Evans
Sou policial a dez anos, e três nesta corporação, nunca fui afastado, mas o que não me falta é vontade de fazer merda algumas vezes, mas penso quando me lembro de casa, tenho dois filhos para sustentar, ser policial na quebrada não é fácil, os bandidos querem matar, outros subornar e quando não aceitamos o suborno, eles matam a gente, sempre tem um colega de profissão que faz o serviço sujo por eles, e quando menos se imagina a bala encontra o peito ou a cabeça de um jeito fácil até mesmo dentro da corporação.
Eles pregam a ideia de família, irmão, mas é de lá que a bala vem quando não aceitamos o que o sistema dita, infelizmente é assim, são dez anos vendo amigos morrendo, seja de tiro ou causas desconhecidas, até mesmo acidente, outros que desaparecem e quando acham o corpo tem três dias de atraso, de quem foi a falha? sempre é da gente é da policia, a policia é a que mata, mas e quando a gente morre? Ninguém vê que as leis não ditadas por nós já vem de lá de cima.
É a vida que eu escolhi, quando sonhei em me tornar policial, o meu pai era, e isso se tornou meu sonho, o governo critica quem se associa ao crime mas não temos proteção nenhuma para isso ou contra isso, nós somos a proteção para os pais de família e mãe de família contra os bandidos, mas o pior é quando eles ficam contra a gente. Bandido não nasce com estrela na testa e qualquer vacilo é eles ou a gente. Já fui atingido por menor de doze anos que atirava melhor que muito colega de profissão, é claro, eles aprendem por amor e nós apenas pelo salário sagrado de todo mês.
As vezes acabo vendendo meus dias de folga, por que não tenho sossego em casa, e quando estou livre sempre aparece uma morena, uma loira ou um ruivinha para melhorar nosso dia. Casado a seis anos com a Mônica e seus pais dizem que antes de nós casar ela não era assim, claro que não era, ninguém é o mesmo depois de seis anos morando juntos, na verdade nós casamos com ela já buchuda, esperava o meu mais velho, o Cristian, vai fazer sete anos o menino. Antes ela era dedicada, nós saiamos muito, viajava a cada férias, agora nem mesmo isso eu tiro mais, m*l acabo de receber meu salário que já esta todo estourado, por isso meu cartão já fica nas mãos dela.
Dois anos depois veio o Marlon, meu caçula, esse daí sim puxou ao pai, o mesmo gênio, tamanho e aparência, fiz com dificuldade o moleque ela já estava começando a fazer suas greves de periquito, todos os dias quando eu a procurava, sempre estava com dor de cabeça, dolorida, era uma desculpa atrás de outra. Isso acabou nos afastando e eu sempre tive minhas necessidades masculinas sentia meus bagos virando pedras e o cinco contra um não era o mesmo que uma mulher. Era o que não faltava na rua querendo me dá, as mulheres adoram um homem fardado, no meu caso então.
Branco, alto, forte, tatuado. Pena que não tinha dinheiro, a maioria delas sempre pagavam o motel ou era no meio do mato mesmo. Mas tudo mudou financeiramente quando, fui chamado para um churrasco no morro era convite do chefe, pensei em não ir, mas na saída de casa já encontrei dois vapores a minha espera numa BMW vermelha armados a minha espera, não somos nós que ditamos as regras, na verdade não tem uma segurança para a gente, sinto que a qualquer momento eles podem invadir a minha casa e me pegar com as calças nas mãos, como sabiam que eu estava saindo naquele momento?
- Entra aí comando- Falou com ironia, e eu os ignorei, mas logo um deles desceu do carro prata, nem disfarçar eles disfarçava. Quando vamos em busca deles tem que ser tudo planejado em meses, os carros de mansinho, preto camuflado, isso se não for de madrugada. O Marlon sai de casa correndo em minha direção, e meu coração fica desesperado quando vejo meu menor, vendo o n***o com a 12 na mão, sem pudor algum. - Pra dentro Marlon.- Grito com ele que me olha e insiste em vim na minha direção. - Entra logo playba.- O cara manda em mim, como se fosse o chefe.
