Éramos dois idiotas, essa era a verdade. Poderiam se passar anos e nós ainda íamos rir daquele filme como se fosse a primeira vez. Depois de comermos o sanduiche que preparei, eu puxei o sofá, transformando-o em uma cama, onde nos deitamos para assistir ao filme. Holly estava deitada ao meu lado com a cabeça em meu ombro, enquanto eu enrolava uma mecha do seu cabelo macio e cheiroso em meu dedo.
Eu ri novamente, mas dessa vez por ouvir a gargalhada gostosa ao meu lado. Holly girou a cabeça colocando o rosto em meu peito, fazendo minha pele arrepiar.
—Você é boba, Holly. Até parece que é a primeira vez que assiste esse filme.
—Até parece que você pode falar alguma coisa. Estava rindo feito hiena instantes atrás.
Eu ri só de me lembrar da cena. Era nossa preferida.
—Viu como eu tinha razão? Bem melhor ficar em casa assistindo qualquer besteira que sair com um traste qualquer.
—Aliás, que novidade é essa? Não tinha ninguém esperando para se esbaldar no corpo do gostosão hoje?
Somente ao ouvir essas palavras eu voltei a me lembrar de Victoria. Desde que vi minha amiga tão arrasada, qualquer outra coisa sumiu da minha mente e tudo o que eu conseguia pensar era em uma forma de arrancar aquele ar de tristeza do seu rosto. p***a, minha melhor amiga estava sofrendo por causa da traição de um babaca e eu ia ter cabeça para pensar em uma f**a? Eu já nem estava tão afim mesmo.
—p**a merda...
Falei baixinho e ela se sentou imediatamente me olhando um tanto envergonhada.
—Você tinha um compromisso, não é? Eu estraguei tudo.
—Não...
—Que merda, Jay. Quem era? Se você quiser eu posso ligar para ela e me desculpar, explicar o que aconteceu. A que horas marcou com ela? Quem...
Eu segurei em seus pulsos, a puxando com um pouco de força fazendo seu corpo cair sobre o meu.
—Pare. Não era ninguém importante. Eu nem estava tão interessado assim.
—Não precisa mentir para mim.
—É a verdade. Holly... acha mesmo que eu ia sair e deixar você naquele estado? Nunca. Você é importante demais para mim e nunca vou te deixar de lado só para sair e f********o.
Aqueles olhos verdes estavam fixos nos meus e de repente eu tive a total consciência de seu corpo macio e muito feminino sobre o meu. Eu podia dizer sem medo de errar que minha amiga era a mulher mais linda que eu já conheci na vida. Sua pele era tão macia e cheirosa, assim como seus cabelos que formavam um aro dourado em volta do seu rosto. Suas feições eram delicadas e o pequeno nariz arrebitado tinha pequenas e quase imperceptíveis sardas. A boca rosada era perfeita... e eu me lembro muito bem de como se encaixou na minha anos atrás.
E eu quis sentir novamente. Quis sentir sua boca na minha. Quis seu corpo colado ao meu e se possível sobre e sob o meu, se movendo no mesmo ritmo, suado, ardente. Eu olhava fixamente para aquela boca e ouvi um ofegar, o que me fez erguer os olhos e encontrar os dela. Estavam mais escuros, como eu costumava dizer, parecendo folhas secas.
Eu sentia o desejo percorrer cada fibra do meu corpo, impelindo minha mão que subiu pelas costas macias até alcançar sua nuca, que eu lentamente puxei de encontro ao meu rosto. Eu já sentia o hálito dela, que era uma mistura do chocolate com menta que ela tinha acabado de devorar, com o cheiro de sua pele. Eu gemi sem controle e fechei meus olhos antes mesmo que meus lábios tocassem os dela.
