Capítulo 4

1954 Words
Alguns minutos depois César chegou em casa e Angélica correu para abraçá-lo. César - De volta assim tão rápido? Maurício - Parece que não gostou da surpresa meu sogro? Angélica - Por favor Maurício...resolvemos voltar mais cedo por que senti sua falta papai! César - É claro que fico feliz em te receber de volta minha filha e claro por ter meu genro amanhã ás 7:00 da manhã para trabalhar comigo na empresa. Maurício nem podia ouvir falar em trabalho, havia se casado com uma milionária justamente para ter uma vida tranquila e não ter que levantar cedo. Mais tarde durante o jantar eles falaram sobre a viagem, a parte boa dela é claro. Angélica - Estive pensando e já que Maurício vai começar a trabalhar com você e estamos querendo nos mudar, poderíamos passar um tempo naquele seu apartamento no centro só é claro até podermos comprar um maior. César quase engasga com a água... Angélica - Papai o que foi? César - É que aquele apartamento é pequeno demais...sei que estão acostumados ao luxo. Angélica - Por isso mesmo, quem sabe isso possa incentivar meu marido a querer prosperar não é amor? Maurício - Acho que estamos bem aqui, pelo menos por enquanto. César - Concordo com meu genro, depois pensamos nisso filha e me contem mais sobre a viagem! ... Era tarde da noite, César tirou a camisa e se lembrou da sensação de ter Consuelo nos braços. O cheiro da pele jovem dela, a timidez como o olhava...toda aquela inocência mexia com a mente e os sentidos dele. Cheirou a própria roupa buscando resquícios do perfume dela, pegou o celular e pensou em ligar e saber como ela estava se virando sozinha e com a perna quebrada naquela casa nova e pensava. Eu devia ter ficado com ela para ajudar, o que diabos estou pensando? Já fiz o que podia, vou esperar que ela se recupere darei um emprego e isso é o suficiente! César - Claro que eu posso ligar, não vai pensar nada de errado...afinal está se recuperando de um acidente que em parte é culpa minha. Não resistiu e ligou, mas ela já estava dormindo. Dia seguinte: Despertei naquela bela cama com lençóis de seda pura, sei que mereço infinitamente mais do que esse reles apartamento de dois quartos mas comparado ao buraco de onde saí era um palácio. Tomei um café da manhã e um tempo mais tarde vieram trazer minhas coisas como eu havia pedido. Consuelo - Obrigada Virgínia! Liguei para o Flor e o atualizei das fofocas, tomei um bom banho e fiquei linda para esperar a visita de César por que eu sei que ele vem. Um vestidinho estampado e bem agarrado as minhas curvas...um perfume suave e levemente adocicado. Eu precisava preparar meu psicológico para tudo o que teria que me submeter a fazer com ele, mas eu sempre soube onde queria chegar. ... César foi trabalhar normalmente, saiu bem cedo na empresa perfumado e empolgado para rever sua pupila. César - Bom dia, assim que meu genro chegar peça a ele para ir até minha sala por favor! Secret. - Sim senhor. Ele entrou em sua sala, fez algumas ligações e assinou uns papéis sua velha rotina de sempre. Os pensamentos teimavam em fazê-lo pensar em quem não deveria e resolveu ligar. César - Consuelo como está esta manhã? Consuelo - Estou bem César e você? César - Agora melhor ao ouvir sua voz assim tão mais alegre! Será que podemos almoçar juntos? Consuelo - Claro, será um prazer cozinhar alguma coisa para você. César - Não quero que se incomode, tem que ficar em repouso total por causa da perna. Não se preocupe em ir para a cozinha eu vou levar algo especial para nós dois hoje. Consuelo - Tudo bem, então vou te esperar. Os dois desligam. Passa boa parte da manhã e César chama pela a secretária... César - Antônia, Maurício ainda não apareceu? Secret. - Ainda não senhor, quer que eu ligue para sua casa e tente descobrir a causa do atraso? César - Obrigado Antônia, mas iria perder seu tempo com esse imprestável. Deixe que eu faço questão de resolver isso mais tarde! César saiu mais cedo e passou em um restaurante e pediu uma boa massa italiana e para impressionar ainda mais Consuelo e um vinho caríssimo. .... Daniela chega a empresa, elegante e com um salto altíssimo. Daniela - Olá, pode me anunciar por favor? Secret. - Sinto muito senhora Daniela, meu patrão saiu bem mais cedo do que de costume hoje. Daniela - Está bem. Queria levá-lo para almoçar, mas ligarei para ele depois! Daniela entrou no carro, tirou o celular da bolsa nunca quis parecer sufocante com César, mas seu instinto pedia por respostas. O celular tocou até a ligação cair... Daniela - Está acontecendo alguma coisa errada com você César e eu vou descobrir quem é essa mulher que está roubando seus pensamentos de mim! Ela joga o celular no banco do carro e acelera irritada. Vesti algo bem mais revelador, um vestido sempre surte o efeito esperado em qualquer homem ainda mais assim bem justinho. Abri a porta para ele e dei um beijo em seu rosto, percebi logo o seu olhar em minhas curvas. Consuelo - Sente-se por favor! É estranho te receber aqui afinal você é o dono. César - Já disse que agora é nosso! Não sei se gosta de comida italiana mas... Consuelo - Gosto muito apesar de estar acostumada a comidas bem menos requintadas. Nos sentamos á mesa e ele falou sobre algumas coisas da empresa, mas eu queria ser mais íntima... Consuelo - Posso te fazer uma pergunta pessoal? César - Mas é claro que pode. Consuelo - Por que não é