Seja Minha. - II TEMPORADA

Capítulo 6

Kendell Blande.

Neste preciso momento a minha pessoa está com a babá eletrônica na mão, andando de um lado para o outro no quarto master, porque estou inquieta.

O Loan, foi para o monstral dele com escolta depois de jantar e de tratar algumas coisas com o Senhor Leão.

Parece que estamos à competir segurança com a Rainha Elizabeth de tanto segurança e agente que chegou aqui, às crianças graças à Deus estão dormindo já, porque como a Globo não me contratou ainda, não posso ficar pagando de actriz por muito tempo.

E adivinha só, o sono sequer vem para mim. Nem eu quero que venha...

Vai que quando estou pregando o olho, o psicopata do Chris entra e leva os meus gostosos.

Santa das maluquinhas, não permita.

- Kendell, assim você provocará um buraco no chão. - o Liam diz me observando.

O homem está aí, todo gregado, sem camisa, na cama, mexendo no Ipad, relaxado... como pode?

Bem, relaxado eu sei que ele não está, mas como pode estar tão calmo.

- Como se fosse possível. - respondo continuando a minha caminhada anti-stress.

Anti-stress.

Achei chique!

- A mansão em si tem sistema de segurança autônoma e ainda tem o triplo de seguranças dentro e fora daqui, tenta relaxar. - o chefinho diz e eu suspiro, é talvez eu esteja um pouco paranóica mesmo. - Vem cá. - ele diz e eu vou até ele na cama master, quando meu celular toca outra vez, me provocando um ataque cardíaco mental.

Sim, ataque cardíaco mental...

Não me julguem eu sei o que eu quis dizer e vocês façam de conta que também.

- Socorro! - balbuceio assustada com a mão no peito. E o Liam ri.

- É a Jenny, amor. - ele diz rindo da minha cara, me passando o celular.

Risada gostosa essa.

- Oi Jenny. - falo deixando o celular no viva-voz.

- Está dormindo? - ela questiona.

- Se ela estivesse, você a teria acordado, sabe disso né, irmãzinha? - o Liam questiona olhando seja lá o que for naquela geringonça.

- Para de ser intrometido, Liam. - ela responde. - Como estão aí? Às crianças? - ela questiona.

- Não desconfiam de nada e estão bem, graças à Deus. E vocês? - questiono indo pegar aqueles chocolates que a secretaria do Liam me deu, para ver se acalma né.

Aprendi na novela, não me julguem.

Também estou cheia de vontade.

- Bem também, graças à Deus. - quando ela fala, batem na porta, o que me faz exasperadamente saltar para cima dos braços fortes do Liam.

- É o TJ, amor. - ele diz me dando um beijo na testa. - Calma. - ele diz indo até a porta.

Oh santas maluquinhas, vosso nome vai mudar para santas da demência.

- Quem é? - ela questiona.

- O TJ. - a respondo me deitando na cama.

Chris Willer.

- Finalmente. - ela fala. - Nossa, você está imundo. - diz me encarando de cima abaixo com uma careta ridícula, assim que entro em seu carro. - E m*l cheiroso. - ela conclui me fazendo revirar os olhos.

- Passar por debaixo da terra e canos de drenagem, não te deixam a cheirar à orquídeas e muito menos limpo por purpurina, senhorita. - a respondo sarcástico, e ela revira os olhos.

- Vamos logo, que tudo o que eu menos quero é ir a prisão, ainda mais acompanhada por você para manchar a minha reputação. - ela diz dando partida no meio da floresta.

Oh, minha Kendell! Brevemente será minha outra vez.

Kendell Blande.

Agora estou numa vídeo chamada com a sogrinha e a Jenny, enquanto o Liam não retorna ao quarto.

- Tome os calmantes. - a sogrinha aconselha.

- Já tomei, os seus dois filhos quase me fizeram engolir o frasco inteiro. - respondo e elas riem. - Já estou ficando até anestesiada, mas tenho que ver às pestinhas. -falo já mesmo com as pálpebras pesadas.

- Calma querida. - o sogrão diz, enquanto finalmente o abençoado da beleza gregastica entra no quarto master.

Gente, ele é meu esposo!

Que chique!

Também acho.

- Quem é? - a sogrinha questiona.

- O Liam. - respondo, encarando ele que fazia seu coque despojado masculino na cabeça, exibindo todo o seu peitoral atrativo.

Isso deve ser pecado.

- Filho, tudo bem? - a sogrinha questiona, enquanto ele se deita do meu lado.

- Estaria, se vocês nos deixassem descansar, dona Karine. - ele responde me puxando para ele, me provocando arrepios indecentes.