O fogo explodiu em mim ao sentir seu gosto e passei o braço em volta da sua cintura, ajeitando seu corpo sobre o meu enquanto empurrava minha língua para dentro de sua boca que se abriu sem resistência. Ela enfiou as mãos em meus cabelos deixando sua língua se enroscar na minha e me fazendo gemer novamente. Escorreguei minhas mãos pelo seu corpo e segurei sua cintura, pressionando-a mais contra meu corpo para que ela sentisse como eu já estava duro por ela.
Girei o corpo e ficamos de lado, sem desgrudar nossos lábios. Mas eu não resisti e deixei meu desejo me guiar, descendo minha boca pelo pescoço dela, beijando e mordendo, depois passando por sua garganta por onde saiu um gemido que me arrepiou mais uma vez.
—Jay... acho melhor...
Eu ergui a cabeça, abrindo os olhos e encarando os dela.
—Acho melhor continuarmos... apenas sinta, Holly. Deixe-me fazer com que se sinta bem.
Ela me encarou por um tempo e eu sentia os arrepios desde a cabeça até minha coluna somente com aquele olhar. Nem se ela quisesse poderia me fazer acreditar que não me queria. E felizmente Holly era honesta demais para tentar fazer qualquer joguinho nesse momento. Se agarrou novamente aos meus cabelos e me beijou.
E eu me perdi naqueles beijos, naquelas mãos que me despiam apertando meu corpo. Eu fiz o mesmo, tirando sua blusa de pijama e fechando as mãos sobre aqueles s***s perfeitos. Apertei seus m*****s róseos e intumescidos e ergui a cabeça, abocanhando um deles enquanto acariciava o outro. Éramos adolescentes quando tivemos nossa primeira vez e desde então mudamos muito. Holly estava com mais curvas, mais carne e aqueles s***s eram a coisa mais magnifica que eu já tinha visto.
—Meu Deus, Holly... nunca imaginei que você estivesse tão perfeita.
Falei rouco, depois de girar e ficar sobre ela.
—Pois eu sempre soube que você estava incrível. Tão gostoso, Jay... sinto vontade de morder você por inteiro.
Eu vibrei por dentro, pois mesmo tendo ciência da minha aparência, ouvir isso da boca da mulher que você tanto desejava tinha um efeito poderoso sobre a libido.
—Sou todo seu, linda.
E ela me levou à loucura, realmente mordendo e beijando cada parte do meu corpo, raspando suas unhas em meu abdômen e arrancando gemidos cada vez mais altos de mim. Não contive, entretanto, um grito de êxtase quando, além de massagear meu p*u com maestria, quase me fazendo gozar em sua mão, Holly o levou até sua boca. Fechei meus olhos com força, mas em seguida abri de novo erguendo meu tronco e me apoiando nos cotovelos. Eu precisava ver aquela língua que circulava a cabeça úmida e inchada. Precisava ver aquela boca que me engolia, chupando meu p*u e gemendo enquanto acariciava o próprio seio.
—p**a que pariu...
Gritei agoniado, erguendo meus quadris e estocando em sua boca algumas vezes antes de a puxar e girar o corpo ficando sobre ela. Eu suava e meu coração batendo forte me deixava ainda mais ofegante. Segurei seus s***s e chupei enquanto descia a mão e puxava seu short. Juro que temi gozar quando minha mão alcançou a entrada quente e molhada. Bruscamente eu me afastei e, de joelhos, olhei para aquele corpo espetacular.
—Merda, Holly... eu já sabia que você era gostosa, mas...
Falei enquanto acariciava seu c******s com o polegar fazendo com que ela rebolasse em minha mão, o olhar cravado em mim. Deixei que dois dedos deslizassem para dentro dela que imediatamente ergueu os quadris os recebendo ao mesmo tempo em que agarrava meu p*u e voltava a massageá-lo.
Nossos gemidos se tornaram mais altos à medida que eu aumentava a velocidade dos meus dedos e Holly de sua mão. Inferno... eu ia gozar na mão dela, o que seria uma lástima. Eu me afastei um pouco mais, tirando meus dedos sob protesto dela, mas em seguida ganhei seu grito de prazer quando passei minha língua em seu c******s. Eu mesmo gemi em êxtase ao sentir seu gosto em minha língua.
