No Morro

Milena narrando. . . Eu estava totalmente feliz, por ter realizado o meu trabalho fora, e também por estar de volta ao Brasil. Minha vida nos últimos anos estava sendo assim, trabalho e mais trabalho. Hoje emn dia nem reclamou mais, porque e o que eu gosto de fazer. Quem vê assim nem imagina o tanto de coisa que a princesa aqui já passou. Meu pai era alcoólatra, e minha mãe trabalhava pra sustentar o vício dele. Isso até alguns anos atrás, antes dele morrer pra bebida. Depois disso eu senti muito mais necessidade de trabalhar, então corri muito atrás. Bruna: Amiga! - Deu um gritinho, vindo pra perto de mim.- agora é pra ficar? Diz que sim, por favor. Milena: Hm, nemn falava comigo direito, acho que nem sentiu a minha falta.- Beijei o rosto dela. Bruna: Cala a boca, Milena. Eu ri, arrastando a minha mala e ela veio toda animada do meu lado, contando das loucuras que ela fez nos últimos tempos. Bruna é minha amiga desde os meus dez an0s, são muitos anos e muito amor pra aturar essa praga. Ela morava com os pais, mas foi expulsa de casa. Por vários motivos, incluindo fazer suruba no quarto da mãe. Desde muito nova, ela sempre foi mais desenvolvida, em tudo. Eu sou mais velha, só que muitas vezes eu ia pela cabeça dela, e advinha? Dava merda né. Mi: Eu tava com tanta saudade daqui.... Respirei aliviada, entrando no uber. Bruna: Vai voltar ainda? Diz que não, hein. Mi: Depende, bru. Não tô podendo recusar não. Bruna: Eu entendo que é o teu trabalho, só que você vive mais pra ele do que pra simesma! Se tu morrer, O emprego não vai contigo não. Mi: E, mas por enquanto eu tô viva, e realmente não posso recusar, porque eu preciso. Bruna: Amiga tóxica. Mi: Da próxima eu posso levar você, quem sabe? Mas agora eu já fiz tudo que tinha que fazer fora, pode ser que demore pra eu sair do Brasil de novo. Bruna: Eu queria ir pegar os gringos, eles são tudo de bom..- Riu, olhando pra mim. Por mais que mnuitas vezes eu ficasse longe, por meses, a noSsa amizade nunca se esfriava. Chegando no mneu apartamento, Bruna foi embora, dizendo que tinha um encontro hoje. E eu só larguei as coisas e deitei no sofá colocando as pernas pra cima. Ligação on Mi: Amor? Eu já cheguei. Paulo: Oi vida...- Percebi a voz dele diferente.- pela noite eu vou aí tá? Mi: Você tava aonde? Paulo: Eu fui pra uma festinha ontem. Mi: Você sabia que eu iria chegar hoje, e mesmo assim preferiu sair, tô chateada. Paulo: Fica nã0, Vou te recompensar mais tarde, te amo. Mi: Te amo. Ligação off Fazia um ano que eu namorava com ele, e hoje em dia não tem mais a mesma graça, do mesmo jeito que tinha antes, não tem a mesma sintonia. E eu não sei porque eu ainda insisto em tentar algo que não dá mais certo. Só que eu também tenho um carinho por ele, gosto muito. Não sei se era impressão minha, m ele também parecia não se importar tanto quanto antes. O nossO namoro foi meio que arranjado, minha mãe é muito amiga da família dele. No comneço eu odiava essa idéia, queria conhecer com alguém e simplesmente me apaixonar, quem em pleno século vinte e um, arranja namorado pros outros? Mas com o paSsar do tempo, as coisas foram mudando, e eu comecei a gostar dele. Eu não sentia que era forçado, mas também não parecia ser tão real. Não sei explicar. Comecei a criar paranóias, como sempre, e assim fui tomar o meu banho, pensando se devia ou não continuar com isso. . .