Capítulo 5

862 Words
Leon Chego à fábrica e logo sinto o aroma de chocolate vindo em minha direção. Gemo de prazer. Amo chocolate. Nossa, e ele usado no meu p*u fica perfeito! Entro no elevador e logo ouço um grito pedindo para segurar a porta. Como todo-cavalheiro que eu sou, seguro-a. Logo vem, praticamente descabelada, a minha secretária. — Oh, não acredito que é você — brinco. — Quem você achava que era? A Branca de Neve? — ela ironiza. — Nossa, o que deu em você? — eu tenho que a tratar bem, senão é bem capaz de ela colocar veneno no meu café. — m*l dormi — ela resmunga. — Bom, isso dá para ver na sua cara — brinco, e recebo um olhar mortal. Fico em silêncio. — Não começa, Leon! — Você não quer me contar por que não dormiu? — Minha irmã teve pesadelos novamente — ela dá de ombros, como se fosse normal. — Nossa, ela deve ter passado por algo bem pesado mesmo! — Sim, as coisas para ela não foram fáceis. — Sua irmã deve ter assistido a algum filme de terror — brinco, querendo aliviar o clima, que de repente ficou tenso. — Quem dera! — ela diz, triste. — Você não quer me contar? Quando ela ia responder, as portas do elevador se abrem, e deixo a Vanessa sair primeiro. Ela segue para a copa, e vou também. Vanessa está muito quieta, e eu não quero forçá-la. E ali fico, observando-a fazer o café. Logo a máquina libera um aroma delicioso. — Eu quero café, Vane — peço, e ela toma um susto. — Meu Deus, homem, não me assuste assim, não! — ela diz, brava, colocando a mão no coração. — Desculpa, mas você está muito calada. — Me desculpa, eu estava perdida em meus pensamentos. — Fica tranquila. Ela agradece e logo está me servindo uma caneca de café. Do nada, diz: — Leon, minha irmã vai vir aqui hoje. — Sem problema — concordo com tudo, não quero a minha secretária chateada mesmo não sendo eu o culpado. Porque ela zangada ou chateada é uma coisa do demônio. — Que bom! — ela abre um sorriso, e fico aliviado que agora ela está mais tranquila. — E aí, pronta para o Natal? — Sim, em casa vai ser como todo ano, só que agora meu namorado vai passar com a gente. — Vane, posso te fazer uma pergunta? — questiono, meio receoso. — Ah, é claro. — Por que você nunca fala dos seus pais? — Bom, não sou mesmo de comentar, meus pais morreram alguns anos atrás em um acidente de avião, e ficamos a minha irmã e eu. — Nossa, eu não sabia — respondo, meio sem graça. — Fique tranquilo, aconteceu há alguns anos já. — Bom, vamos mudar de assunto, que hoje vou dar uma volta para ver como andam os chocolates. Você vem comigo? — Não, obrigada, já fiquei muito de papo-furado, e meu chefe, quando aparecer, vai me dar a maior bronca — ela brinca, piscando o olho. — Ah, ele é de boa! — respondo à brincadeira, e ela ri. Vou para a minha sala. Hoje é o dia de fazer verificação na fábrica, e para deixar uma boa aparência acabei vestindo um terno, sem gravata. Não estou a fim de morrer cozido, aliás, não vejo a hora de tudo acabar e ir para casa, o dia m*l começou e já estou cansado. Quando estou saindo para ir fazer a vistoria pela fábrica, o meu celular toca. Atendo sem nem ver quem era. — Alô? — Oi, meu amor, estou morrendo de saudades de você! — ouço a voz melosa da Laura. — O que você quer, Laura? — me arrependo de ter atendido à ligação e tiro o celular do ouvido. Olho para o número de chamada ativo e percebo que era restrito. Oh, merda. — Você não veio mais me ver! — ela se queixa. — Laura, a gente terminou. — Meu amor, você deve estar enganado, nós apenas tivemos uma pequena discussão. — Laura, você enlouqueceu? — É claro que não! — Pois para mim parece que sim! — Leon, como você pode falar assim com a mãe do seu filho? — ela diz, agora com voz de choro. — Que filho? Você não está grávida p***a nenhuma! — grito, perdendo a paciência. — É claro que estou! — Laura, você precisa se tratar, é sério! — Escuta o que vou te falar, se eu descobrir que você está me traindo, vou acabar com a sua raça — a p**a louca desliga na minha cara, e jogo o celular em cima da mesa. Percebo que a Vanessa está parada na porta do escritório. — Problemas? Eu sei que está estressado, mas precisa fazer a verificação na fábrica. — Obrigado, Vane! E assim foi o meu dia, que começou um desastre, resolvendo pepinos. As horas passaram tão rápido, que quando volto para a minha sala encontro uma bela jovem ruiva, e meu p*u resolve dar sinal de vida — e eu pensando que ele não iria mais ficar ereto depois das loucuras da Laura. Acho que me enganei. Ela estava conversando com a minha secretária, e fico imaginando quem seria aquela mulher. É quando a Vanessa me vê e diz: — Leon, venha conhecer a minha irmã! A sua irmã se vira, e naquele momento eu soube que estava encrencado: acabei de me apaixonar pela irmã da Vane, e de uma coisa eu já tenho certeza: ela logo será minha!
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