me tornei em um homem bem-afeiçoado. Sou moreno claro, cabelos pretos, olhos castanhos, corpo Atlético.
Estava passando na porta de uma padaria e vi o caroço. Ele já me chamou de fedorento quando criança. Com o tempo fizemos as pazes e nos tornamos colegas.
Mas não apagava a imagem que ficou em meu coração sobre sua gozação no passado.
Como não seria possível fazer os outros rapazes pagarem por seus erros. A Final os desgraçados eram filhos de papaizinho.
Marcos fazia faculdade de odontologia e Daniel de Direito.
Eles ainda eram amigos e viviam viajando pelo mundo. Um dia eu serei mas bem sucedido do que eles. Mas antes precisava sentir o gosto de me vingar de uma pessoa que já me criticou.
O jeito era me vingar de uma pessoa que me caçoou uma vez. Ele trabalhava como atendente, ia passar reto, mas decidi voltar eu estava em uma posição superior a ele, tinha que dar aquela lição.
Entrei na padaria me sentei, ele se aproximou. Com um grande sorriso falando:
—Oi!? Alfredo! Muito bom te ver, quanto tempo.
Fechei a cara e falei:
— Senhor Alfredo para você! Não tenho i********e com subalternos.
Ele ficou sem graça abaixou a cabeça e falou:
—Desculpe, posso te ajudar com algo?
Eu respondi:
—Quero um suco de laranja.
Ele respondeu:
—Quer gelo e açúcar?
Olhei em seu rosto e gritei:
— Você quer me matar? Lógico que não!
Ele entrou, estava me sentindo vitorioso em poder dar o troco e ser superior a ele naquele momento.
Ele voltou com o suco dei uma bicadinha e gritei:
— Que nojo! Está sem doce nenhum.
Ele falou:
— Está sem açúcar como você pediu.
Respondi:
— Você é um imprestável, não consegue nem fazer um suco. Quer saber vou embora os serviços de vocês é péssimo.
Caroço falou:
— Por favor! Não faça isto, meu gerente está me olhando irá me mandar embora.
Respondi:
— Deveria ter pensado nisto quando me chamou de fedorento.
Ele respondeu:
— Como? Isto foi esclarecido quando crianças, mentiram que você me xingou. Por isto eu o xinguei.
Eu respondi:
— Eu realmente falei você tinha uma pereba enorme nas costas. E você ainda fede.
Me levantei e sai falando:
— Não vou pagar este suco, já que não tomei, não tenho confiança em pedir um novo sei que vão cuspir.
As pessoas se levantaram das mesas após o meu escândalo, o gerente chamou atenção do caroço.
Sai da panificadora, me sentia vitorioso em poder dar o troco naquele moleque. Imundo!
Chegando na faculdade minha namorada Sônia me aguardava. Ela falou:
— Onde você estava meu pituquinho?
Aquele apelido me irritava! Mas tinha que fingir adorar. Respondi:
—Bombachudinha passei na padaria para tomar um copo com suco.
Quando falei de comida seus olhos brilharam. Ela respondeu:
—Nossa Vida, você poderia ter me esperado. Poderíamos ter tomado café, juntos.
Respondi:
—Da próxima vez vamos juntos!
Ela não era a namorada que eu merecia ter, pois eu merecia ter um avião ao meu lado, mas ela era branca dos cabelos pretos lisos grandes, olhos azuis, usava óculos, baixinha, acima do peso cerca de uns vinte quilos, seu rosto até que era bonitinho, era a única parte que lhe salvava, além do dinheiro de sua família.
Ela fazia faculdade de advocacia, mas tinha uma família de posses e muito consolidada.
Eles eram os mais ricos da região então valia o esforço. Eles poderiam abrir muitas portas para mim com sua grande influência.
Fingia ser o namorado mais apaixonado, e perfeito do mundo.
Após alguns anos finalizamos a faculdade, decide pedir Sônia em casamento. Desta maneira iria forçar seu pai a utilizar sua influência e me ajudar a encontrar um bom emprego na cidade.
Afinal o pai não iria querer que sua única filha perca o bom padrão de Vida que já possuía.
Tivemos um casamento de alto padrão, aquele circo não me interessava. Queria apenas ter o sobre nome de Sônia e a influência que sua família poderia me proporcionar.
Mas tinha que fingir ser o homem mais apaixonado e feliz no mundo.
Após três anos de casado, já havia lecionado em algumas escolas.
Estava cansado de trabalhar como professor. Decidi procurar outra categoria de trabalho, mas todos que procurava eram negados.
Os pais de Sônia nos deu um apartamento de alto padrão em uma região nobre.
Os pais de Sônia que pagavam todas as nossas despesas. Para que a preguiçosa da filha não precisasse trabalhar, pudesse fingir estudar para tirar a OAB e prestar concurso público. Eles tinham esperanças que Sônia consiga passar em algum concurso público.
Mas se nem eu que sou inteligente não passei em concursos melhores, com toda a certeza Sônia nunca passaria.
Cheguei ao apartamento, Sônia se aproximou com um grande sorriso e uma torta nas mãos falando:
— Oi!? Meu amor! Fiz para o meu grande amor está torta para comemorarmos a entrevista de emprego de hoje.
Dei um soco na parede e falei:
— Comemorar o quê? Minha derrota?
Ela ficou um pouco desconcertada e falou:
— Desculpe meu amor! Pensei que seria o aprovado, afinal você ficou na final do processo. Não estava competindo com nenhum outro candidato.
Ela colocou a torta em cima da mesa pegou em minhas mãos e continuou:
— Não deu certo este, mas você chegou até o final do processo por mérito próprio. Então vamos comemorar assim mesmo, pois tenho certeza que o próximo, dará certo e irá conseguir um emprego bem melhor!
Soltei suas mãos e falei:
— Por isto esta a cada dia mais gorda. Porque você só pensa em comer mais nada. Você não presta para nada, nem para me ajudar a utilizar a influência de seus pais para ter um bom emprego.
Ela começou a chorar e falou:
— Eu nunca falei nada com meu pai, pensava que você queria conquistar por seu próprio mérito e sei ser capas.
Eu respondi:
Você não serve de nada mesmo. Se além de feia, gorda, fosse ao menos inteligente. Mas é burra também.
Tentava ser o melhor marido do mundo.
Mas as vezes não conseguiam disfarçar a frustração de ter aquela roliça ao meu lado.
Estava fazendo um grande sacrifício em ficar com aquela ameba, ela não acrescentava em nada na minha vida.