Capítulo 4

1197 Words
Pesadelo narrando O menino está bem, estamos apegados a ele, mas ainda não posso dizer que ele tem meu sangue, o exame demorou mais que o esperado. Ele é tão bonzinho, não dar muito trabalho, esses dias ele estava chatinho e levamos ele no postinho, quando chegamos lá ele estava com começo de pneumonia, ficou internado uma semana, pela correria do morro, não fiquei com ele, a minha irmã que está fazendo o papel de mãe, enquanto a v***a que o trouxe ao mundo não está nem aí para nada. Estava na boca e deu o horário de ir embora, o Jô falou que ia fazer a ronda antes de ir pra casa, achei estranho e falei que eu mesmo faria essa ronda. _ Parceiro vou fazer uma ronda antes de ir embora, pode ir descansar de boa. - diz me olhando, acho estranho essa atitude dele, ela só faz isso quando eu mando. _ Pode ir pra sua casa, como tenho que ir na barreira, vou fazer a ronda, hoje é meu dia mesmo. - digo me levantando da minha cadeira. _ Então vou me sair aqui, até amanhã parceiro. - sei que ele não gostou de não fazer a ronda. Ele saiu e logo eu saí também, mas antes tranquei a porta da minha sala, sempre deixo fechada, tem muita coisa importante aqui, não posso deixar que todos tenham acesso as minhas coisas. Fui até a minha moto, passei pelos meninos da guarda e fiz toque com eles e mandei ficarem atentos e qualquer coisa me chamar no radinho. Subir na minha moto e liguei, fui descendo as ruas e vielas de boa, até que ouvir uns gritos abafados e fui me chegando para ter certeza que não fosse gemidos, mas quando ouvir a voz feminina pedir por favor para não fazer nada com ela, parei a moto e fui entrando, era para ter tido calma, mas fiquei com tanta raiva que fui logo metendo o pé na porta e com isso os caras fugiram, acho que eram uns três ou quatro, não fui atrás dele, fui até a menina e vi que ela não parecia com as meninas da comunidade, lembrei que ela era amiga de uma moradora e que ela sempre vinha aqui. Tirei minha camisa e ofereci pra ela, a menina estava quase nua, estava apenas com a calcinha. _ Vesti essa camisa, não pode sair daqui nua. - digo entregando a camisa para ela. _ Obrigada. - diz ainda chorando. _ Me diz onde você mora, vou te levar em casa, na realidade acho que você não mora aqui, você é a amiga da Ana, é você né? Você mora no asfalto. O que estava fazendo aqui nesse horário? - Faço várias perguntas, pois sei que ela não é daqui, e quero saber o que ela estava fazendo sozinha pelas ruas da comunidade e vou descobrir quem são os caras que pegaram ela. _ Pode me levar pra casa da minha amiga, depois vejo como vou embora. - diz de cabeça baixa, acho que ela está envergonhada pela situação, mas ela não tem que sentir vergonha, não foi culpa dela e aqui não aceitamos isso. Eu a levo na casa da amiga dela e quando ela abre a porta já começa com o interrogatório. Tinha que ser mulher. _ Lia, o que aconteceu com você? - perguntou para a menina, mas vi que ela estava vendo a roupa que ela estava vestindo. _ Ela quase foi estuprada, por isso que ela está com a minha camisa, não se preocupe que vou descobrir quem fez isso. - falo e volto para a minha moto, ja fiz a minha parte, agora tenho que encontrar os caras, eles terão um fim triste. Sair com minha moto, tenho que ir na barreira, mas antes, vou chamar o Gustavo para ver o que ele acha, até pensei em chamar o Jô, mas não vou, por enquanto quero apenas saber a opinião do meu irmão. Ligo e chamo para vir no bar que sempre ficamos. Ligação on _ Gustavo chega aqui no bar. - digo assim que ele atende o telefone. - Marca cinco que já chego ai. Ligação off Fico ali, pedi um whisky com gelo de coco e fico esperando o Gustavo chegar, não demora e ele entra, acho que ia encontrar a gata dele, pois o cara estava de banho tomado e todo na beca. _ O que aconteceu que não foi me encontrar em casa? - pergunta assim que senta. _ Agora a pouco salvei uma mina de estupro aqui bem perto e é a patricinha amiga da Ana, aquela que sempre vem aqui. - digo e dou um gole grande na minha bebida, isso me deixa nervoso, não por ela ser uma patricinha, mas por ser mulher e ter que passar por isso, ela tem que considerar que teve um grande livramento. _ Tu pelo menos sabe quem tentou fazer isso? - pergunta curioso, ele sabe que isso não passa batido aqui. _ Fiquei preocupado em ajudar a menina que deixei eles saírem, mas tem uma coisa que está me tirando a paz. - digo, pois a história do Jô querer fazer ronda no meu dia me deixou com uma pulga atrás da orelha. _ p***a fala logo, temos que acabar com quem esta fazendo isso aqui. - diz nervoso. _ Tu sabe que cada dia um faz a ronda e hoje é o meu dia, mas o Jô se ofereceu para fazer e como a rua não é caminho para a casa dele e eu falei que ia fazer a ronda e tinha que ir na barreira, ele subiu para a goma dele, mas ele nunca se ofereceu para ficar no lugar de outro, por isso que estranhei a atitude dele e por isso não o chamei aqui também. - falei tudo o que estava suspeitando, assim meu irmão pode me ajudar. _ Vamos ficar de olho nele, mas acho que ele não tem nada haver com isso, pois senão ele teria ido mesmo assim e depois arrumava uma desculpa - para um pouco e pensa em algo - só se ele fosse o salvador da pátria, aí ele seria o mocinho da garota, acho que ele falou que tinha gostado dela, mas que ela não dava bola para ninguém daqui. - termina e aqui me chama atenção, ele nunca falou nada disso comigo, mas se for ele perdeu a oportunidade. _ Vou deixar isso só entre nós, e vou falar com a Ana amanhã para não comentar nada, assim vai ser mais fácil descobrir alguma coisa. - digo e meu irmão concorda. _ Então fica assim por enquanto, vou ali visitar a minha mina, vou fazer de conta que não sei de nada e talvez o Jô pergunte alguma coisa e se isso acontecer vamos ter certeza que ele sabia de alguma coisa. - fala e faz toque comigo e sai. Fico ali mais um pouco e depois vou terminar a minha ronda e vou na barreira falar com os meninos, vou aproveitar e ver se tinha alguém diferente aqui e que tenha saído nesse horário que salvei a menina.
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