Era dia, eu havia passado a noite acordada, estava triste, sentia que havia perdido o Henrique para sempre. Meu rosto estava inchado de tanto que havia chorado. A tia Carla bateu à minha porta: — Posso entrar, minha menina? Eu havia pedido para que ninguém entrasse no meu quarto naquela noite, não havia comido nada e meu estômago doía, eu não sabia se de fome ou de tristeza. Mantive o silêncio no quarto para que ela entendesse que precisava de mais tempo. Mas ela não atendeu ao meu pedido e entrou no quarto: — Estamos preocupados, desde ontem não falamos com você, só ouvimos seu choro, o que aconteceu? Achei que o Henrique dormiria aqui! A tia Carla também achava que eu estava pronta para me entregar a ele. Ela foi se aproximando de mim e trazia uma bandeja com meu café da manhã, como