Capítulo 4 - Ainda Dói

662 Words
Fernando Baltazar Júnior é o filho mais velho de Fernando e Ana Baltazar. Tem um irmão chamado Ramiro Baltazar e os dois são inseparáveis. Além de Ramiro, Fernando é também amigo de Alexandre que é o padrinho de Sofia. Após perder a esposa, Fernando fechou- se no mundo do trabalho e dedicava o seu pouco tempo e atenção à sua filha que também sofria muito com a perda da mãe. Fernando tinha acabado de sair de uma reunião e estava a caminho da escola de Sofia. Ele fazia questão de pegar a filha na escola todos os dias, pois não queria que mais ninguém o fizesse, excepto seu irmão Ramiro e o seu compadre Alexandre. Tinha acabado de estacionar o carro, quando o seu celular tocou e viu o nome de sua cunhada no visor. Desde a morte da irmã, Isabella achava que seria a nova esposa de Fernando, mas ele nem sequer olhava para ela como mulher, e a tratava como uma irmã mais nova. - Oi Isabella. - Nando!? Estou ligando a horas. Onde você está? - Não é da tua conta. Eu não te devo explicações. - Eu sei. Me desculpa. Estou na cidade e quero ver a minha sobrinha. - A sério? Agora lembraste que és Tia? - Fernando eu amo a Sofia. Podes acreditar. - A sério!? E por isso ficaste 5 anos sem falar com ela? Tenho que desligar. Tchau Isabella. Fernando entrou no colégio e foi levado ao gabinete da directora que estava com Sofia. - Bom dia. Sr. Fernando. Podemos falar por alguns minutos? - Boa tarde Sra. Manuela. O que aconteceu com a Sofia? - Papai! Eu espero o senhor no pátio! - Sofia saiu da sala e parecia ainda mais triste que o normal. - Sr. Fernando. A Sofia é uma menina óptima. Apesar de ser muito reservada para a idade. Mas, ultimamente as notas dela têm baixado, e estou preocupada. Que idade ela tinha quando perdeu a mãe? - Bem ela tinha apenas 4 anos e foi muito difícil para nós. - Eu entendo Sr. Fernando. Mas ainda dói muito na Sofia a ausência da mãe, e ela acabou de me dizer que também sente muito a sua falta. - O que a senhora me aconselha? Admito que não tenho sido um pai muito presente, mas amo a minha filha e só quero o melhor para ela. - Eu desejo o mesmo. A nossa escola tem uma excelente Psicóloga. A Doutora Sara passou por algo semelhante, e vai ser muito bom para a Sabrina conversar com ela. Isto é, se o Sr. permitir. - Por favor me dê o endereço e o contacto desta Psicóloga. Eu farei o que for melhor para a minha menina. Tem a minha permissão. - Obrigada Sr. Fernando. Pode acreditar que em pouco tempo a sua filha será novamente uma menina alegre, e agirá de acordo com a idade que tem. ****************************** Fernando falou mais alguns minutos com a directora, e depois saiu. Faria o que fosse melhor para a filha! Mas não tinha ideia que também encontraria o melhor para ele mesmo. Sara também começou a passar mais tempo no seu consultório que estava no mesmo Colégio em que estuda a sua filha Maya. Mesmo tendo um consultório particular, Sara gostava de estar na escola onde poderia ajudar muitas crianças que também precisavam da sua ajuda, mas muitas delas nem sequer sabiam. Ela pensava sempre na sua situação. A sua filha crescia e aos poucos se acostumava com a ausência do pai em sua vida. Sara também pensava nela. Era única e um dia seria adulta e seguiria o rumo natural da vida. Será que após isso Sara iria mesmo suportar o ninho vazio e também o seu coração? Sara estava prestes a ter uma nova oportunidade no Amor, mas para isso seria necessário estar literalmente preparada e disposta a aceitar o que estava por vir. Ela em breve teria algo novo em sua vida.
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