Levo meu pequeno até a porta e fecho ouvindo seu choro atrás de mim, na porta abafado, entro no carro dentro dele percebo que há mais três caras que me olham e seguem o percurso. Passo por vários caminhos até chega ao morro, finalmente chagamos a quebrada deles minha rota de trabalho todos os dias. Logo vejo a filha do pastor Ismael que se diz, sacerdote de Deus, com uma calça branca e uma blusa branca transparente, mas ela usa regata por baixo, comportada e muito quieta. É um exemplo essa menina.
Todos descem do carro e eu os sigo, na favela se anda a pé, é tudo beco, vielas e quebradas. Lado de lá é de um e de cá é de outro traficante. Andamos mais de duas quebradas e eu sei que a maioria das casas ali são dele, do Terror, o chefe do morro, logo eles entram numa casa, som alto comendo solto, mulheres dançando quase sem blusa, e mini saia ou mini shorts. Homens armados para todos os lados, eles tem mais armas do que dois batalhões como podemos bater de frente com esses caras. Fileira de pó, bebidas, balinhas, pego uma balinha rodo no dedos, ela não desmancha fácil, essa é da boa. Penso vendo algumas mulheres me olhando com desejo, olha que estou sem farda e sem arma.
Vejo o tal do Terror sentando, e a seu lado o Silveira um colega de farda, ele já esta alto. Me surpreendo achava que ele era crente, até, ler a bíblia antes de sair para qualquer ronda ou operação. Como Deus vai proteger um cara desses? Penso, vendo uma cadeira ser arrastada para mim, a casa é muito bem mobiliada, em dez anos de serviço eu não tenho a metade disso aqui, nem o terço. Percorro o ambiente com os olhos e noto que sou observado pelo tal do Terror que mim observa.
- Gostou? - Ele pergunta gastando com a minha cara, eu olho para ele que já tá cheio de pó, nem consegue limpar o nariz direito, vejo um vapor colocar um bebida azul na minha frente, sei que tá batizada com balinha dentro, eles acham que eu não uso isso?- Gostei! - Falo rindo querendo logo saber qual é o papo, viro a bebida na boca e a minha neurose logo vai embora de vez. Minha vida não é fácil, eu sei que há piores por ai, mas isso não vai me fazer parar não estou aqui para acabar com o tráfico, até entendo que os caras também precisam fazer o seu.
E eu o meu. Após ouvir tudo o que o Terror diz, sobre ignorar próxima remessa, não atrapalhar suas saídas para o asfalto e monte de ideias, fui levado para o tatuador que me fez uma bussola no braço esquerdo, esse era o comando deles. Depois de ser tatuado, uma loira e uma ruivinha sentaram-se no meu colo e eu mamei em seus p****s como se voltasse a ser criança novamente, elas faziam um parzinho perfeito, se eu não tivesse minha paixão em ser policial me tornaria um deles facilmente. Silveira ficou impressionado com a minha capacidade de infiltrar fácil no meio deles.
Era isso ou a morte, e entre me deliciar e morrer eu preferia os prazeres para lavar a minha alma, bebi, dancei, cheirei, até joguei bola com os caras, as vinte e uma horas fui para casa, e mais uma vez a Mônica estava lá para encher meus ouvidos, pegou em pulso olhando a minha tatuagem nova, não me importava mais com o que ela dizia, eu a amava mas preferia ficar distante naquele momento. - Você só anda bêbado, drogado agora Evans. -Escutei sua voz irritante atrás de mim, tinha que assumir o plantão na manhã seguinte.
Ignorei seu gritos, suspeitei que ela precisava de sexo, a puxei para cama e fiz um amor gostoso e selvagem com ela, deixando molinha na cama, pelo menos assim ela calou a boca e fui dormir tranquilo, acordei meia noite, o efeito da droga corria em minhas veias, tudo estava alterado por dentro, uma ereção de outro mundo tentei novamente animar a minha mulher, mas senti apenas a sua mão me empurrando para o lado, novamente banheiro, minha mão já devia estar de calo. Fiquei assistindo pornôs e me masturbando esgotar aquela vontade.
