APRESENTAÇÃO PILAR

1387 Words
Me chamo Pilar tenho 23 anos, e amo viver minha vida. Nunca namorei, sinto que tenho o espírito livre. Sou muito esforçada e tento ao máximo conseguir ajudar meus pais, até então morava com eles, e eles sempre me pouparam de tudo. Sou estudante de Jornalismo, adoro a linha investigativa. Moro na região Sul de São Paulo, ali no Brooklyn. Mas por uma obrada do meu pai que esta sendo caçado por uma divina tive que me mudar para casa do tio Felipe. A casa é muito boa, mas é bem no meio da favela e eu morro de medo desse lugar. Segundo meu pai eu precisava ficar escondida enquanto ele faria uma viagem para que a poeira baixasse. Eu não achei muito justo ficar por aqui mas dependendo das condições que ele viveria na Argentina foi bom que eu ficasse. Tive que parar minha faculdade, então passava o tempo todo ociosa, mas estudando conforme dava. Quando cheguei por aqui, não me dei muito bem com minha prima, a Giulia. Ela tinha uns hábitos meio doidos, toda malandrona sabe? e isso de certa forma me assustava. Ela andava quase nua e ninguém falava absolutamente nada. - Você vai ficar trancafiada aí mesmo? ela diz botando a cara na porta - E eu iria pra onde? não conheço ninguém aqui - digo baixo - Não me conhece? diz rindo - Não! - respondo rude - Vá, vamos você precisa de roupas e cuidados, meu pai pediu pra te ajudar - ela diz batendo a porta Eu estava um pouco abatida e relaxada, mas devido as condições que havia acontecido as coisas. Precisei largar tudo para trás pra não sofrer sei lá um atentado. Sigo minha prima pelas vielas a fora e entramos num salão de cabeleireiro bem pequeno, as mulheres me medem de cima abaixo - E aí, Mona, boa tarde - ela diz comprimentando uma moça que me parece ser a dona do salão - Giu, como está? O que tem de boa aí? - ela inquire rindo - Preciso que de um jeito nessa pessoa aqui, ela esta precisando - diz me puxando - Não fale assim com desdém, ela é linda, só está sofrida, já levou ela pro baile? a moça inquire - Ainda não. ela vai hoje! - Giulia diz e eu me espanto - Vou? inquiro - Vai sim, você precisa se acostumar e distrair - ela se sentando para fazer as unhas Era muito bom me sentir cuidada, as mulheres ali eram diferentes das que eu estava acostumada mas eram muito acolhedoras e gente boa. - Você vem da onde menina? - inquire Mona Quando vou responder Giulia grita: - Sem muitas perguntas Mona, deixa ela quietinha aí, por orientação de papai - ela diz isso e sorri forçado. Me parece que Mona conhece meu tio, e logo se cala. Decido cortar um pouco o cabelo, fazer um ombre hair, ela sugere uma iluminada e eu aceito. Passamos o dia assim, e quando me olho no espelho não me reconheço. MDS ela tinha mão de fada, eu estava linda! A iluminada que ela deu em meu cabelo simplismente realçou a cor dos meus olhos e ficou lindo! - Agora assim, agora tá decente - Giulia diz e todas riem. - Mas eu não tenho dinheiro pra pagar - digo timida - Meu pai acerta com a Mona depois - ela diz agradecendo as meninas e saindo Ao retornar pra casa me lembro de comentar... - Giulia, quando estávamos lá sentadas e tal as mulheres comentava muito de um tal de Tsunami, quem é esse? inquiro - É alguém pra você ficar bem longe - ela diz rindo - Não eu não quero me aproximar, mas elas falavam tão eufóricas que fiquei curiosa até pelo nome - digo pensativa - Ele é o chefe mais importante daqui e o mais c***l também - então se trombar ele, corra - ela diz entrando na casa e completa Hoje temos um baile pra ir, muito requisitado aqui no Helipa, então você vai comigo! - Mas MDS eu não quero - digo baixo - Ah mais vai, se arrumou