2° Capítulo.

1206 Words
Enzo McKenzie: Assim que cheguei no hospital, eu fui para o vestiário, troquei de roupas, e coloquei o meu jaleco. Cumprimentei alguns colegas que passavam por mim, depois seguir para o quarto onde minha paciente estava. Passei álcool em gel nas minhas mãos antes de entrar. Fiquei um tempo parado na porta depois que entrei no quarto, pois a cena que eu vi me fez me emocionar, o marido da minha paciente estava ali ao seu lado, segurando sua mão, enquanto com outra ele alisava as suas costas, lhe dando força, já que ela estava com dor, eu sempre sonhei viver um momento assim com a minha esposa, mais infelizmente com a Juliana os meus planos de ser pai não existe. Respirei fundo, antes de raspar a garganta, para que eles notassem a minha presença. -Como vai minha paciente, pronta para trazer esse rapazinho ao mundo? Perguntei indo até a sua cama. -Mais que pronta, doutor McKenzie. Ela respondeu depois de uma pausa para esperar mais uma contração passar. Calcei as luvas para fazer o exame de toque para saber em qual estágio ela está. Assim que toquei, senti que ela estava ainda no primeiro estágio, que é quando a gestante apresenta contrações regulares a cada 3 a 5 minutos por mais de 1 hora, essas contrações são geralmente com dor e duram em torno de 50 a 60 segundos que se divide em duas fases, a da latência, que é a mudança gradual do colo do útero que pode chegar até 6 cm de dilatação, que é a fase que Soraya estava neste momento. Expliquei isso pra ela e o marido, e fui me preparar, voltei um tempo depois e as dores se intensificaram, refiz o toque e ela entrou na fase ativa, pois houve uma mudança rápida do colo do útero dela, que está já de 4 a 6 cm de dilatação e vai até a dilatação, mandei as enfermeiras prepararem o bloco cirúrgico, porque ela não iria demorar muito para chegar nos 10 cm, e quando isso acontecesse o colo dela desapareceria completamente e o útero e a v****a se transformariam no canal de parto. Quando tudo estava pronto para o parto, eu fiz a higienização, pois era hora de trazer mais um bebê para esse mundo. -Soraya seu bebê vai nascer em breve, eu quero que você faça força sempre que sentir vontade. Instrui e ela fez isso e não demorou muito para que um bebê bem gordinho nascesse, ele chorou assim que dei um tapinha nele, seu choro era estridente, chamei o pai para o cortar o cordão umbilical, depois entreguei o bebê para a mãe conhecer, era um menino muito lindo, eu já fiz milhares de parto durante a minha carreira, mas a emoção é sempre a mesma, como se fosse a primeira vez, e eu sempre me perguntava quando seria a minha vez de segurar um filho meu nos meus braços. Assim que uma enfermeira levou o bebê para ser examinado pela pediatra de plantão, eu terminei os procedimentos na minha paciente após a retirada do marido da bloco, depois um dois enfermeiros a levaram para o quarto. Eu fui para o vestiário, tomei banho e após me vesti, voltei para o quarto da Soraya, e ela já estava com o bebê nos braços, como eu queria ter um filho para chamar de meu. -Com licença senhora Grimm, eu só vim ver como você está. Perguntei já querendo ser breve, porque esse era o momento da família curtir o bebê em paz. -Eu estou bem, doutor McKenzie, muito obrigada por tudo o que fez por mim e pelo meu bebê. -Não precisa agradecer, só quero que se cuide, e sejam feliz com esse bebê lindo, ele já tem nome? Peço arranhando a garganta. -Jacob, esse é o nome que meu marido escolheu para o nosso pequeno príncipe. Ela diz sem tirar os olhos de cima do filho, o marido também está babando pelo bebê. -É um lindo nome, espero vê-lo na clínica em breve, já que ele será o paciente do Abelardo, eu estou indo embora, mas amanhã antes de ir para a clínica, eu venho aqui te dar alta, vou deixar vocês em paz, boa noite. -Boa noite doutor, e mais uma vez muito obrigado por ter cuidado desde o início da gravidez da minha esposa, e por ter feito o parto dela também. O senhor Grimm apertou a minha mão. -Não tem nada que agradecer. Digo e saí rapidamente de lá. Fui para o vestiário, tirei as roupas hospitalares, guardei meu jaleco na minha mochila e estava pronto para ir pra casa descansar, mas essa vontade passou rapidamente assim que liguei meu celular e tinha várias chamadas perdidas da Juliana e duas da minha mãe e do meu pai, ir pra casa ouvir reclamações não era mais uma opção. Peguei meu carro e fui direto para a clínica. -Boa noite, doutor McKenzie, o que faz aqui tão tarde da noite. O porteiro do prédio me perguntou assim que abriu a portaria pra mim. -Boa noite, Zack, eu vou ficar na clínica essa noite. Não me prolonguei no papo porque estava cansado demais para conversar, sei que ele deve está se perguntando o porquê eu farei isso, mas ainda bem que ele é discreto. -Sem problemas, doutor McKenzie. Fui para o elevador, e assim que as portas se abriram, eu entrei e apertei o botão do vigésimo andar onde fica minha clínica. Assim que o elevador parou, eu tirei as chaves do meu bolso e abri a porta clínica, passei no meu consultório para deixar minha mochila ali dentro, quando acendi a luz eu dei uma boa olhada em tudo, o meu consultório é o lugar que me dar paz, fiz questão de contratar um decorador para deixar tudo perfeito, mas a minha parte preferida é a minha mesa enorme, onde eu pedi pra colocar as fotos de alguns sos bebês que eu fiz o parto e que as minhas pacientes me deram de presente, todas essas fotos estão no tampo da mesa coberto pelo vidro. E atrás da minha mesa tem um aparador com vários porta retratos com fotos dos meus dois melhores amigos, dos meus afilhados, da minha família e do meu casamento com a Juliana, um casamento que a cada dia desmorona um pouco mais. Peguei o porta retrato onde tem nós dois juntos no dia que nos casamos e fico me perguntando porque eu me apaixonei por uma mulher que não tem nada haver comigo, eu não tenho resposta pra isso, a única certeza que tenho agora é que eu não a amo mais, talvez eu nunca tenha amado ela, eu me casei apaixonado, mas nem isso eu sinto mais, abro a última gaveta e guardo o porta retrato ali dentro. Saio dali e vou para uma sala de descanso que fizemos ali. Me sirvo de uma boa dose de bourbon, depois tirei meus sapatos e fiquei ali sentado no sofá apenas com os meus pensamentos, deixei o copo em cima da mesa de centro após virar o líquido todo de uma vez na minha boca, deitei ali e simplesmente fechei meus olhos e dormir quase que imediatamente, já que eu estava exausto. Continua............
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