Culpem os meus hormônios. Eles andam loucos desde a gravidez.

Não sou eu, eu sou séria, vocês sabem.

- Para de ser chiliquento Liam. - a Jenny goza me fazendo rir.

- O papai anda reclamando de maus tratos, essa é uma boa hora para compensar isso, ao invés de ficar querendo fofocar. - ele provoca a mãe, nos fazendo rir.

- O seu pai é que não aguenta. - ela diz e eu nunca vou me habituar com isso na minha vida.

- Dúvido. - ele responde rindo junto com o pai. - E precisamos conversar papai. - ele avisa para o sogrão.

- Já sei do que se trata, o Loan já actualizou-me. - ele diz e só pode ser referente à... - Eu não sei o que ele tem na cabeça para colocar a Alicia nesse projecto e ainda mais nessa fase. - o sogrão diz.

E oh, eu não sei de nada mas concordo plenamente!

E agora estou feliz por saber mesmo que ela é a intrusa e eu um pouco envergonhada por toda aquela discussão.

Envergonhada nada, a culpa foi da TPM.

- Mas o que tem de m*l? - a Karine questiona e faltou pouco para eu revirar os olhos.

- A Alicia trabalhando? Com vocês? - a Jenny questiona incrédula. - Ela alguma vez trabalhou? - ela questiona e ah...

Mentes conectadas...

- Bem, falamos disso amanhã. Boa noite. - o Liam os despede.

- Mas já? - a Karine reclama.

- Já, alguns cumprem com os seus deveres, mãe. - ele provoca, me fazendo o bater enquanto eles riem.

Inconveniente.

- Me respeita Liam, que fui eu quem te pariu. E seu pai está de castigo por ficar falando essas coisas, é por isso não há nada. - ela diz nos fazendo rir. Meu Deus! - Boa noite, meus anjos. Fiquem seguros e na graça de Deus. - eles dizem e nos despedimos.

Eu me viro para deixar o celular encima da cabeceira, a babá eletrônica dorme comigo ao meu lado.

- O que você estava falando com o TJ? - o questiono curiosa. - E me conta a verdade. - aviso séria e ele solta um riso de derreter corações.

- Você de TPM, fica pior que a Kendell nos padrões já considerados anormais. - ele goza, e ainda ri da careta que eu fiz para ele.

- Liam, conta logo. - eu falo até já bocejando e ele me aninha mais a ele.

Faz isso não, que me deixa mais psicopata que o Chris e o Gregory juntos.

- O Chris aparentemente tem ajuda de alguém que seja influente. - ele explica. - É visível que nem ele, o plano, e a ajuda de outros prisioneiros o levaria tão longe. - ele diz e suspiro.

- Isso quer dizer que nada do Chris? - questiono retoricamente.

- Nada. Não é a palavra. - ele diz e me encara com aqueles seus olhos azuis de predador. - Eu não gostaria nunca de ter de fazer essa questão. - ele diz e eu assinto o incentivando à fazer.

- Quando ele... - oh, não tem como arranjar palavra bonita agora não, Senhor Leão.

- Quando ele me usou como mercadoria, quando ele me comprou... - completo para ele que faz uma careta de frustração e suspira.

- Você nunca viu possíveis traficantes perigosos, digamos que até poderosos, que estejam a compactuar com a fuga dele? - ele questiona ainda me observando minuciosamente e eu suspiro, eu odeio cada lembrança que tenho daquela época com todas às minhas forças.

- Não exactamente. - eu o respondo. - Quando ele e os idiotas dos capangas dele me levaram até a mansão dele que ficava bem distante da minha casa lá, foi numa noite e eu nunca tinha me envolvido com ele, sequer só de ver com quem ele falava e deixava de ter contacto. - conto.

- Aí, quando o psicopata me "comprou", eu era que nem aquela boneca da Kelly, a...

- Rapunzel. - ele diz.

- Isso. - afirmo. - Na verdade eu me trancava no quarto que era para ele não fazer nada e bem, não deu muito certo, como você sabe. - digo.

- Eu vivia mais no quarto ou sendo rastejada à p*****a, por isso nunca vi muito das pessoas e negócios dele, para além das drogas, armas e capangas. - respondo. - Mas tinham vezes que vinham uns carros assim de gente ricassa como os seus lá, mas nunca vi e nem ouvi nada que seja importante nesta situação. - o respondo e posso ver a face de raiva dele agora.

- Certo. - ele diz depois de um suspiro. - Então é algum inimigo nosso, e não um amigo dele que o está ajudar a escapar. - ele conclui em análise rápida.

Mas quem?

•••

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