pra ficar em casa? Não mesmo. Vem que vou te emprestar umas roupas - ela diz indo até seu quarto - Pedaços de roupa né? inquiro rindo - Mas é folgada né - ela diz e ri Entro no quarto dela, e era puro luxo. Várias coisas de marca, muita roupa, sapatos, era um sonho isso daqui. - Escolha o que quiser - ela diz jogando algumas peças em mim. - Acho que essa vai ficar boa - digo pegando uma calça - Mas pelo amor né, até te vestir terei? - ela diz rindo Ela começa jogar tudo e me dá uma saia que parece uma tira de pano, e um cropeed de manga longa. - Mas santo Deus, não vou dar conta de usar isso não - digo assustada - Vista, e depois julgue - ela diz séria Então volto ao meu quarto e me olho por um instante no espelho. O que estava acontecendo comigo? Minha vida estava prestes a virar um caos. Coloco as minis roupas que ela havia mandado. E realmente ficou bom, não ficou vulgar, eu tinha um corpo bom embora tivesse perdido um pouco de peso. Me viro e vejo com a saia realçou meu bumbum, assim como o cropped realçou minha cintura fina. O baile seria anoite então aproveitei para tirar um cochilo. Deito e não demora muito acordo com os socos na porta. Mas que diacho. Vejo Giulia entrar no meu quarto - Mas a princesa tá dormindo ainda, vamos criatura vamos nos atrasar - ela diz eufórica - Mas já? - digo bocejando é me levantando Vou ao banheiro e faço minha higiene, me visto e logo estou pronta, quando saio na pta sala dou de cara com meu tio. - Vejam só quem resolveu sair da toca - ele diz enquanto fuma - Fui obrigada né - digo rindo - Juízo meninas, juízo - ele diz e nós despedimos Assim que chegamos no local estava lotado, porém muito animado. Os camarotes estavam cheios a música era muito alta. Já que estava aqui, então porque não curtir... Deixei a música me levar, estava bebendo apenas água mesmo. Não precisava me embriagar. O som estava muito envolvendo, quando sinto alguém tocar meu braço. - Preciso que venha comigo - inquiro um homem - Tá maluco, não vou a lugar algum com você- digo puxando meu braço - Você precisa vir comigo agora - o homem fala em tom rude e eu apenas empurro ele e saio do lugar. Acho que despistei ele, penso comigo e procuro Giulia na multidão e nada. Aí que saco! Fico ali pelo bar mesmo, e volto a curtir a música novamente. Não demora muito sinto alguém apertar meu braço denovo, porém agora com mais força... - Preciso que me acompanhe - a voz rouca diz em meu ouvido - Quem é você? - digo puxando meu braço - Venha, eu não peço eu mando - diz bravo - Mas não mesmo - digo soltando meu braço e ele me agarra pela cintura. - Me solte agora seu tarado - grito e desço um tapa no rosto dele. Mas quanto atrevimento! Mas ele não tinha se dado por vencido, e me arrasta para um corredor... - Você sabe com quem está falando? - ele inquire bravo - Não sei e não me interessa saber - digo debochada - Ah menina você não tem nem tamanho - ele diz zombando - Tenho tamanho suficiente pra fazer você descer do seu camarotizinho e vir até aqui - digo e vejo que ele se irrita profundamente Quando ele me aperta na parede penso que ali seria meu fim, um homem daquele tamanho, mas eu sabia ser folgada. Assim que ele me libera a saída, dou de cara com a Giulia que me olha assustada. - Vamos embora agora - ela diz pegando em minha mão e me puxando - Calma, eu já dei um jeito naquele engraçadinho - digo confiante - Meu pai vai me matar - ela diz preocupada Fiquei sem entender o que havia acontecido eu só me defendi de um tarado. Mas eu teria a oportunidade de entender melhor quando ela estivesse mais calma!
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