Dois

3929 Words
Durante todo o trajeto da minha cidade natal até Teresina, local onde meu pai havia acabado de fechar contrato para um novo trabalho, eu ia me perguntando que novas surpresas o destino iria me preparar, era uma nova cidade, uma nova fase, uma nova vida. O novo emprego do meu pai não seria lá essas grandes coisas, ele vai ganhar apenas um pouco a mais do que ganhava em Picos, mas como fechou contrato por cinco anos, ele teria a certeza de uma estabilidade garantida para toda a família. Assim que chegamos na nossa nova casa, minha mãe já foi começando a brigar, a casa que o papai alugou, era um pouco menor do que a nossa moradia antiga, e eu teria que dividir o quarto com a minha irmã Laís. – Como é que você tira a gente de um buraco para nos colocar em outro pior? - resmungou minha mãe. – Pelo menos aqui eu não ficarei desempregado! - respondeu meu pai rritado. – Mãe, não tem problema! Laís e eu ficamos no quarto menor e dormimos na mesma cama! - tentei apaziguar a situação, não queria ver meus pais discutindo. – Não irei aguentar isso por muito tempo! Amanhã mesmo eu irei procurar casas para faxinar e já procurar fixar alguns clientes! E você vem comigo Laís! - disse puxando minha irmã pela mão. – Eu também vou.... – Negativo Taís! Eu tenho outros planos pra você! - Minha mãe disse enquanto pegava minha irmã pela mão levado para ajudá-la. Minha mãe almejava um grande futuro pra mim! Ela queria que eu me casasse com algum milionário, ou seja, dar o golpe do baú e segundo ela, salvar toda a família da pobreza. Ela sempre me enchia o saco falando sobre essas coisas pra mim, queria me obrigar a ter uma vida que eu não queria, ao lado de alguém que provavelmente eu não amaria, somente por causa do dinheiro. – Minha família não era tão rica, mas era de classe média! Eu fui criada dentro dos bons costumes, por isso sou tão refinada! - Eu podia repetir de cor o discurso que minha mãe fazia todas as noites ao pé da minha cama, ela sempre ia todas as noites e repetia tudo novamente. – Mas em vez de me casar com um rapaz rico que gostava de mim, eu preferi o derrotado do seu pai! - dizia sempre reclamado de meu pai. – Mãe, eu estou muito cansada por causa da mudança! Eu quero dormir! - estava exausta por causa da viagem. – É bom que você fique acordada e entenda o quão é cansativo a vida de quem só trabalha e trabalha! Você é linda que nem eu era! E eu não vou deixar você cometer os mesmos erros que eu! - sempre queixando-se, chegava a ser insuportável. – Eu quero fazer faculdade! - Este era o meu sonho, estudar e ser independente. – Nós não temos dinheiro pra isso minha filha! E você não pode perder tempo estudando! Você tem que sair! Ir às festas, bares, academia, lugares onde encontrará possíveis pretendentes! - Dei um suspiro de frustração! Minha mãe não se cansava de falar sempre a mesma coisa. – Você não nasceu com esse corpo perfeito, essa pele maravilhosa e esses olhos azuis por nada Taís! Você era a garota mais linda de Picos, agora é a garota mais linda de Teresina! A Laís, se quiser, pode estudar para entrar em uma faculdade! - Mamãe não cansava de tentar me convencer de seus ideais distorcidos. Minha irmã revirou os olhos e se virou para o outro lado da cama, ela também era obrigada a ouvir os discursos da minha mãe já que dormia comigo, e para ela devia ser terrível ouvir que a irmã era simplesmente perfeita e maravilhosa e que ela era bonitinha mas era diferente da irmã mais velha. Eu acho a minha irmã muito linda, e o fato dela não ter esses p****s e essa b***a exagerada que eu tenho, e que na maioria das vezes até me incomoda, não a torna menos bonita do que eu. E por falar a verdade! Eu sentia inveja da Laís! Ela tinha a liberdade de fazer e escolher ser da vida o que quisesse! Eu por outro lado tinha que carregar o fardo de levar uma galinha de ovos de ouro para a minha mãe. – Toma esse dinheiro! - Minha mãe pegou um dinheiro rápido do bolso e me entregou como se tivesse fazendo uma traquinagem. – Mãe! Se a senhora tem dinheiro guardado porque não ajudou o papai a comprar o gás? - Perguntei incrédula! – Esse dinheiro é pra você ir no salão amanhã! Vai fazer as unhas, maquiagem e hidratar os cabelos! - Não estava acreditando no que ouvia! – Eu posso ir também? - Questionou a Laís, que com certeza também queria esses mimos de minha mãe. – Já disse que você vai me ajudar a fazer faxina! - Esbravejou. - Laís novamente revirou os olhos e jogou a cabeça de uma vez no travesseiro, demonstrando toda a sua