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Nas Terras do Alpha - Vol.2

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intro-logo
Blurb

Tentando dar continuidade a sua vida, Stella se vê de volta a sua casa, sentindo não estar mais na sua verdadeira casa. Havia coisas estranhas acontecendo, e sobreviver aquele acidente não fora algo normal. Ela tinha sonhos e nele, um homem ocupava sua bela visão. Tudo tornou-se ainda mais confuso, quando este homem provou ser real.

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Prólogo
Estiquei os braços para o céu, enquanto eu via com grande visibilidade um raio esticar, o azul se partiu e o manto azul claro mostrava uma f***a de estrelas e uma outra noite por trás. Segundos antes do meu corpo encostar nas pedras frias, eu aceitei a transição e a mudança de plano, dessa vez, totalmente consciente. Um tremor tomou o meu corpo e meus olhos foram obrigados a fechar. Recobrei os sentidos, ou pelo menos foi isso que pensei quando voltei a ter visão. Senti meu peito doer, minha garganta queimar e um sufocamento me tomar. Abri meus olhos com o susto da sensação e me deparei com o azul escuro da água, o frio tomando o meu corpo e o líquido penetrando os meus pulmões. Eu caí no meio do Atlântico. O mar me mataria afogada, mas meu corpo, por alguma força maior, submergiu. E dessa vez, não era um sonho… — Cs7 na escuta? — a voz se repetia de novo em minha cabeça. Um vento forte e frio tomou o meu corpo, alguma coisa me puxava, mas minha vista era um fosco embaçado. Eu fechei os olhos, ouvindo o que parecia um… helicóptero? Não há helicópteros na ilha… Por que dessa vez não é um sonho? Eu quero acordar, quero ver o rosto do meu filho, quero ver Malekith, esquecer Yôla e… — Ela está viva! Tem pulso! Pegue a manta térmica! — alguma voz ordenou, enquanto alguém fazia alguma coisa comigo. O barulho era ensurdecedor, meu peito ardia, o frio me matava aos poucos e eu tinha os olhos abertos, sem nem ao menos enxergar nada. Falaram muitas coisas, mas eram palavras balbuciadas, meus ouvidos estavam tampados. Eu não conseguia responder, presa e perdida em dois mundos, dentro da minha cabeça. Eu queria ver ele, mas sabia que aqui ele não existia. O que foi mesmo que fiz? O que foi mesmo que aconteceu? — É um milagre! — ouvi uma voz — Isso vai sair em todos os jornais! Jornais? Não tem jornais na ilha… Tem penicos, livros de couro surrados, tem Lobos, filhotes… — Ela está perdendo a consciência! — gritou uma voz — Não deixe ela apagar! Não deixei! O quão podia ser fantasioso o seu final feliz? Eu fiquei me perguntando se eu estava sonhando alguma coisa. Malekith era um sonho? O Avião? Minha antiga vida era real? “Uma espada bateu contra o duro de uma rocha, e numa coreografia perfeita, Malekith a girou recitando palavras que eu não conseguia entender e com a força de sua vontade ele a apontou para um céu raivoso, escuro e denso. O Raio furioso se concentrou no topo de um redemoinho entre as nuvens, criou força e atingiu a ponta da espada apontada para cima. O homem lobo aceitou o baque com fúria, berrou com a intensidade do choque e olhou para o espaço do céu aberto. Ele atravessou o plano, deixou rastros de fogo na pedra alta e me fez ouvir tua voz. — Não haverá mundo capaz de separá-la de mim, fêmea!” Eu abri meus olhos, respirei fundo e percebi o quanto eu estava suando frio. — Ah, meu Deus! — olhei para o lado e via a mulher se emocionar — Alguém chame os médicos! Ela acordou! Eu estava confusa, olhava para o “beep” dos aparelhos e vi a mulher passar a mão em minha testa. Quem é ela e aonde eu estou? — Stella! Stella! — havia uma rapaz, um belo rapaz que, por algum motivo, me beijou, sorriu e depois chorou — Amor, você acordou! Porque ele não se parecia com ele? Não… Tinha alguma coisa errada com a minha cabeça. Quem era esse povo? Porque eu estou procurando por algo que sei que não está aqui. Mas alguma coisa me chamou a atenção, e eu ouvi a sua voz. Sim, eu ouvi a voz, a voz dos meus sonhos… Olhei para o lado e pude jurar que ouvi. “— Não haverá mundo capaz de separá-la de mim, fêmea!” — Malekith! — gritei, tentei me levantar, senti a adrenalina do peito explodir e me lembrei — Zeus! Me levem de volta! Me tirem daqui! Se assustaram, me seguraram e eu me debati. Gritei alucinadamente por nomes que ninguém ali conhecia, por uma vida que só eu presenciei. Eu berrei, senti alguns corpos me segurarem, uma luz dourada invadir os meus olhos e eu apenas gritar pelo meu retorno. O Médico me falava alguma coisa, mas eu não conseguia ouvir e nem entender. Aos poucos senti a adrenalina do corpo sumir, a mente se desligar e alguém falar sobre confusões mentais e pós trauma. Inferno, não havia confusões e nem pós trauma! “— Não haverá mundo capaz de separá-la de mim, fêmea!” Eu só pedi que sua voz fosse real. Sedada, na cama do hospital, só me restava esperar. Só esperava acreditar que nosso amor foi tão forte e real, quanto o plano que dividia nossos mundos. Me encontre Malekith, e me leve pra casa!

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