Me joguei no sofá, fiquei vendo a reprise do futebol que eu perdi enquanto estava no pagode, conseguir tirar um cochilo, acordei com o despertador me dizendo que era seis horas, tomei banho, vesti a farda, vi a funcionária colocar a mesa, ela tinha medo de mim e eu sabia disso, mas piorou quando ela viu a bússola em meu braço. Deixou o bule de cai e eu olhei para ela que tinha os olhos fixos no meu braço.
Era melhor cobri aquilo, terminei de tomar o café, coloquei a farda me arrumei e fui para o batalhão, Silveira como sempre estava agarrado a sua bíblia, hipócrita do c*****o, Deus sabia disso, os caras eram uns comédias cada um falavam m*l de suas esposas, namoradas, do time que estava na pior. Essa era a minha vida de merda que eu tanto sonhei, vi o Silveira fazer um toque com o olhar para mim, e eu fui até o canto.- É hoje que chega os presentinhos. - Cochichou como uma fuxiquenta de biqueira em meu ouvido.
- Agora é ação nessa p***a!- Falei comemorando por dentro, odiava o dia tranquilo e segunda-feira era tranquilo. Todos os policiais entraram cada um em sua viatura, era quatro em cada uma, vi Silveira passar a localização errada para cada uma delas. E nós dois fomos com o Menezes e o Sampaio para a exata, meu cu não passava nem ar. Logo chegamos a entrada que Terror disse que vinha o produto, passou dois carros cinza e Corolla preto, eles eram poderosos e isso eu invejava deles. No quarto, eu desci para revistar vendo os três ocupados com os da frente, senti os olhos apreensivo do Silveira em mim.
Vi os vapores coça a barbicha enquanto levantava o capu na frente e atrás, olhei os malotes estava tudo como o chefe havia dito. - Tudo correto! - Falei assentindo como se não visse nada, em voz alta. Eles entraram no carro e eu pedi os documentos, logo vi um menor tirar a carteira do porta-luvas e encima dela tinha um 38. Prateada bonita.
Olhei para o nome do indivíduo, branco como papel tremia. Liberei os dois, que sorriram e se fora, era só isso e por isso ganhei metade do meu salário, a Mônica não precisava saber dos meus extras, no mesmo dia recebi o p*******o era mais rápido que o governo, m*l sairmos da vistoria fomos chamados pra acabar com um barraco no morro, fomos ligeiro para lá, duas mulheres que brigavam depois do Baile e advinha quem era o comédia que elas disputavam, pelo balinha, um moleque que se vacilasse o vento levava cheio de rabisco no corpo se tivesse vinte anos tinha muito, os colar de prata mais três, não sei porque esse povo adora se exibir tanto.
Vejo o Sampaio chegar na voadora pra cima de uma e logo percebo que ele está descarregando seu estresse em uma delas. - Vai com calma Sampaio.- Falo vendo uma p**a colocar a mão no rosto, e sangue cai no chão com um dente junto, o seguro e ele se afasta me olhando com raiva. Não sei o que estava acontecendo ali, mas a tensão estava muito boa, ele parecia um homem traído. Entro no meio da confusão separando as duas na porrada, a loira de farmácia tinha acabado de levar uma voadora e já estava se atracando com a outra no braço novamente.
Sampaio foi ao carro e voltou com o cassetete em punho na mão. Entrou batendo em todo mundo vi a p***a bater de raspão no meu braço olhei para ele que ficou paralisado. - Tá maluco p***a!- Falou vendo ele se acalmar num canto, sair para fora deixando as cachorras novamente se atracar na porrada, quando ergo minha cabeça, vejo a filha do pastor, parecia exausta chegando do plantão. - Bom dia Senhorita.- Falo quase em cima dela, sem querer olho para dentro de sua blusa meia aberta, s***s fartos redondos.
