02

672 Words
Assim que desembarcou do avião, Marcela quase morreu de calor. Miami era quente às vezes, mas feito aquele lugar não, San Antonio estava superando tranquilo. Marcela colocou seus óculos Ray Ban aviador, e saiu andando com sua pose de Bad Girl, levando sua jaqueta habitual no braço esquerdo e na mão direita uma pequena mochila, apenas com alguns pertences que não podiam ficar longe dela quando viajava. Olhou por todo o aeroporto até encontrar um papel com meu nome. Uma mulher com aparentemente 22 anos segurava uma a placa com os dizeres: "Marcela Hoff." Ela tinha o cabelo escuros até os ombros e um sorriso enorme no rosto. Só de pensar em sorrir daquela forma o rosto de Marcela doeu. A mulher vestia uma calça colada jeans e um cropped colorido, que para Marcela mais parecia uma bandeira do Orgulho Gay, de tantas cores que havia ali. — Onde está a Demetria?! — Marcela perguntou a mulher quase aos cochichos. — Está aqui! — apontou para si mesma sorridente. — Prazer. — Estendeu a mão para Marcela. — Oh. — Esboçou. Marcela não imaginou que ela fosse nova assim. Pensou que teria uns 35 anos para mais. — Prazer. — Marcela pegou em sua mão. — Por que está falando como se estivesse transportando drogas? Você usa drogas? Não me diga que realmente trouxe drogas? Sua mãe disse que você era lésbica e não uma drogada... — a mulher desembestou a falar. — Ei, calma. Se colocarem um baseado na minha frente irei perguntar o que tenho que fazer com ele, se é de tomar, cheirar ou fum... — expliquei e ela se acalmou. — Baseado é de tomar, querida. — falou e deu uma risadinha. Marcela parou e a olhou séria. — Qual é?... A culpa das estrelas, baby. — explicou. — Eu não leio esse tipo de livro. — Marcela falou seguindo Demetria para pegar suas malas. — Imaginei. Você er... Tem uma posse enorme de ‘Bad Girl’, você com certeza é "bem" gay, garota, sinto dizer a sua mãe que não vai poder te mudar não... Nenhum gay consegue mudar na verdade, só pessoas tolas acreditam nisso. Sua mãe não deve saber que eu era bissexual e não lésbica, por isso acha que mudei. Mas não mudei, só encontrei um cara que eu realmente gosto, amo na verdade. — Demetria não parava de falar. "Como ela poderia ser uma velha chata e ranzinza! Seria mais tranquilo." — E a propósito pode me chamar de Demi. ***** — Não devemos demorar tanto para chegar, querida. — Demi falou. Marcela já estava com tédio, já fazia meia hora que estavam andando dentro da cidade de San Antonio. — Tudo bem. — Marcela concordou. — Doze montanhas russas e parques, e mais de 3 parques aquáticos, aqui não deve ser tão r**m assim. — comentou. — O r**m é que fica a uma distância meio grande para ficarmos aproveitando sempre. — Demi falou. — Não me parece tão longe assim. — Marcela falou olhando para fora da janela do carro e vendo algumas luzes coloridas ao longe, provavelmente dos parques. — Se você acha. — Demi deu de ombros. ***** "Você está saindo de San Antonio" — Por que estamos saindo de San Antonio, Demetria?! — perguntou apreensiva. — Estamos indo para casa, ué. — respondeu normalmente. — Como assim estamos indo para casa?! — Como assim, eu que pergunto?! O que é mais fácil de entender do que estamos indo para casa? — Demi perguntou confusa. — Se você mora em San Antonio, por que estamos saindo daqui, então? — Marcela estava mais confusa que ela. — Ah!... Com certeza sua mãe não lhe falou que moro em um vilarejo que pertence à San Antonio. — falou e Marcela quase morreu. — É O QUÊ?! — falou assustada. "Sinal r**m consequentemente internet r**m, caipiras que não conhecem nada, garotas héteros."  "Sinal r**m, sinal r**m, sinal r**m, SINAL r**m E GAROTAS HÉTEROS." "Elas nem devem ser bonitas mesmo."
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