frustração. – Mãe, eu não posso aceitar! - disse estendendo o dinheiro para lhe devolver. – Já chega disso Taís! Amanhã você vai fazer o que te falei! - ela disse de maneira autoritária e saiu do quarto logo após, deixando duas irmãs irritadas e frustradas por motivos iguais e ao mesmo tempo diferentes. – Taís, porque você não faz o exame nacional do ensino médio? Conseguindo uma boa nota você consegue entrar em uma faculdade, sem que o papai precise pagar! - Laís cochichou uma grande idéia que me deixou entusiasmada. – Você acha que eu consigo passar? - Será que eu era capaz, me peguei pensando. – Você estuda todas as noites quando a mamãe for dormir, mas não esquece, as inscrições já começaram! - me alertou. – Eu preciso dormir bem todas as noites! A mamãe não gosta que eu fique com olheiras! - Me lembrei das regras impostas por ela. – Taís a mamãe faz de você gato e sapato porque você permite! Já pensou se ela arruma um velho rico e babão pra jogar em cima de você? - Eu quase desmaiei com a ideia aterrorizante que Laís cogitou. – Tá Laís! Eu vou estudar todas as noites! - Ela me convenceu, agradeci abraçando minha irmã. E assim eu fiz todas as noites durante dois meses! Um tempo curto, comparado com outros estudantes que se preservam por muito mais tempo, mas eu dei o melhor de mim nos estudos e me esforcei bastante Nesse meio tempo eu também tive que me desdobrar para conciliar meus estudos e fazer as vontades da minha mãe, que era ir para vários pontos onde supostamente eu encontraria pretendentes ricos. E de fato os encontrava! Homens nojentos e asquerosos que ficavam me encarando como se eu fosse um pedaço de carne, minha mãe não sabe, mas eu me esquivei de várias investidas indesejadas durante os últimos tempos. Por fim eu fiz o provão e consegui pontos o suficiente para entrar na faculdade de Gastronomia, eu sempre amei cozinhar, e ser uma grande chefe de cozinha era o que eu queria para o meu futuro. Eu fiquei muito feliz e reuni toda minha coragem e fui dar a notícia para os meus pais, afinal eu havia conseguido entrar por mérito próprio em uma das faculdades mais caras de Konoha, meus pais deveriam ficar orgulhosos de mim. – O que? Garota, você não fez isso?! - ouvi minha mãe gritando enfurecida. Foi a primeira reação da minha mãe assim que eu contei para todos a novidade. – Filha gastronomia? Porque você não escolheu direito ou contábeis? - ouvi meu pai perguntando confuso. – Você ainda dá apoio, Cézar? Ela não vai enfiar a cara nos livros e esquecer do que ela tem que fazer! Você não vai pra faculdade! - berrou em minha direção. – Ela vai sim! - Laís retrucou gritando, um grito maior que o da minha mãe e todos olharam pasmos para ela, minha irmã sempre foi assim, eu queria ter metade da coragem e da força dela. – Na faculdade que a Taís foi aceita tá cheia de garotos ricos! - agora tinha entendido a estratégia de minha irmã. Minha mãe mudou sua expressão de raiva para diabólica. – Acho que um curso que ensina a mexer com comida não se precisa perder muito tempo estudando! Quando começam essas aulas? - investigou minha mãe com todas as más intenções. – Semana que vem! - Respondi rápido sem conseguir esconder minha empolgação, meu sonho agora seria real, eu iria mesmo para a faculdade. – Vou fazer umas pregas no cós da sua calça para deixar seu bumbum ainda mais empinado - disse a minha mãe, percebi que o sonho de minha mãe continuavam os mesmos, apenas haviam mudado, e eu agora iria procurar novos pretendentes para dar o golpe do baú na faculdade, mas pelo menos eu iria estudar, o que me fez transbordar de felicidade. (...) Esse foi todo o caminho que eu tive que trilhar até conseguir entrar na faculdade! No meu primeiro dia de aula eu estava muito animada e nervosa, não sabia se o concerto que minha mãe fez na minha calça jeans havia funcionado, mas assim que entrei no campus todos os olhares foram direcionados para mim, se eu já não fosse acostumada a chamar tanta atenção assim, talvez eu ficasse com vergonha, mas essas expressões de interesse e desejo são bastante familiares para mim, e também bastante entediantes. Descobri que iria dividir dormitório com uma garota chamada Bruna, uma loira linda de olhos verdes que mais parece uma Barbie, ela é super alegre e bem patricinha, ela também me tratou super bem e agora eu, ela e a Mila, sua amiga de infância, não nos desgrudamos nem um minuto e viramos "Best Friend's". – Taís! - ouvi minha amiga Mila me chamando. – Amigaaaa! Você tem que ir com a gente na festa hoje! - logo após chegou Bruna como sempre alegre. Encontrei as duas garotas fazendo maquiagem uma na outra assim que abro a porta do dormitório, já fazia um mês que estava frequentando a faculdade. – Acabei de sair da aula! Estou morta de cansaço! - fingi não ouvir o que dissera, e me joguei na cama exausta. – Não amiga! Eu não aceito não como resposta! Você fez isso o mês inteiro! Ainda não foi nenhuma balada desde que entrou na facul! - disse Bruna contrariada. – Não quero saber de balada! Meu objetivo é focar nos meus estudos! - Elas não entendiam que eu não queria arranjar ninguém para minha vida. – Ah! Qual é Taís! Você tem que se animar mais! Como é que alguém com um corpão desses só pensa em se esconder?! - Questionou Mila. – Todos os garotos estão loucos por você Taís! Você tem noção do quanto você é gostosa? - disse Bruna diz me pressionando. – Assim como vocês! - Disse, tentando fazer com que o assunto não tivesse enfoque em mim. – Quem dera eu tivesse esses melões que você tem! A sua beleza é fora do comum Taís! - m*l sabiam elas que isso só me deixava mais constrangida e não queria sair, de tanto que minha mãe exaltava meu corpo. – Por favor amiga! Vamos só hoje? Eu nunca te pedi nada! - A loira me pediu com tanta doçura que foi impossível dizer não, desde o primeiro dia em que entrei na facul elas duas me trataram bem, e apesar de serem riquíssimas nunca me desrespeitaram por não ter a mesma posição social que elas tinham. – Tudo bem! - respondi convencida. Bruna e Mila ficaram eufóricas! A loira já foi pegando um vestido dela, que segundo a mesma nunca lhe caíra bem, mas que em mim ficaria perfeito. E o pior é que ela estava certa! O vestido colado valorizava bastante meu decote e a minha cintura, além de empinar o meu bumbum e deixar metade das minhas coxas a mostra, se minha mãe estivesse aqui neste momento com certeza daria pulinhos de alegria. Depois de uma maquiagem bem feita pelas meninas e uma escovada no meu cabelo enorme e bem hidratado, eu já me encontrava pronta para ir à festa. Assim que entramos na enorme mansão da irmandade dos Zac's todo mundo começou a olhar pra mim, e eu devo confessar que daquela vez esses olhares não me incomodaram porque a quantidade de garotos lindos naquela festa era enorme. As meninas me puxaram para o meio da sala e nós começamos a dançar, eu sentia todos os olhares pra mim, mas tinha um que me queimava intensamente, e eu não conseguia parar de olhar pra ele, ele era muito lindo, a pele branquinha, o cabelo preto estilo emo, e os olhos tão pretos quanto duas jabuticabas, ele me encarava e algumas vezes sorria durante os intervalos em que dava goles em sua bebida. – Amiga disfarça! Mas o Silas não para de olhar pra você! - Mila me alertou. – Ele tem a maior cara de bad boy! - eu disse, seu olhar me fazia sentir arrepios. – E é mesmo! Passa o rodo em geral aqui na faculdade! - falou a loira entregando as sujeiras do bad boy. – É de alguém assim que eu devo ficar longe! - afirmei. – Relaxa que ninguém aqui hoje vai pegar ninguém! Apenas curtir! - E lá se foi a loira direto para a pista de dança. – Diga isso por você! Olha só quem acabou de chegar! - A garota apontou para o senhor Rodrigues, não era segredo pra ninguém que ela andava se pegando com o professor mais charmoso da faculdade, e depois de alguns minutos se encarando, os dois trocaram algumas mensagens no celular e num piscar de olhos nossa amiga rosada desapareceu, deixando eu e a Bruna sozinhas na pista de dança. – Eu vou procurar alguma coisa pra beber! - Avisei para a Bruna e depois fui direto para a cozinha, e lá mesmo tomei um refresco, estava com muita sede. Enquanto estava encostada no balcão, alguns garotos tentaram se aproximar, e eu saí educadamente de perto de todos, a festa estava cheia de riquinhos de merda no qual minha mãe adoraria ver eu me relacionando. E foi por isso que eu ignorei todos e voltei para a sala! "Eu não vou dar o golpe em ninguém! Eu não irei ouvir ninguém me chamando de interesseira! Eu irei estudar e conseguir meu próprio dinheiro, para ajudar a minha família com meus próprios esforços" - Esses eram meus pensamentos, e continuam sendo até hoje, conquistar algum garoto naquela festa, para mim estava fora de cogitação. – Taís vem cá! - Bruna me chamou na entrada da mansão, ela já estava de mãos dadas com um garoto moreno, muito bonito, e ao lado deles estava o Silas, o garoto que estava me encarando mais cedo. – Voltei amiga! - disse sem olhar para o moreno. – Achei que tinha sido