- Bom dia Senhor. - Ela responde calma muito serena, pela primeira vez noto que seus olhos são de uma cor diferente, talvez um castanho mel mais claro ou escuro. Era um tom diferente, acompanhada de duas aréolas escuras em torno de si. - Noite puxada, não é? - Ela assente sem jeito, e eu admiro sua serenidade ao ver mais duas mulheres entrando na confusão, ela continua indo para casa mas parou um instante como se desejasse mudar a passada, me aproximo intimamente em sua orelha esquerda, vendo-a se arrepiar com a minha aproximação, o pescoço, o ombro moreno e o braço logo mostraram os pelos alterados. - Isso não deveria ser algo que deveria roubar sua atenção neste momento, senhorita. - E do nada ela me olhar com um olho interrogativo e eu simplesmente a desejo, após vê lá morder o lábio inferior. - O que o Senhor acha que deveria ser? - A vi curiosa, e por instante tudo que me interessava era sua curiosidade. - Uma cama, neste caso a sua que deve ser rosa e muito macia.
Imaginei que seria o que ela mais queria naquele momento, ela me olhou e eu mergulhei em seus olhos rasos, fomos interrompidos pelo grito pentecostal do pai dela. - Angell para dentro!- Ela permaneceu no lugar e eu fui pegar as outras mulheres. - Vamos acabar com essa bagunça!- Gritei fazendo os colegas e elas me olharem, dei dois disparo para cima, se eles podiam fazer bagunça eu também podia, vi mulher se esgueirando pelos cantos e o Sampaio riu ao ver o medo delas.
Aguarei a loira de farmácia de raiz alta e o cheiro era horrivel, esse balinha era mão da vaca com as quengas, não dava nem um perfume de qualidade para elas? Algemei colocando no fundo da viatura, Sampaio trouxe a morena que estava com uma mordida no ombro sangrando. - O que faço com essa daqui?- Perguntou e eu ri de canto, vendo que Angell ainda me olhava. - Coloca tudo junto ai no fundo, vamos ver se elas consegue se quebrar na porrada algemadas.
Quando saímos a filha do pastor já tinha saído, ele nós olhava da porta e o Sampaio riu dele. - Isso é um comédia, doido pra os maloca nota a filha dele. - Olhei para o pastor que nós olhava torto, a mulher falava coisa uma com a outra no fundo. - Se continuar latindo eu vou colocar amordaçar nas duas.- Ficaram quietas pelo menos até chegar a delegacia.
E lá foi um late-late da p***a. Mas tudo muda quando as mães chegam, elas viram santa, a morena era filha de gente alta do asfalto nem era favela, foi para o morro atrás de Baile, ficou com o Balinha que esqueceu que era casado na festa, com a mulher chifruda em casa deram no bico e ela foi pra festa, as histórias do morro era muito engraçada. A morena chamada Analice era arquiteta, e estava se atracando com outra por causa de um traficante, esse mundo estava ficando melhor a cada dia.
Finalmente após algumas ocorrências terminou o dia, passei na floricultura comprei flores para a Mônica, talvez se a grana continuasse entrar, daria para viajarmos nas férias, isso se eu não precisasse vender as férias de novo, ou se algum colega não morresse como o ano passado. Todos os meses era um ou dois, ou três que ia embora, o governo nada de colocar gente, os meninos não sonhava mais ser policial, claro a vida de trafica era mais fácil. Cheguei em casa estava uma choradeira, Marlon meu caçula tinha batido no Cristian, meu caçula era meu gênio mesmo.
E Mônica nãos saia do celular, no f*******: vendo a vida dos outros como sempre, quando me viu chegar com as flores, levantou do sofá eu esperei um beijo, mas o que ela fez primeiro foi tirar fotos e colocar no f*******:, escreveu um texto enorme e se eu quisesse ver tinha que entrar no face, li o que ela respondeu.
- Vê se curti e comenta o que eu postei Evans.- Gritou da sala pra mim que estava no quarto, olhei na direção da sala ainda largada no sofá. - flores do meu amor após chegada do serviço, te amo Evans.- Legenda na foto, meu casamento era só aparência mesmo. Larguei o celular e toda hora vinha uma notificação, ela me marcou naquela merda. Varias amigas dela comentando, eu curti e respondi. - Te amo amor isso é só o começo.
