Davi acordou e sentiu a culpa caindo sobe suas costas, acordou Rosa e a mandou embora. Ela seguiu para sua casa sem entender tal atitude. Mas no fundo ela estava feliz, em seu pensamento a luz que apareceu na igreja era o sinal que Deus havia permitido o amor dos dois, por causa da sensação que havia sentido naquele momento. Rezou diante da imagem de Cristo, e foi se deitar.
Já padre Davi não entendeu da mesma forma que Rosa. Ele havia traído a confiança de Deus. Sujou o nome do criador com o pecado da carne. Não merecia estar dentro daquela igreja. A luz era a desaprovação do seu pai todo poderoso. Ele chicoteou seu corpo nu com o seu próprio cinto. A fivela causava hematomas, a dor era insuportável, mas ele queria senti-la para purificar sua alma. Com o corpo todo dolorido, escorrendo em sangue, foi até a imagem de Jesus Cristo no altar, e ficou olhando-a.
[...]
Os primeiros raios de sol começam a limpar o céu. As pessoas começavam a reparar os estragos. Todos ficaram preocupados com os pequenos estragos da chuva que ainda não havia percebido que a igreja não abrira os portões. Algumas senhoras foram até lá chamar o padre. O padre Davi atendeu as senhoras e disse que havia pego um grande resfriado, as senhoras lhe desejaram melhoras e pediram para o padre descansar.
Quando Rosa soube que seu amado estava doente ficou preocupada, mas tentou esconder sua tensão.
No dia seguinte toda a cidade ficou sabendo que o padre Davi estava doente, muitas das viúvas da cidade fizeram remédio caseiros para o padre, a mãe de Rosa fez uma canja de galinha e pediu que Rosa fosse levar e ajudar o padre em algo que ele precisasse. Ao chegar ela encontrou o padre dormindo acamado, ele estava mesmo m*l de saúde! Realmente o padre havia pego um resfriado. No quarto simples onde o padre Davi se encontrava, havia uma cama, cabaceira, lampadas de vela. Uma bíblia encima da cama que ele estava lendo para expulsar seus desejos mudanos, teve de ler os mesmos versículos para concentrar sua mente nas palavras do Senhor, mas assim que viu Rosa, padre Davi sentiu gerar um calor forte passando por todo seu corpo, lembrou da noite em que esteve com Rosa em seus braços.
Agora estando diante dela, seu coração começou a bater loucamente. A presença da jovem mexia com ele de um jeito que não tinha como formar palavras coerentes, ele olhou para os olhos azuis dela, e disse:
— O que veio fazer aqui, Rosa?
— Minha mãe pediu que eu viesse. Ela fez uma canja para você.
— Estou sem apetite. É melhor você ir embora, Rosa.
— Deixa eu cuidar de você, Davi?
— Devemos nos manter afastado.
Ela te olhou com seus olhos mostrando uma falsa confusão, tudo teatro para deixá-lo fora de si. Rosa se aproximou com seus olhos direto aos deles, fazendo padre Davi se sentir atraído por eles, sem perceber.
— Já que você não quer comer a canja, eu vou te fazer um café.
O padre Davi não respondeu, então Rosa foi fazer café, ela sabia que ele gostava de café. Minutos depois, Rosa pegou duas xícaras e iria despejar o café, e quando foi tomar ela derramou o café quente sobre si, e sobre sua pele macia e branca, devia ter doido, estava realmente bem quente, Rosa deu um grito e o padre Davi levou ela para se lavar, e disse:
– Tire essa roupa, e se lave. – Depois de falar foi para a sala, e ficou la esperando por ela.
E assim que ela voltou ele perguntou preocupado:
– Ficou queimadura?
Padre Davi se aproximou de Rosa, que mostrou de forma bem escancarada a parte superior acima dos s***s, onde estava vermelho, mas nada grave.