Capítulo 12

1047 Words
Niara Narrando... -Depois daquele dia da confusão parece que tudo se acalmou e isso dá medo, quando as coisas estão indo muito bem sempre vem uma porcaria. -Alguns dizem que depois da tempestade vem a calmaria, mas no meu caso depois da calmaria sempre tem uma tempestade. -Capoeira tá se mantendo afastado depois do chega pra lá que levou do Cicatriz, mas quando me vê na rua só falta rosnar porque a cara de caô brabo ele faz. -A lambisgoia loira ele mandou de volta donde veio, parece que tava só o bagaço depois das madeiradas que levou, achei foi pouco. -Sou mulher, já passei muita coisa na mão de macho escroto, agora passar vergonha e brigar por homem que nem me prioriza, isso não. -O que melhorou muito meu lado foi que sem o Capoeira no pé PC e eu ficamos livres pra dar os nossos rolês, tinha esquecido de como aquele Preto Maravilhoso faz milagres entre quatro paredes. -Tudo muito claro e conversado, como ele diz no papo reto, apenas amigos com benefícios, sem cobranças e stress. -Te falar minha Niarinha agradece toda atenção recebida, não é só homem que precisa relaxar não, temos os mesmos direitos. -Estou na cozinha da minha mãe deixando tudo no jeito pra vender os lanches e entra a dupla do barulho Duda e Cris agitadas demais. Niara: -Gente, invasão?-digo debochada. Cris: -Essa doida da Duda aí tava falando com o Gibi, depois virou as costas e veio pra cá sem me dizer nada, tô morta de curiosidade.-explica bolada. Duda: -Eu sabia que tu ia vir atrás né irmã,assim conto uma vez só!-fala. Niara: -Então solta a voz que até euzinha estou curiosa.-digo. Duda: -Então, o rabiscado vive me cercando né, mas hoje ele foi bem legal, deu carona de moto lá da barreira, fazendo as brincadeiras dele, aí quando desci me chamou pra ir no pagode hoje que era tudo na conta dele pra selar a nossa paz e virar amigos.-diz sorridente. Cris: -Tu respondeu sim, com certeza, já vou me arrumar, diz que sim!?!-pergunta eufórica. Duda: -Falei que só ia se pudesse levar minhas amigas, ele disse que tranquilo,que curtia muito minhas amigas.-fala. Cris: -Tô dentro, bebida grátis!-diz animada. Niara: -Eu tô fora amiga, com certeza o Cicatriz vai estar com ele, deixa quieto.-falo sincera. Duda: -Poxa Ni, nunca te pedi nada véio! O cara até nos defendeu no desenrolo.Por favor?-pede. Cris: -Poxa amiga vai me deixar sem a bebida de graça,sério?-fala manhosa,impossível não rir. Niara: -Tá suas chatas eu vou mas se Cicatriz me tratar m*l eu sento a mão na cara dele,me deixam careca aí vão morrer de culpa!-digo bem dramática. Duda: -Aí a gente fica careca junto, pique três mosqueteiras, uma por todas e todas por uma e já era.-diz marrenta, amo demais. Niara: -Amo vocês demais cara! Vamos chamar a Daya pra ir com a gente? Fazer o trio virar um quarteto.-falo rindo. Cris: -Acho que depois daquele desenrolo ela não vai com a gente pra lugar nenhum!-diz. Duda: -Mas a gente convence qualquer um, ela vai ceder nossos encantos!-fala convencida. Niara: -Gosto muito dela meninas, é uma ótima pessoa, mas acho que ela tem algum problema sério,conheço os sinais.-falo preocupada. Cris: -Tadinha, mas o jeito é deixar ela pegar confiança na gente, um dia ela se abre então ajudamos.-diz sincera. Niara: -Vou ligar pra ela, passem aqui na hora de ir,ok?-falo e elas concordam indo embora. -Levo um tempo pra convencer a Daya sem contar pra ela que o convite partiu de um trafica se não zero chances dela ir. -Mais tarde tomo meu banho,faço todo ritual de higiene, finalizo os cachos, passo perfume, coloco um short jeans desfiado, um body tomara-que-caia branco uma sandália não muito alta de amarrar na perna. -Maquiagem pra mim é leve e bem natural, se começa a soar depois não fico parecendo um panda. -Batem no portão pego minha bolinha de lado o celular, a chave e já vou saindo, minha mãe está de plantão hoje. -Saio abraçando as meninas que trouxeram a Daya de arrasto, partimos para o pagode, já tá lotado, vejo Duda digitando e Gibi já vem na nossa direção. Gibi: -Olha se não são as minas mais maneiras dessa favela!-diz sorrindo. Duda: -Mente menos o rabiscado.-diz ele ri. Gibi: -Nizinha tua amiga só maltrata o bandido, fala pra ela me dar amor e carinho!-diz fazendo cara de cachorro sem dono e rimos. Niara: -Poxa colega, essa aí é osso duro de roer, só faz o que quer!-falo sincera e Duda faz cara de deboche. Gibi: -Tô ligado! Vamos chegar que mandei deixar quatro lugares na nossa mesa pra vocês. -fala animado e partimos. -Chegamos na tal mesa, na hora me arrependo de ter vindo, na mesa estão Cicatriz, Capoeira e PC, toma no cool. -Povo foi logo sentando nos lugares vagos,Cris do lado do Marreta, Duda do lado do Gibi, Daya sentou ao lado de um gato que não é daqui e pra ferrada aqui sobrou um lugar adivinha onde? Bem no meio entre Cicatriz e Capoeira. -PC mais pra lá me dá uma olhada com uma cara que não entendi mas do lado dele tinha uma loira turbinada com cara de Paty e tudo bem. -Sento totalmente sem jeito dando oi pra todos e o boy ao lado da Daya se apresenta com vulgo de Lorde, dono de um Morro aliado, parece que veio negociar algo com Cicatriz. -Gibi pergunta o que vamos beber, manda trazer dois baldes de cerveja,bofe mão aberta valendo, Duda toda se fazendo mas ela gosta que eu sei. Capoeira: -Tu tá bem Preta?-fala puxando assunto, respiro fundo nojo desse cara. Niara: -Niara, meu nome não é Preta Capoeira é Niara.-falo séria e ele assente com cara feia. -O grupo de pagode começa a tocar umas antigas que adoro e chamo as meninas pra dançar e aproveito pra sair daquele lugar que tá me deixando desconfortável. -Vamos pra pista e modéstia a parte eu arraso no samba no pé, viro para o lado e olhando pra cá estão Capoeira com cara maliciosa,de braço cruzado Cicatriz e PC me encara enquanto a Paty do asfalto puxa o rosto dele pra ela. -Deus me free, tô vendo que hoje não escapo de um barraco, pobre não têm sossego, tá doido!
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