Ao chegar em casa, deixei a minha mochila na sala e andei em direção a cozinha, em seguida peguei um prato colocando uma fatia de bolo.
Peguei o meu celular no bolso e avistei uma mensagem da Carla, a sua mensagem dizia que neste sábado irá acontecer um baile de máscaras, fiquei empolgada com a novidade, eu gostava de ir a festas.
Ao terminar de comer, subi para o quarto, entrei no mesmo e fechei a porta, em seguida deitei-me.
Ao anoitecer, ouvi os meus pais abrindo a porta, levantei-me e desci as escadas indo em direção a sala.
— Oi querida — falou a minha mãe cansada.
— Oi mãe.
— Não tenho condições de cozinhar hoje, o seu pai poderia fazer a janta, mas estamos cansados demais, então pedirei uma pizza novamente.
— Tudo bem... mãe, posso ir ao baile de máscaras neste sábado?
— Vai ser aonde?
— No colégio.
— Tudo bem, pode ir — falou subindo as escadas.
Assim que os meus pais subiram para os seus quartos, sentei-me no sofá esperando a pizza chegar.
Queria ter conversado com eles sobre o dia, mas ambos estavam cansados demais e não queria incomodá-los, talvez domingo dê para conversar um pouco com os mesmos.
Na manhã seguinte, levantei-me da cama e fui ao banheiro fazer as minhas higienes. Assim que saí do mesmo, abri o guarda-roupa e peguei o meu uniforme, vestido o mesmo, em seguida calcei o meu tênis e penteei os meus cabelos.
Ao descer as escadas, peguei o meu lanche que estava em cima da mesa e guardei na minha mochila. Peguei a mesma, abri a porta e a fechei, em seguida caminhei até a escola com a Carla.
Ao chegarmos, andamos em direção a quadra, enquanto caminhávamos fomos conversando sobre o baile.
— Está animada para o baile? Eu estou.
— Muito! Amo uma festa.
— Não vejo a hora de chegar sábado.
— Nem eu, espero que essa festa seja ótima!
— E vai ser.
Ao chegarmos, fomos para o vestiário, vestimos os nossos uniformes apropriados para a Educação Física e saímos indo em direção a quadra.
— Muito bem turma, hoje vocês irão fazer um jogo de queimada, irei separar as equipes — exclamou a professora.
Assim que a professora separou as equipes, a mesma apitou o seu apito e começamos a jogar.
— Odeio jogar esses jogos — bufou Carla.
— Não é tão chato, até que é legal.
— Qual foi, eu sempre perco!
— Você tem que se movimentar mais — sorri.
Estávamos jogando e percebi Ian olhar-me novamente, isso deixava-me um tanto incomodada, mas sempre relevava o fato dele sempre ficar-me olhando pelos cantos.
Ian era da minha equipe, o mesmo sempre me ajudava a não ser queimada, mas eu gostava de ganhar sozinha, confesso que sou um pouco orgulhosa.
Assim que a aula acabou, respirei um pouco de ar puro e em seguida andei pelo campo indo em direção ao vestiário, logo atrás de mim, Ian vinha vindo na minha direção.
— Você joga bem — sorriu.
— Valeu, você ajudou-me um pouco.
— Sim... enfim, posso almoçar contigo hoje?
— Claro — sorri levemente.
— Então até mais tarde — seguiu em direção ao vestiário masculino.
— Até.
Ao chegar no vestiário, abri o meu armário e peguei o meu uniforme, em seguida Bella e Carla aproximaram-se.
— Uau, Ian está realmente interessado em você — disse Carla vestindo a sua blusa.
— Claro que não, ele apenas quer ser meu amigo.
— Não seja modesta Luna, ele está e sabe disso.
— Não estou sendo "modesta", estou sendo realista.
— Uau, muito realista — ironizou Bella.
— Estou falando sério! Enfim, bora ir para aula de inglês.
Saímos do vestiário e seguimos para a aula. Assim que entramos na classe, nos sentamos e começamos a fazer os exercícios passados na lousa.
Ao tocar o sinal, nos levantamos e fomos em direção ao refeitório. Eu era muito tímida e almoçar com um garoto que gostava de mim e sempre me olhava, era muito mais envergonhoso.
Nos sentamos na mesa e sentei-me de frente para o Ian, no seu lado estavam Carla, Bella e Lúcia, ao meu lado estava Aarón.
Começamos a comer e a conversar, Carla, Bella e Lúcia ficavam fazendo perguntas e tentando puxar assunto com Ian, deu para ver que na sua fisionomia havia muito incômodo, as garotas estavam o incomodando com tantos diálogos. O mesmo olhava-me com o semblante de ajuda, mas eu apenas dava de ombros.
Ao tocar o sinal, nos levantamos e fomos em direção aos nossos armários. Assim que me levantei, segui para o bebedouro e Ian andou rapidamente vindo na minha direção.
— Okay, eu definitivamente não irei mais almoçar na sua mesa.
Dei risada. — Se eu fosse você nem eu iria querer, até parecia que você era um alienígena.
— Nem me fale, acho que eu fiquei traumatizado — riu.
— Até eu ficaria.
— Queria ter sentado ao seu lado, mas não consegui.
— Dá próxima, quem sabe — sorri sem jeito.
— Quem sabe, espero que as suas amigas não estejam.
— Enfim, preciso ir pegar o meu livro no armário.
— Tudo bem, também já vou.
Cheguei ao meu armário e o abri, pegando o meu livro para a próxima aula. Em seguida Carla se aproximou.
— Ele de perto é mais lindo ainda, continue assim Lu, traga mais vezes Ian para almoçar connosco.
— Deixa disso — ri.
— Hoje não poderei ir com você para casa.
— De novo? Por que?
— Tenho dentista hoje, está marcado depois da escola.
— Tudo bem.
Ao tocar o sinal para irmos embora, guardei o meu material e segui indo em direção à porta, saí do colégio e despedi-me de Carla. Assim que comecei a andar, ouvi Ian chamar-me.
— Oi Ian.
— Posso-lhe acompanhar até a sua casa?
— Tem certeza?
— Claro, você parece não gostar de ir sozinha.
— Tudo bem.
Estava nervosa com a sua presença, pois não sabia o que dizer, mas era a timidez que me deixava assim. Ian era legal para conversar, mas ao mesmo tempo continuava me dando arrepios.
— Os seus pais trabalham muito? — perguntou Ian.
— Sim, eles não têm muito tempo e os seus?
— Também, quando o meu irmão não está eu fico sozinho, sinto-me solitário às vezes.
— Nem me fale, eu sinto-me exatamente assim, mas são diariamente.
— É horrível.
— Muito mesmo.
— Enfim, chegamos na sua casa — sorriu.
— Sim... como sabe que essa é a minha casa? Não disse onde morava.
— Disse sim, não está lembrada?
— Acho que não, eu lembraria se tivesse dito.
— Sim, você disse, acho que você está com problemas de esquecimento Luna — riu.
— É, realmente eu devo estar — ri engolindo em seco.
— Enfim, até amanhã — sorriu me dando um beijo na bochecha.
— Até mais — forcei um sorriso.
Assim que entrei em casa, coloquei a minha mochila num canto e sentei-me no sofá confusa. Eu não havia dito o meu endereço para Ian, tenho certeza! Isso havia me deixado assustada, como ele poderia saber onde moro? Isso havia me deixado intrigada.