Agarrei-me às suas coxas, abrindo-as para mim enquanto minha língua agora deslizava pelo sexo suculento. Eu queria me embebedar ali... não queria afastar minha boca daquele pedaço de paraíso nunca mais. Praticamente grudei meu rosto ali, chupando aquela carne macia, quente e úmida enquanto Holly rebolava em minha boca, puxando meus cabelos.
—Meu Deus, Jay... você é bom demais. Eu te quero agora.
Não me fiz de rogado, embora quisesse continuar chupando aquela delícia, mas eu necessitava estar dentro dela novamente. Eu me posicionei sobre ela, nossos olhos se encontraram e eu empurrei meus quadris, deslizando para dentro dela e gemendo alto ao me sentir abrigado em seu aperto.
Dentro dela, pulsando de desejo e prazer, eu parei e novamente nossos olhares se encontraram. Após tantos anos, depois de nossa primeira vez eu estava novamente dentro dela. E a sensação era incrível.
—Venha, por favor.
—Eu te quero demais, Holly... não imagina o quanto.
Ela me puxou para um beijo enquanto nossos corpos começavam a se mover afoitos, ardentes, loucos de paixão. Eu só conseguia sentir. Sentir aquele beijo, aquele corpo suado sob o meu, aquele aperto em meu p*u que me fazia delirar. Acelerei quando ela pediu, implorou... gritando meu nome, me puxando para entrar fundo nela.
Fui dominado pelo ardor, pela paixão febril com que Holly se entregava a mim. Eu não queria parar, não queria sair de dentro dela. Quando ela girou ficando sobre mim, eu percebi que eu poderia enlouquecer.
***
Delírio. Prazer supremo. Êxtase ... e então meu corpo foi ao chão sobre o tapete cor de creme da sala. Meus braços agarrados à cintura delgada puxaram o corpo curvilíneo sobre o meu. Não havia a menor possibilidade de me afastar dela agora. Trêmula, ela colocou a mão sobre meu peito suado e a cabeça em meu ombro. Aproveitando-me do momento, girei a cabeça deixando um beijo em sua testa.
Desejava dizer que aquela sensação de puro arrebatamento era uma novidade para mim. Ansiava dizer que o sexo, até então nunca fora tão prazeroso. No entanto, eu não queria estragar o momento usando frases tão clichês. Verdadeiras, sem dúvida alguma, mas ainda assim clichês.
Fechei os olhos inalando o cheiro delicioso de maçã, canela e sexo. Se eu tivesse a chance de paralisar um momento da minha vida, esse certamente seria o escolhido.
— Tudo vai mudar agora, não é? Vai ficar estranho.
— Sim. — Respondi após beijar novamente sua testa. — Vai mudar, mas definitivamente nada ficará estranho.
Holly, a mulher incrível e minha melhor amiga, que estava agora nua e linda em meus braços se afastou um pouco para olhar em meus olhos.
— Como não, Jay? Somos melhores amigos que acabaram de fazer ...
— O sexo mais delicioso, mais incrível, mais fantástico que já fiz na vida.
— Foi assim para mim também, mas ... está errado.
Eu me afastei dela, sentando e apoiando as costas contra o sofá, sem me preocupar com minha nudez.
— Por que está errado? Por favor, não finja que não sabia que sempre senti t***o por você.
— Eu sei disso, assim como você sabe que eu também ... já pensei em você de outras formas.
Eu prendi meu riso antes que ela exasperasse e distribuísse tapas, como gostava de fazer quando eu a irritava. Obviamente eu sempre estive ciente dos olhares gulosos que ela me lançava.
— Então? A gente sempre foi afim de se pegar de novo, linda. Aliás, demoramos demais.
— E para onde isso nos leva? Por Deus, sabe que isso é apenas atração física. Nós não nos amamos como um casal. Somos amigos.
— Ninguém está dizendo o contrário. Veja bem ...