casado? Não gosta de ter alguém assim, só para você? Ele olhou para baixo, percebi que ficou incomodado. Consuelo - Me perdoe, não queria que ficasse chateado com a pergunta. César - Tudo bem é só uma curiosidade. Desde que minha esposa morreu eu nunca mais quis me casar, me sinto melhor assim. Consuelo - Tem medo de amar de novo! César - Está enganada! Consuelo - Não foi uma pergunta e sim uma afirmação. César - Acha que sabe muito, mas é só uma garotinha. Consuelo - Uma garotinha que sofreu muito na vida e você sabe que sofrimento é aprendizado. César - De certa forma... Consuelo - Eu concordo com sua maneira de levar a vida. O amor é uma planta carnívora bela e colorida, mas quando você se aproxima ela te devora sem piedade. César - O que acha que sabe do amor? Já que pensa que o sofrimento te ensinou muito, me diga então quem partiu seu coração tão jovem? Consuelo - Meu irmão, o mesmo que eu denunciei por abuso. César - Estamos falando de amor e não de ódio. Consuelo - Esses sentimentos se misturam, denunciei ele por abuso s****l. Mas eu gostava do fazíamos na cama. César - Era jovem demais para discernir do que gostava de verdade. Ou vai dizer que uma criança de 15 anos é capaz de dizer que amava seu abusador? Consuelo - Definitivamente não, mas eu sofri quando ele foi preso sentia falta do que fazíamos da maneira como ele me tocava. César - Ainda sente? Consuelo - Sim. Por que mesmo que não fosse certo, era todo o carinho que eu tinha na vida e agora mesmo aos 20 anos eu nunca mais... César - Vai ter muito mais, muitos homens dariam tudo para ter alguém como você e para te dar muito mais do que ele. Consuelo - Acha mesmo possível que um dia alguém venha a amar uma mulher assim, cheia de problemas e traumas na vida? César - Tenho certeza absoluta que sim! Consuelo - É curioso que tenhamos nos encontrado assim na vida...alguém como eu assim tão carente de amor e uma pessoa que foge de qualquer envolvimento duradouro. César - Sim é uma grande coincidência! Terminamos de comer e eu logo mudei de assunto... César - Eu preciso ir agora. Consuelo - Por favor fique só mais um pouquinho é que aqui eu não tenho com quem conversar. Ele se sentou no sofá. Consuelo - Você tem filhos? César - Tenho dois, Damião e Angélica. Consuelo - Tem fotos deles? Ele me mostrou no celular e eu sorri. Consuelo - Ele se parece muito com você, elegante e ela é muito bonita! Não chegava aos meus pés é claro. César - Acho que seriam boas amigas. Tem vontade de ter filhos? Consuelo - Sim, mas ainda é cedo para pensar nisso. O que eu mais quero é prosperar, como me disse uma vez eu preciso ser ambiciosa. César - Exatamente! Falamos mais uns minutos e ele por fim se despediu o acompanhei até a porta. Dei um beijo em seu rosto e entrei. ... César alisou o próprio rosto se lembrando do beijo que Consuelo havia dado, ficou pensativo sobre a conversa que tiveram. Ela é jovem, bela e sentia falta de sexo mesmo que o tivesse conhecido de uma maneira errada...era impossível como homem não se imaginar dando a ela uma boa dose de prazer. Chegou em casa pisando firme. César - Ana onde está Maurício? Ana - Está na piscina senhor! César jogou o paletó no sofá e foi até lá, viu Maurício relaxando nas águas... César - Tem muita sorte da minha filha te proteger tanto. Maurício - Me desculpe César, perdi a hora e depois fiquei constrangido de chegar atrasado no primeiro dia. César - Tenho certeza que não vai se esquecer de acordar no horário amanhã, por que se não aparecer ás 7:00 pode juntar suas coisas e ir embora dessa casa! Ah e pode esquecer de se escorar na Angélica por que se ela lhe der um só centavo eu a deserdo! Ou vira homem ou pode pegar seu traseiro preguiçoso e desaparecer! Maurício ficou irado com aquela bronca, Angélica ouviu os gritos do pai mas não chegou a tempo de presenciar tudo. Angélica - O que aconteceu papai? César - Pergunte ao seu marido imprestável! César deixou os dois a sós... Angélica - Eu sabia que ele ia ficar uma fera, te avisei para aparecer na empresa. Maurício - Já te disse que não tenho aptidão para os negócios. Seu pai acha que pode controlar tudo e todos... Angélica - É melhor fazer o que ele pede, se o trabalho não der certo a gente encontra outra maneira mas você tem que tentar. Maurício - Ele ameaçou nos colocar na rua, amorzinho fala com ele sei que consegue tudo. Diz que eu preciso de mais um tempo... Ele foi dando beijos para amolecer o coração da esposa. Angélica - Chega, eu vou agora a tarde dar uma olhada naquele apartamento do centro, nem que a gente pague um aluguel para ele é melhor do que viver nessa guerra dentro de casa. Maurício - Eu não vou morar naquele lugar. Angélica - Prefere trabalhar então? Maurício - Droga! Angélica se arrumou e foi até o apartamento do pai. Angélica - Olá eu vou subir para dar uma olhada... Port. - Veio visitar a mocinha também? Angélica - Mocinha? Port. - Sim, a jovem que seu pai trouxe a uns dois dias para morar aqui. Até trouxeram a mala dela hoje de manhã. Angélica ficou paralisada, com certeza seu pai tinha muito mais que amizade com essa mulher para ter escondido isso dela. E logo se lembrou da reação dele no jantar quando ela mencionou viver ali. Angélica - É claro, vim para visitar ela. Mas não me anuncie, quero fazer uma surpresa. Port. - Está bem. Ela subiu...
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD