Capítulo VI

1159 Words
Se ficar assim me olhando, Me querendo, procurando, Não sei não eu vou me apaixonar, Eu não tava nem pensando, Mas você foi me pegando, E agora não importa aonde vá, Me vai ter que me levar, Você me vê assim do jeito que eu sou, É e faz de mim, tudo que bem quer, Eu que sei tão pouco de você E você que insisti em me querer. (Música tema de Staci e j**k) (Ana Carolina - Entre Olhares) No dia seguinte, j**k chegou em casa mais cedo e bateu na porta do quarto. - Pode entrar - disse imaginando ser Lia. - Oi, Staci, desculpa, se atrapalho - j**k se desculpou, entrando pela porta. - Sem problemas, o que precisa? - Perguntei calmamente. - Poderia acompanhar-me até o jardim? - Perguntou sorrindo. - Claro, o que foi? - Perguntei curiosa. - Por favor, vamos - disse saindo do quarto. Acompanhei j**k até a frente do jardim, ainda não entendia o que queria. Quando avistei o carro, fiquei eufórica. — j**k, é lindo! — disse impressionada ao ver o carro. Não aguentei esperar e fui à concessionária — disse com satisfação. Sem pensar abracei j**k para agradecê-lo e neste momento, nossos corpos se reconheceram e olhando um nos olhos do outro, nos beijamos. Foi um momento mágico, senti meus pés flutuarem, meus pensamentos eram intensos, minha pele o queria perto, desejava por isso. Meus lábios se aconchegaram aos dele e respondiam aos movimentos de sua língua que massageavam a minha vagarosamente. Não queria que isso parasse de maneira nenhuma, mas ele se afastou. — Staci, isso não devia ter acontecido — Desculpou-se ao afastar. Não respondi, só o olhei espantada e pensei: "Não estava acreditando que ele tinha parado o beijo. Como assim? Será que meu beijo era r**m, será que estava com bafo. Cheguei a baforar discretamente na mão, mas constatei que meu hálito estava normal, com sabor de menta". Ele falava olhando para o chão e dava para sentir seu nervosismo, só não conseguia ter certeza do que havia sentido. Precisava distanciar-me naquele momento. Fugi entrando porta adentro. Deitei na cama, sentindo ainda seu hálito. "Que beijo foi esse?" Não podia acreditar que ele não havia sentido nada. No começo da noite enquanto trocava-me, ouvi o celular tocar. — Staci Smith falando — disse ao atender de forma ríspida. — É o Stefano, tudo bem? — perguntou Stefano. não estava com muita paciência para ser cortejada no momento e acabei fazendo caretas. — Oi Stefano — respondi sem animação. — Que horas vai sair da faculdade hoje? — Questionou.  — Creio que por volta das dez e meia — respondi sem muita certeza. — Encontrarei você assim que sair. — Tudo bem, o espero — respondi de maneira seca, desliguei e desci as escadas. — Estou saindo, não me espere volto tarde hoje — avisei, pegando a chaves do carro dentro da bolsa. — Vai sair com alguém? — Indagou Lia com curiosidade. — Sim, vou sair com Stefano — respondi, evitando explicações. Entrei no meu novo Mercedes conversível e saí. A faculdade era adorável, as aulas foram muito produtivas, tentei responder algumas perguntas sobre marketing na primeira aula. A segunda aula foi mais complicada, já que tinha entrado algumas semanas atrasadas, fiquei sem ter argumentos para facilitar a discussão entre o professor de economia e alguns alunos que teimavam em fazer cálculos de maneiras diferenciadas. Acabei saindo da faculdade alguns minutos antes. Estava indo até o estacionamento da faculdade e perdida em meus pensamentos, mas Stefano chegou antes da hora marcada. — Oi, saiu há muito tempo? — Perguntou Stefano tirando-me do transe. — Oi, acabei de sair e aí aonde iremos? Respondi com outra pergunta, deixando que ele decidisse o lugar que iríamos. — Vamos a um barzinho que já é uma danceteria. Pode ser? — Perguntou abrindo a porta do carro dele. — Claro, adoro comida e dança — respondi abrindo a porta do meu carro. — Que bom. Siga-me então. A danceteria estava lotada e com muita gente bonita. Stefano e eu nos divertíamos muito. O tempo todo, Stefano usava de seus galanteios para vislumbrar-me, mas foi em vão, pois não deixei de pensar em j**k, desde o beijo. Duas horas depois, comece a sentir sono e dor nos pés. — Stefano, peço que me desculpe, mas preciso ir embora, amanhã começo na empresa e à noite terei aula — disse em seu ouvido, enquanto nos afastávamos da pista de dança. — Sem problemas, também estou ficando com sono. Podemos almoçar juntos amanhã? — Perguntou insistente. — Claro, podemos sim — disse enquanto recebia a chave do meu carro pelo manobrista. — Irei ficar na sala que era do meu pai, qualquer coisa me dê um toque uns cinco minutos antes. — Combinado — respondi indo em direção ao meu carro. Depois que entrei em casa, tirei o sapato que estava machucando e fui subindo as escadas devagar sem fazer barulho. Quando cheguei no quarto fui tirando a roupa e entrando no banheiro, precisava urgentemente de um banho. Já de banho tomado, fui beber água e na poltrona da sala ele aguardava. — Pelo jeito a aula foi até muito tarde? — j**k perguntou sorrateiramente. — Nossa, j**k, que susto — disse colocando a mão no peito assustada. — Saí às dez da noite e depois fui a uma baladinha com o Stefano. — Stefano? Publicitário da empresa? — Ele perguntou nervoso. — Sim, ele mesmo. Algum problema? — respondi olhando para ele e franzindo a testa. — Na verdade sim, Stefano tem fama de pegador e não seria bom para sair com ele. — Não me preocupo com isso, faço o que quero e não ligo para moralidade ou falso puritanismo. — Sendo assim, faça o que achar melhor, não é problema meu mesmo, você é muito s*******o, sair com qualquer um, não acha que está muito fácil? — Perguntou na intenção de ferir-me. A raiva tomou conta de mim. E fui ao seu encontro para dar lhe uma bofetada, neste momento ele segurou minha mão olhando em meus olhos friamente. — Quer mesmo me bater, ou é só uma maneira de chegar mais perto de mim? Não está com raiva, mas com t***o posso sentir você quente e trêmula ao meu toque — Ele disse chegando bem perto de minha boca. — Solte-me j**k. É muito abusado, acha mesmo que sinto algo por você? Faça me rir — falei olhando em seus olhos e mesmo desejando-o tentava transparecer nojo. Ele me agarrou e beijou-me com intensidade. Sentia-me tremer por dentro, com vontade de me entregar, mas não podia deixá-lo pensar que ganhou. Tinha que parar antes que ele parasse. Precisava tomar o controle. Parei de beijá-lo e o afastei bruscamente, vendo a raiva em seus olhos que brilhavam ao encarar-me. - j**k se controle, por favor, já tenho meu escolhido e não é você. Boa noite - falei levantando a sobrancelha e com ar de superioridade. Dando lhe as costas e subindo as escadas. Sentia-me vitoriosa. Queria mesmo dar-lhe uma lição. Se ele achava que seria fácil assim, estava enganado. Primeiro eu iria fazer da vida dele um inferno. Vamos ver o quanto ele me deseja, ou se é só um meio de me manter em rédea curta.
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