Capítulo 18 – Juliana não seja burra.
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, 25 de Dezembro de 2009.
Era dia do Natal. Primeiro Natal sozinha, sem a família. Juliana olhava para a barriga e sentia raiva. Não entendia nada de gestação, mas sabia que sua barriga já estava grande, então como não tiravam logo aquele bebê de dentro dela?
A verdade é que ela não aguentava mais tudo aquilo. Trabalhar limpando casas e mais casas (agora eram seis faxinas por semana) não era r**m. O r**m era fazer todo o serviço com aquele barrigão, e ainda ter que guardar os trocados que ganhava para comprar fraldas e roupinhas.
Ela havia chegado na capital há menos de seis meses, e em seguida já descobriu a gravidez. E a descoberta da gestação veio junto com o falatório dos vizinhos pelo ocorrido entre
