Capítulo 6

1643 Words
Nós ficamos dançando e curtindo as músicas, enquanto o frentista e o atendente da loja de conveniência estão dando altas risadas com a nossa festinha. Quando a garrafa já está bem abaixo do meio e já estamos revezado entre Whitney Houston, Adele e Celine Dion algumas vezes, nisso já passam das três da madrugada. Uma land cruiser prado pára na bomba para abastecer e desce um loiro gatissimo dele, em seguida desce um moreno de olhos verdes para lá de gato eu olho para eles. —Nossa, Jess, eu já estou tão bêbada que estou enxergando até os motivos da nossa bebedeira. —Digo olhando os homens de longe, enquanto caio na risada. —Nossa, Tess é mesmo, já bebemos além da conta, eu também estou vendo. Cara, é melhor a gente parar. —Jess diz me abraçando, também está rindo sem parar. Nesse momento ela já está só com o cropped e o shorts, o cabelo preto que continua solto e os óculos de aro preto, ela está a cara da Mia Khalifa. —Meninas, que espetáculo aqueles dois lá, que gostosos! —Agora é a Lunna que está voltando do banheiro que fala. Ela fica encarando os dois, que neste momento estão vindo em direção à loja. Eu olho para o Scott que está nos encarando e do lado dele está o Rony, eles entram na loja e ficam alguns minutos conversando com o atendente que aponta para nós e depois para o lugar onde está estacionado o carro da Jess, quando eles saem vêm em nossa direção. —Boa noite! Vocês estão perdidas aqui neste lugar e por isso estão bebendo desse jeito, ou só querem causar mesmo? —O Rony pergunta olhando para nós. Ele avalia uma de cada vez até parar o olhar na Jess, que acabou de virar mais um copo. —Oi! —Digo encarando o homem que está com uma expressão indecifrável —Você é o nosso chefe de verdade? Olha, Jess, o nosso chefe tá aqui de verdade. —Digo cutucando a Jess e aponto para o Rony. —De verdade? —Ela vai até onde o Rony está e aperta as bochechas dele —É mesmo ele. Oi chefe, cara, como você é gato! —Diz com um largo sorriso enquanto mexe no cabelo dele. —É mole? Uma mulher bêbada e fedendo a lama me cantando no meio do nada. —O Rony diz olhando para o Scott que está com uma cara péssima. —É mesmo bizarro, pior é que eu vou ter que deixar a outra bêbada em casa. —O Scott responde me fazendo olhar para ele. —Nossa, a gente nem bebeu tanto assim —Digo e olho na direção do homem —Pergunta o moço pra você vê, "moço oo"! —Grito o homem, que está rindo da cena na frente dele. —Chega dessa palhaçada! Anda, vamos, Tess, vamos logo pra casa. —O Scott diz apontando para o carro. —Na- na- ni- na- não. Ela veio com a gente, você não vai sequestrar nossa amiga. —A Jess diz balançando o dedo na frente dele. —É mesmo? Ela veio com vocês e quem é que está dirigindo? —O Rony pergunta ainda olhando para Jess. Acho que gostou desse estilo despojado dela. —É a Jess, ela é ótima motorista nem atropelou os animais que pularam na frente do carro, só o gps que não presta. Nós perdemos a maior festa porque ele levou a gente para o caminho errado, era pra gente ir para o hotel, mas quando a mulher falou : " você chegou ao seu destino final " —A Lunna fala imitando a voz do gps —nós estávamos no meio do nada com um monte de poça de lama e eu caí bem no meio de uma quando fui fazer xixi. —Ela resumiu nossa noite enquanto soluçava por causa da bebida, o que fez os homens caírem na risada. —Então a motorista de vocês é uma irresponsável. Ela está dirigindo e mesmo assim enche cara? Sua habilitação devia ser suspensa! —O Rony diz olhando a Jess. —Bom —O Scott suspira. —Rony, você vai dirigindo o carro dela —Ele aponta para a Jess —A Tess e a Lunna vêm comigo. Scott encerra o show que estávamos dando e vai no caixa pagar a conta para a gente ir embora. Eu e a Lunna entramos de boa no carro do Scott enquanto a Jess fica reclamando e tenta tomar a chave do Rony, ela insiste em ir dirigindo. Ela só sossegou quando o Rony colocou ela à força no banco do passageiro e afivelou o cinto de segurança. ~DEREK SCOTT~ Depois da minha conversa com a Tess, ela ficou mais distante, pelo menos, não precisou falar duas vezes sobre suas atitudes. Ela ficou com a ideia fixa que nós éramos um casal, é difícil acreditar que ela esperou todos esses anos por uma promessa de duas crianças. A Sophia também já percebeu que ela tem algum interesse em mim, tanto que ela me perguntou: —Scott, a filha da empregada tem sentimentos por você, não tem? —Ela perguntou assim que a Tess saiu do escritório. As duas acabaram se cruzando quando a Sophia veio para uma reunião de trabalho aqui na empresa. —Ela tinha antes. Quando éramos crianças nós inventamos que estávamos apaixonados, mas isso já é passado. —Eu respondo apuxando-a para um beijo. Eu e a Sophia estamos juntos há três anos e nosso amor só cresce. Nossas famílias já se conhecem há muitos anos, mas por ela morar em Londres desde criança só nos conhecemos quando eu fui estudar lá. Nos damos muito bem desde o início, ela é muito especial, tem pulso firme nos negócios e ao mesmo tempo é muito meiga, esses dois lados dela me fazem ter sempre uma experiência nova a cada novo dia que passo ao lado dela. O meu avô e a Esther estão sempre juntos. Acho que ela está enchendo a cabeça dele de histórias, se ela estiver usando ele para se aproximar de mim e acabar com meu noivado, eu não vou ser tão gentil como fui nos comentários ácidos que ela fez, dessa vez ela vai sofrer as consequências. Meu avô está sempre perguntando sobre o meu relacionamento, quer saber se eu amo mesmo a Sophia, se estamos bem… essas coisas, e logo em seguida toca no nome da Esther, isso já está me irritando demais. —Scott, você tem mesmo certeza que quer se casar agora? Você está no início da sua carreira, começando sua vida profissional na prática, não prefere se estabilizar primeiro? —Ele diz assim que eu comunico à todos que já irei marcar a data do casamento. —Vovô, eu já estou estabilizado, minha carreira já está estável há algum tempo. Não precisa se preocupar com meu futuro, mesmo porque, a Sophia é uma administradora melhor do que eu. —Digo e noto que ele não mostra confiança. —Você é quem sabe. Eu só quero que você seja feliz, nada mais. Bom, agora vamos lá assistir a estréia do vídeo da Tess. À propósito, como ela está indo no trabalho? —Como todas as vezes, ele sempre dá um jeito de falar na Esther e isso já está me deixando muito desconfiado. Meu avô é um homem muito perspicaz, ele não tem nada de inocente, tenho certeza que essa insistência dele de ficar falando sobre a Esther o tempo todo tem algum motivo escuso e mais, ela é quem está incentivando esse comportamento nele. Como eu já disse antes, a Esther e ele são muito unidos, então é muito óbvio que ele vai ajudá-la se ela decidir que quer ficar comigo, mas eu não vou permitir que eles se metam na minha vida. Ele praticamente me obriga a ir assistir com ele aquele maldito vídeo, mesmo não estando nada interessado, eu fico sem jeito de negar o seu pedido, ele é muito convincente e sabe fazer as pessoas seguir suas ordens sem nem perceber. —Essa menina é muito talentosa, eu fico extasiado quando vejo ela dançando. Você se lembra daquele dia que viu ela dançando lá na praça? Ela estava linda, não é mesmo? —Pergunta ainda olhando a tela da tv —Você se lembra quando eram crianças, ela já gostava de dançar, vivia virando aquelas piruetas e você adorava vê-la. Quando ele fala, seus olhos até brilham e eu sei que ele está puxando assunto para saber se existe algum interesse meu por ela. Solto um longo suspiro quando percebo que ele realmente não está disposto a desistir de ficar perguntando até ouvir uma resposta. —Ela dança bem sim, vovô, tenho certeza que ela sabe bem disso. —Respondi demonstrando meu total desinteresse no assunto —Bom, eu preciso ir agora, tá bom? Eu vou me encontrar com a Sophia. —Digo e saio deixando-o reclamando lá. Sigo direto para a empresa, onde encontro o Rony me esperando no escritório. Estamos fechando uma parceria que nos renderá alguns milhões e vários pontos no ranking de melhor rendimento anual. —Oi Scott, você demorou hein! Achei que tinha tirado o dia de folga. —Diz com impaciência —Consegui o contrato com aquela revista de moda, podemos fazer o lançamento dos produtos no próximo mês. Ele coloca o contrato na mesa e já vai abrindo as observações que marcou, acho que essa falta de paciência é mau de família, pois nenhum de nós incluindo meu avô Henry, gostamos de esperar por nada. —Você sabe como é o vovô, certo? Ele não me deixou sair enquanto não vi o tal vídeo da Tess, além do mais é sábado, não tem problema atrasar alguns minutos. —Digo e ele ri.
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