Eu a puxei pela mão para que se sentasse, mas inevitavelmente meu olhar recaiu para o meio de suas pernas, onde eu podia facilmente ver resquícios de meu g**o ali. Foi o suficiente para me acordar, pois não havia nada mais excitante que saber que eu, somente eu pude marcá-la com meu sêmen. Holly era como eu, sempre se cuidava com outros parceiros.
— Seja sincera comigo. Acha mesmo que nosso t***o acabou depois dessa transa?
Felizmente ela negou, balançando a cabeça.
— Então ... por que não podemos continuar? Quer dizer, uma amizade com benefícios. Você sabe o quanto isso é normal hoje em dia. Temos exemplos perto de nós.
— Sim, eu sei.
— Moramos juntos ... fazemos quase tudo em conjunto. E olhe que bacana ... você não vai precisar ficar fugindo desse monte de babaca que só quer ficar com você para exibir como um troféu.
— E você não vai precisar fugir desse monte de v***a que, além de aproveitar do seu corpinho, quer uma chance de aparecer na capa de uma revista.
— Exatamente!
Eu sorri largo, mas em seguida fiquei sério.
— É sério, Holly. Eu não quero ficar pulando de cama em cama. Sabe que não é muito meu estilo.
— Você só aproveita o que lhe oferecem de bom grado.
Preferi não responder, pois na maioria das vezes era isso mesmo o que acontecia. Não estou me rotulando como um mulherengo pois estava bem longe disso. Mas não n**o que adorava um sexo ardente e prazeroso para relaxar do trabalho e da correria da faculdade. Se havia muita oferta ... eu acabava pegando.
Já com ela era o contrário. Ela queria se apaixonar, queria um amor, construir um relacionamento tipo namorar, noivar, casar e ter filhos. Era uma pena que tivesse um dedo tão podre para homens. Eu ficava destruído sempre que ela chegava arrasada em casa, após ser chutada ou traída pelos imbecis com os quais ela andava.
— Não sei ...
— Qual o problema? Do que você tem medo?
— Vamos supor que a gente embarque nessa de amigos com benefícios. E se um dia você se apaixonar por alguém? E se eu me apaixonar? Não ... nem isso. Isso é facilmente solucionado. E se por acaso você se sentir atraído e quiser t*****r com outra pessoa? Como fica nosso acordo?
— Nós sempre fomos honestos um com o outro. Sempre conversamos sobre tudo. Se isso acontecer, comigo ou com você, teremos a liberdade de contar para o outro. Não é como se estivéssemos namorando ou algo assim.
— E vai continuar valendo a regra de nunca trazer ninguém para t*****r aqui, não é?
— Óbvio. Holly, amor, esse é nosso espaço. Meu e seu. Nada de trazer fodas casuais para cá. — Sem controle, senti meus lábios esticarem em um sorriso satisfeito. — Então? Amigos com benefícios?
— Vamos tentar. E não vamos comentar com ninguém, ok?
— Só nossas paredes saberão.
Falei já me inclinando na direção dela, afinal meus olhos quase não conseguiam se desviar daqueles montes altos, alvos e cheios que pareciam implorar pelo meu toque. Eu a queria de novo ... e de novo.
Empurrei seu corpo contra o chão me colocando sobre ela, uma mão já preenchida pelo seio arrepiado sob meus dedos. Seus dedos se infiltraram em meus cabelos, puxando meu rosto para mais perto.
— Jura que vai me dizer se você quiser ficar com outra mulher? Não vai me fazer de boba?
— Ei! —Bradei um tanto indignado. — Por que tanta certeza de que sou eu que vou ferrar com tudo? Pode ser você a se interessar por alguém. Um t***o incontrolável...
— Isso nunca me aconteceu. Agora, com você ...
Eu a silenciei devorando sua boca. Ela não podia jamais tentar comparar as transas ocasionais que já tive com o que eu propunha a ela. Holly sempre foi e sempre seria uma das pessoas que eu não suportaria perder. Portanto, eu não ia errar. Não com ela.