Prólogo

1239 Words
RAYMOND HANSON Há 10 anos atrás! Há exatamente 10 dias atrás, algo aconteceu na vida da minha única filha, a filha de um amor que hoje não existe mais, porque Deus decidiu levar a mãe da minha filha para junto dele, eu sabia que precisava ser forte e cuidar da minha única menina. Claro que o tempo foi bem generoso comigo, me deu uma nova esposa, que cuidou de mim, e da minha menina, que foi como uma mãe para ela, e ambas atraiu uma amizade genuína, algo muito lindo de se ver. Apesar que algo trágico aconteceu com a minha menina, levando ela a loucura, a ponto dela tentar tirar a própria vida, isso foi demais para nós, minha mulher ficou horrorizada com a situação da Rhaenyra, ela chegou ao extremo, de alguma forma ela cortou os pulsos, ela tentou se afogar na banheira do banheiro, tudo isso para esquecer aqueles momentos angustiantes que ela ela viveu, que ela presenciou, não só ela, mas também sua melhor amiga de infância e seu melhor amigo, os três foram marcados por aquele fatídico dia. Embora eu tenha lutado contra não querer tirar a memória de minha princesa, foi necessário, ou eu perderia a única coisa que me faz lembrar de momentos inesquecíveis como os que eu vivia com sua mãe! Quando eu e a Jennie nos casamos, a Rhaenyra, tinha apenas 5 meses de vida, ela apareceu na minha vida para mudar completamente tudo, eu deixei claro que para ela viver comigo, ela teria que cuidar de minha única filha, também falei que não poderia dar-lhe filhos, pois eu não queria mais sofrer, caso ela viesse a óbito como a mãe da minha princesa. Ela super entendeu, mas um dia para sua infelicidade, achando que havia engravidado, ela foi até um ginecologista, e o mesmo pediu alguns exames para ela, lá ela acabamos descobrindo que era estéril, com isso ela acabou sofrendo por um tempo, mas aceitou, afinal nada estava perdido, ela ainda tinha a minha menina, mesmo que eu tenha dito que não engravidaria ela, a mesma ainda tentou, porque achou que eu poderia mudar de ideia. E até então hoje minha menina tem 12 anos de idade, e estava em um sofrimento sem fim, aquilo estava me doendo, me deixando completamente doente, assim como a Jennie também estava m*l com toda a situação da nossa filha, então procuramos um médico a dois dias atrás, o pessoal do hospital conseguiu fazer ela dormir com um sedativo, logo mais ele nos ofereceu uma nova alternativa, e eu não sabia mais o que fazer, afinal já havia tentado tanta coisa. — Senhor Hanson. — disse o médico se aproximando. — Conseguimos fazer a cirurgia nos pulsos de sua filha, assim como também tiramos a cicatriz do seu pescoço. — disse o médico, o que me foi um alívio saber disso. — Mas como médico, eu tenho que informar que ela é apenas uma pré adolescente com 12 anos, e não podemos deixar que ela tire sua própria vida ao se acordar. — conclui. — Doutor, eu não quero perder a minha única filha. — digo sentindo um nó na minha garganta e uma dor no peito apertando como se me faltasse o ar. — Sei que não é da minha conta, mais existe apenas uma única dose, a última já existente no mundo. — disse ele. — Dose de que doutor? — pergunto. — Há alguns anos atrás, alguns cientistas criaram o soro do esquecimento, eles fizeram cerca de doze doses, as cinco primeiras foram usadas em pessoas condenadas a sentença de morte por alguns crimes, porém as primeiras não tinham tanto efeito, duravam apenas alguns meses, e cada vez eles aprimorava ainda mais, então testaram mais duas, e teve um efeito maior cerca de um ano e meio mais ou menos, até que eles acrescentaram mais uma substância, e após a aplicação dela, o líquido notou-se que ao longo dos anos as pessoas se reinventavam novamente e até hoje não lembram-se de quem um dia foram, porque testaram mais 3 deixando duas sobrando, mas no fim, um cientista resolveu tomar ela, para esquecer de tudo que um dia ele criou, porque ele ficou com a consciência pesada, e não queria mais carregar a culpa de ver pessoas sofrendo com aquela perda de memória, com isso ficou apenas uma única dose, e eu acabei comprando ela no mercado n***o, para tentar estudá-la, porém eu não consegui êxito, e como sei que estão desesperados, para não perderem a sua filha, eu posso ajudá-los com isso, porém custará cerca de cem mil dólares! — ele explica tudo, com isso vejo o seu valor, eu tenho esse dinheiro, não posso perder a minha filha. — Senhor, esse líquido trará alguma sequela? — perguntou a Jennie. — Ela irá esquecer seis anos de sua vida, e a partir daí é uma nova vida que ela terá. — disse-nos o doutor. — Amor, não podemos perder a nossa menina. — disse a Jennie, com os olhos marejados. — Doutor a gente paga, mas por favor aplique nela, a gente não quer perder ela. — disse ela, e as lágrimas molham seu rosto. — Faça doutor, eu não me importo de reiniciar a mente da minha filha, eu a quero bem, quero saudável novamente, correndo por todos os lugares feliz da vida. — digo, abraçando a Jennie que estava aflita assim como eu. — Pode deixar, farei isso imediatamente, mas antes preciso que venham comigo para poder fazerem o cheque. — disse o doutor. Sem mais demora, o seguimos até sua sala, fiz um cheque para ser descontado no mesmo dia, e o mesmo abriu uma parte de um lugar secreto dentro de sua sala, pegou uma caixinha que havia um símbolo estranho no recipiente, não conseguir ver exatamente, mas após fazer o cheque o seguimos até o quarto no qual minha filha estava, ela estava com um acesso intravenoso, devido a sua medicação que vai através do soro. Então ele pegou uma seringa, abriu a única ampola que tinha dentro daquele recipiente, coletou todo o líquido que havia dentro, logo ele injetou no líquido que corria para as veias da minha filha, e, como sabíamos que ela poderia acordar a qualquer momento, ele foi habilidoso, quando não havia mais nenhum líquido dentro da seringa, ele falou que estava feito, e que era questão de tempo, quando ela acordasse o efeito já teria tomado conta. Ele saiu nos deixando sozinhos, estávamos aflitos, mas eu não podia sequer perder ela, a memória da sua mãe era a única coisa que me deixava vivo e feliz. Após mais ou menos uma hora, a minha menina acordou, ela ficou um pouco atordoada, ela disse que estava com dor de cabeça, mas ela disse que as coisas estavam confusas, pedi que ela dormisse mais um pouco, que iria passar, como ela também estava em efeito de anestesias, foi mais fácil, ela dormiu novamente, o que me deu um alívio de início, horas depois ela acordou novamente, e foi nesse momento que ela sorrio ao nos ver e perguntou o porque estava no hospital, só falamos que ela estava doente e que precisava ficar boa para voltarmos para casa. E assim a minha filha finalmente perdeu a sua memória, eu sei que não foi correto, mas eu não estava disposto a perder a minha única filha para tais atos que ela presenciou!
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