Capítulo 1

1273 Words
Pesadelo narrando Nasci sabendo o meu futuro, porém não queria da forma que recebi. Sou o dono do morro do Tabajara, desde que meu pai morreu a 7 anos atrás, ele morreu durante uma invasão, não queria herdar o morro dessa forma, queria que meu pai tivesse me passado o comando, por vontade e por querer e pudesse aproveitar a vida tranquilamente. Por ser o irmão mais velho, sou o principal herdeiro, meu irmão é meu sub e nossa irmã também comanda o moro junto com a gente. Passamos por tantas dificuldades para manter o morro em nossas mãos, tantas invasões, tantas perdas, mas graças a Deus e os aliados estamos aqui. Hoje estava lembrando da última conversa que tive com o meu coroa. Flashback on _ Pai, quero saber o motivo que o senhor tem tanta pressa de que eu aprenda tudo aqui? - pergunto enquanto ele vai me mostrando os papéis da contabilidade. _ Meu filho, você tem que aprender e enquanto antes melhor não sabemos o que pode nos acontecer no próximo minuto. - diz tranquilo fumando um cigarro, ele fumava muito desde a morte de minha mãe. _ Ok, vou aprender tudo, assim como aprendi a atirar e defesa pessoal. - falo sem muita alternativa. _ Filho, você é o mais velho de seus irmãos e você tem que cuidar deles muito bem e nunca deixar eles de lado, promete pro pai que sempre vai cuidar deles? - não entendi, mas prometi. _ Prometo dar a minha vida por eles. Ficamos conversando ali, e essa foi nossa última conversa, nessa mesma noite teve a invasão que ele morreu, mas não perdemos o morro. Entraram realmente só para matar meu coroa e um dia vou vingar a morte dele. Flashback off Fiquei marolando sobre o acontecimento, acho que meu pai sabia da invasão e o que eles queriam, ainda não sei como aconteceu, mas só vou ficar tranquilo quando descobrir tudo, isso já passou quatro anos. Não tenho mulher, mas tenho um filho, não sei quem é a mãe dele, mas o dia que descobrir, vou matar com minhas próprias mãos, como pode deixar um recém nascido abandonado na entrada do morro? _ Patrão, desculpa incomodar, mas deixaram uma caixa aqui na entrada e está destinada ao senhor, mas tem uma criança dentro, o que faço? - Júnior que está de plantão hoje na barreira pergunta rápido e nervoso. _ Conta 5 que chego ai. - p***a, paz pra que ne. Sai da minha sala e fui até a minha moto, subi e liguei a mesma, cheguei na entrada do morro e tinha um pingo de gente nas mãos do vapor e ele todo sem jeito, ele me entregou primeiro a caixa e tinha uma carta. Ainda bem que ele foi achado rápido, começo a lê a carta. _ Carta para Pesadelo. Oi, sei que você vai achar que é uma brincadeira, mas não é, pode fazer o exame se quiser, ele é teu filho e eu como mãe abro mão de todos os meus direitos, mas cria bem o teu filho, faz tudo de melhor por ele, ele não tem culpa dos nossos erros, ele é apenas uma consequência de uma burrada de dois bêbados drogados, nunca vou me revelar como mãe, pois só não tirei por medo de um dia você descobrir e querer me matar. Até nunca mais. - isso era o que continha nas poucas linhas escritas. Leio a carta e corro pro posto para vê se o menino estava bem, não tinha nada com ele, nem nome acho que a infeliz colocou no meu filho, mesmo que o exame diga que não é meu filho, vou cria-lo como meu, ele é meu herdeiro a partir de hoje, penso, e logo chego no posto com ele, explico tudo e o médico nos leva para uma sala. _ Quero atendimento rápido, ele é apenas um bebe. - gritei entrando no posto. _ Pode me acompanhar. - o médico fala entrando numa sala. _ Tenho que saber se ele é meu filho e como está a saúde dele, e quanto tempo ele tem de vida. - falo tudo de uma vez e o médico apenas me olha. _ Vamos fazer todos os exames e ele aparenta ter no máximo duas semanas de vida e precisa ser alimento de forma correta, ele parece estar desnutrido. - fala chamando uma enfermeira, ela me olha safada, não sei nem quem é a louca. _ Fala tudo que vai precisar, se não tiver aqui um dos meus meninos traz. - digo tranquilo, sei que nem tudo tem no posto, estou tentando melhorar esse posto, pois os moradores também usam ele. A enfermeira saiu com o moleque e depois o médico falou tudo o que não tinha no posto, mandei para o Sombra e pedi para vir para o posto, que tinha que resolver umas coisas, mas não podia sair do posto por enquanto, passou um tempo e ele chegou com a Giulia, parecia que já sabiam o que estava acontecendo. _ É verdade que tenho um sobrinho? - pergunta entrando na sala que estava esperando o menino chegar. _ p***a, a família sabe depois, nem pra trazer a mãe do menino, assim nós tínhamos uma aproximação com ele agora. - diz bravo. _ Acabei de descobrir e deixaram meu filho numa caixa na entrada do morro, agora quero câmeras na entrada do morro, mas ninguém pode saber, isso fica na tua responsabilidade Gustavo. - digo e logo a enfermeira entra e fica se insinuando pra mim. Minha irmã não gosta da atitude da enfermeira e logo solta. _ p***a, tu é paga para trabalhar, nas tuas horas vagas pode fazer o que quiser, no horário de trabalho não. - diz olhando para a enfermeira. _ Desculpe senhora, não sei o que fiz de errado, estou trabalhando, trouxe o menino e ele precisa ser trocado. Se quiserem posso ajudar com isso também, já pedi para trazer o leite, vocês trouxeram a mamadeira? - muda de assunto bem rápido e fica séria na mesma hora. Minha irmã fala que não precisa e que ela vai fazer, eu não sei de nada mas vou aprender, pois vou cuidar do meu pequeno Alisson, esse sempre foi um nome que queria para meu filho, e agora não tenho problema para escolher seu nome. Minha irmã trocou o Alisson e logo a enfermeira volta com o leite na mamadeira que o Gustavo trouxe, ficamos curtindo o menino e logo o médico voltou com os exames, ele falou que estava tudo bem com o pequeno e que realmente ele tinha duas semanas, daí ele fez tudo para fazer o registro do menino, falei que queria o exame de DNA para ter certeza e aumentar o meu ódio pela mãe dele, ela poderia ter falado que estava grávida e que não ia querer a criança, eu tinha cuidado de tudo e a criança não teria passado por nada disso, mas vai ser cobrado, ela vai aprender que não faz isso com criança, ainda mas se for realmente meu filho. O médico mesmo tirou meu sangue, pois o do Alisson eles já tinham guardado, dos outros exames. Agora temos que esperar sete dias, não precisa pressa nenhuma. O menino teve que ficar em observação por dois dias, e eu fiquei com ele no posto, aproveitei e falei pra Giulia arrumar um quarto pro menino, mas deixar um berço no meu quarto e outro no dela, se precisasse já teríamos os dois. Tenho que descobrir quem ousou abandonar uma criança assim, como vou cuidar do morro e dessa criança ao mesmo tempo?
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