Capítulo 18

1033 Words
Niara Narrando... -Diana é uma menina incrível demais, bem pra frente, muito esperta, em alguns momentos ela mostra que seu lado criança está ali mascarado enquanto se faz de forte. -Ela é bem independente em várias coisas, se vira, responsável, tanto que tava preocupada com escola, disse pra ela que deve ser uma anã disfarçada de criança, ela caiu na gargalhada. -Às vezes fica bem dependente, dengosa, dá pra perceber que é carência, imagina a barra, nunca conhecer a mãe, o pai nem saber sua existência e a vó que lhe criou doente pra morrer. -Muita dificuldade pra uma garotinha de nove anos, acho ela forte demais, passou por várias coisas mas não perdeu a essência,me ganhou de um jeito que nem sei explicar. -Cicatriz voltou com pizza, eles me fizeram jantar junto, depois recolhemos a sujeira e resolvemos ver um filme, pra minha surpresa ela escolheu uma comédia. -Foi bem agradável, apesar de que Dominic nem abria a boca, manteve a postura junto com a marra todo tempo, mas que é gato e gostoso, uiii se é. -Dá até um calor lá onde o sol não bate, Diana dormiu no sofá, seu pai a colocou na cama e voltou contando a história por cima, sem muito detalhe. -Basicamente que a mãe da menina morreu em seguida do parto, a vó cuidou e nunca foram atrás dele, mas agora a vó está com os dias contados deu um jeito de encontrá-lo e deixa-lá com o pai. -Me preocupo pela pequena, Cicatriz é instável, tem aqueles surtos, fechado e Ogro, sem contar a "profissão" perigosa dele, os horários e tudo mais. -Sei que não tenho nada a ver com isso mas o que senti por essa menina não tem explicação, uma conexão, um carinho, vontade de cuidar, proteger, dar amor, nem eu me entendi. -Na verdade eu nunca contei pra ninguém mas eu já estive grávida do Ivan, em uma das surras senti muita dor no abdômen, quando vi escorria sangue entre minha pernas. -O infeliz quase não me levou ao hospital por medo de chamarem a polícia mas pela quantidade sangue se assustou e me levou, abaixo de ameaças pra que eu falasse que cai. -Acoada e com medo falei o que mandou, fui atendida, a médica me explicou que a gestação estava na fase inicial e o bebê não resistiu,fiz o processo necessário e dois dias depois dei alta. -Por um tempo Ivan pareceu ter ficado com remorso, as agressões cessaram, me tratava bem ou nem ficava por casa, dei graças mas na primeira bebedeira tudo voltou ao novo normal. -Essa história de filho mexe comigo, nem sei se foi por isso que Diana tocou tanto com minha mente mas é difícil pra mim, ainda mais ver um ser indefeso tão perdido no mundo. Cicatriz: -Terra chamando! Ei Niara! Não ouviu nada que falei cara!?!-diz todo rude. Niara: -Foi m*l, viajei nas lembranças aqui! Que você tava dizendo aí?- digo. Cicatriz: -Que não sei o que fazer, como cuidar dela, tô perdido!-fala assustado. -Agora tu vê, não tem medo de tiro, porrada e bomba mas uma menina de 9 anos mete pavor nele, dorme com um barulho desses. Niara: -Primeira coisa é fazer umas compras pra essa casa, criança tem que comer direito, segundo achar alguém pra cuidar dela pra tu trabalhar e terceiro colocar ela urgente na escola né, ela precisa estudar cara.-digo tudo enquanto ele presta muita atenção. Cicatriz: -Caraca quanta coisa! Será que tu podia ir comigo no mercado e na escola, sei nem o que comprar e minha paciência é curta pra essas mina de escola, falam pra p***a!-diz passando a mão pela cabeça, eu mereço. Niara: -Tu tem noção da fofoca que tá rolando na favela, gente falando que sou tua Fiel, levei foi esporro da minha mãe, vou sair com tu aí sim que nem saio mais da boca do povo.-digo sincera. Cicatriz: -Tu liga pra fofoca? Se eu pegar quem tá espalhando besteira corto logo a língua fora e poucas ideia!-diz grosso. Niara: -Ligar mesmo até que não, tô querendo evitar problema e mulherada na minha cola, esses dias uma veio pedir dica de como agarrar o Chefe, posso com isso?-falo indignada, posso jurar que vi um sorrisinho de lado no rosto dele. Cicatriz: -Tua mãe nem me conhece e já não vai com a minha cara?-pergunta. Niara: -Ela é outra que anda me querendo longe de problema . Então pela Diana vou te ajudar aí nessas coisas, mas acha alguém de confiança e responsável pra ficar com ela tá?-digo. Cicatriz: -Vou ver essa meta aí, tu é uma mina firmeza, coração bom, valeu pela força.-diz sem jeito. -Genteeeenele aprendeu a agradecer, milagres acontecem mesmo. Niara: Então, depois manda mensagem dizendo que horas você passa pra me buscar?-falo. Cicatriz: -Fechou, vou mandar um menor te levar em casa tá tarde.-diz e eu concordo. No outro fui com ele fazer o que era preciso, matriculamos ela na escola bonitinha, vai estudar pela tarde, enchi os armários, a geladeira e deixei almoço pronto. -A tarde fui buscar algumas coisas que faltavam para os lanches e passei pela boca, gente do céu tinha uma fila de Maria Fuzil esperando pra entrar entendi nada. -Parecia seleção pra abrir um bordel, era cada look que só a misericórdia, peito e b***a quase pra fora tinha pra dar,vender e distribuir, curiosa que sou cheguei perto de um vapor e perguntei. Niara: -Oi menino, que tá rolando por aqui, qual o motivo dessa fila de anjo?- perguntei na cara de p*u, ele riu. Xxx: -Cicatriz tá entrevistando as minas pra contratar uma.-disse o novinho. Niara: -Oxi mas ele virou produtor de filme pornô agora?-falo sincera, moleque só ri. Xxx: -Não Patroa, pra ser babá da filha dele, tava sabendo não?-pergunta. Niara: -Ahhh menino até tu com essa história de Patroa!?!-digo indignada. Xxx:-Ué e mulher de Patrão é o que?-questiona. Niara: -Quer saber desisto!-disse e virei as costas pra sair dali irritada, mas ainda ouvi ele dizer. Xxx: -Mulher surtada da p***a!-falou. -Sai de lá cuspindo fogo, essa fofoca dos infernos rolando, agora o s*******o nenhuma do Cicatriz querendo colocar p u t a pra cuidar da minha menina, é cada uma!
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