Tomei banho, esperei mas aquele celular era melhor que eu, sentei ao seu lado no celular e o Marlon veio em seguida sentando no meu colo chupando dedo. Logo vi o Cristian fica a espreita na porta me olhando, sete anos ia fazer o meu moleque, e ele tinha um medo de mim, já Marlon não, esse era danado igual ao pai, era a mãe vacilar ele estava nos p****s pendurado mesmo sem leite, era um bezerrinho bom de mamada.
Vi que a minha mulher não olhava para a gente, a empregada ia de um lado para o outro na casa, fazia tudo e a Mônica sentada no sofá, os meninos foi para a creche e o maior para a escola no mesmo carro, ela não fazia nada o dia inteiro, nem falava comigo, dormi por duas horas. Quando acordei, fui a sala ela estava no mesmo lugar. Cristian já tinha chegado, almoçado, fui a cozinha almocei parecíamos inimigos sob o mesmo teto.
Vi meu moleque saindo novamente com a mochila. - Vai pra onde Cristian?- Ele parou me olhou com os olhinhos verdes da mãe.- Para o reforço escolar.- Olhei para o relógio, eram duas horas da tarde.- Vamos eu te levo, gargarejei um pouco de enxanguante bucal, fui com ele para o carro, ele parecia tremer a meu lado. - Você me diz onde fica filhão?- Baguncei seu cabelo querendo quebrar o clima e ele assentiu.
Andamos meio quilômetro e eu parei o carro em frente a casa, um lugar cheio de crianças maiores que ele, uma mulher de idade veio nos receber, Cristian ficou atrás de mim ao ver os meninos que lhe olhavam olhei para eles que se encolheram. - Boa tarde Senhora.- Ela abriu o portão.- Boa tarde Senhor Evans.- Ela me conhecia, ainda bem.- Vá para dentro Cristian.- Ele me olhou receoso para entrar, desconfiei que havia algo errado com ele. Vi ir se segurando por dentro, aquele não era meu filho, eu nem conhecia meu filho.
Ele entrou e a mulher também, fiquei com aquilo na cabeça, dei várias voltas no bairro tentando esquecer, mas uma coisa na cabeça me dizia que meu filho não estava bem, fui até lá, deixei o carro distante, esperei do lado de fora. Uma hora depois ele saiu sozinho olhou para os lados, sua esperança morreu e os maiores vieram, o empurraram no chão, bateram e quando iam mijar nele, me viram de pé. Ele estava encolhido no chão, já a espera de xixi.
Os meninos fizeram menção em correr, mas meu instinto pai foi maior. - Se correr, vai ser pior.- Vi meu Cristian olhar para cima a procura da minha voz, quando me viu correu em minha direção ficou atrás de mim. - Cristian porque não me falou?- Ele continuou em silêncio, eu não entendi, sempre fui como aqueles garotos e não a vítima. Fui até o carro, peguei minha pistola com raiva.
Voltei a posição de antes, apontei para o maior que parecia mandar nos outros.- Você.- Ele me olhou com medo. - Você mesmo, venha aqui.- Ele veio trêmulo. - Cristian vá, desconte tudo que ele te fez.- Vi meu frangote ir com medo, mas foi, entre empurrões, socos, e chutes foram incontáveis. O tirei de cima dele, ainda tinha outros, e foi assim com todos os outros, quando saímos já estava escurecendo.
Tenho certeza que não foi o mesmo que eles fizeram com ele, mas sabia que hoje eu tinha mudado alguma coisa, recebi um abraço carinhoso, quando chegamos a creche do Marlon, esse diferente ao invés de apanhar, a professora me relatou que havia brigado duas vezes no dia. Os levei para tomar sorvete na pracinha, e os vi brincando correndo de um lado para o outro, Cristian parece ter perdido o medo.
Quando chegamos em casa, mais uma vez a Mônica estava no bendito celular, quando me viu veio como uma onça gritando que eu não deveria ter pego os meninos, sem avisar ao carro que ela pensou que eles foram sequestrados, olhei para o celular no sofá. - Imagina se fosse o contrário? Nossa nem parece que eles foram sequestrados, parece Mônica?- Ela parou de gritar por meio minuto, nos encaramos e eu só via nela uma mulher histérica e viciada em rede social.