sequestrada por algum desses garotos que estão te secando! - Bruna era muito brincalhona. – Bem que eles tentaram! - Respondi e nós gargalhamos, a todo momento eu sentia o olhar do Silas em mim, mas procurava disfarçar. – Amiga deixa eu te apresentar! Esses são o Dudu e o Silas! Os dois pegaram na minha mão e me deram beijos no rosto, depois ficamos algum tempo conversando, quer dizer, a Bruna ficou conversando, na verdade eu não estava me sentindo muito bem na presença daqueles garotos, já a Bruna, conversava abertamente com eles e depois de algumas bebidas a mais e algumas palavras em sua orelha, a loira acabou subindo as escadas com o Dudu, e me deixou sozinha com o Silas. – Você parece estar cansada da festa! Quer ir a um lugar mais tranquilo para tomar um ar? - O moreno me convidou me olhando intensamente. Olhei em seus olhos e fiquei muda, o garoto mais popular da faculdade estava conversando comigo e claramente dando em cima de mim, e eu simplesmente fiquei calada, sem conseguir soltar nenhuma palavra. – Você é tímida né? - Me perguntou sorrindo ladino. Não respondi e saí apressada da festa direto pro campus, fiquei tão estarrecida que deixei o garoto falando sozinho, eu estava sempre tão acostumada a dar foras em garotos, mas com o Silas foi diferente, talvez porque com ele eu não quisesse dar um chega pra lá, talvez eu quisesse algo com esse garoto e por isso eu fiquei muito confusa e não soube lidar com isso, e foi com esses pensamentos que eu fui dormir depois de muito tempo após ter chego no dormitório. (...) Depois de um fim de semana todo mergulhada nos livros, esqueci completamente o acontecido da festa e voltei a minha rotina normal na faculdade, eu já estava decisiva, nada de festas, nada de homens ricos, meu foco era apenas os estudos e nada mais. De repente meu celular começou a tocar no meio da aula, pedi licença para sair, e quando cheguei no corredor percebi que era um número desconhecido, achei estranho mas mesmo assim eu atendi. - Alô! - Oi Taís! Aqui é o Silas! O garoto que você deixou falando sozinho na festa! - O… oi! - estava meio sem graça. - Você deve estar achando estranho né? Mas foi a Bruna que me passou o seu contato! Eu gostaria de te chamar pra conversar! Sabe, com mais calma, mais tranquilidade! - A… acho que, tudo bem! Eu realmente fiquei surpresa com aquela ligação! O que aquele garoto queria comigo? Ele tinha todas as garotas da faculdade aos pés dele, será que eu deveria me sentir preocupada ou lisonjeada? Inúmeros pensamentos se passavam pela minha cabeça, mas eu não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Nós combinamos de nos encontrar à noite, na pracinha do campus, quando eu cheguei ele já se encontrava no local, estava sentado na grama e tocava violão, era uma música calma e romântica, e muito bonita também. Ele me viu e me deu espaço pra sentar ao lado dele, mas não disse nada, continuou a tocar o violão. – Você luta por seus sonhos Taís? - me perguntou. – Na medida que posso eu luto sim! - respondi. – Eu não! Eu queria ser músico! Mas para impressionar o meu pai estou na faculdade de direito! - Me confidenciou, seu olhar era enigmático. – Você acha que está fazendo a coisa certa? - Eu queria saber mais sobre a vida dele, então perguntei. – Ter a atenção do meu pai também é o meu sonho! Eu meio que estou na luta ainda! - Ele falava um pouco tristonho e ali eu tive a visão de outro Silas, uma visão que as outras garotas não tinham, uma visão que aparentemente ele estava apenas mostrando pra mim, e eu me senti única por causa disso. – Vocês é mesmo muito linda Taís! É a garota mais linda que eu já vi! Você me deixou impressionado! - Ele disse olhando no fundo dos meus olhos e me fez derreter – Eu posso te dar um beijo? – Sim… - Aquele momento com o Silas foi muito bom, depois disso nós nos encontramos várias vezes e eu sentia que estava cada vez mais apaixonada, então depois de duas semanas que nós estávamos ficando o Silas me convidou para ir ao apartamento dele e lá ele colocou um anel de compromisso em meu dedo e me pediu em namoro, depois do momento em que eu o aceitei, nós tivemos a nossa primeira noite de amor, um pouco grossa e rápida demais, mas pra mim estava tudo bem, era nossa primeira vez e eu não iria cobrar nada dele. Depois de um mês de namoro, quando eu já tinha a certeza de que gostava dele, levei o Silas para conhecer minha família, é claro que minha mãe amou ele de cara, era gentil, educado, e podre de rico. Meu pai também gostou bastante do jeito educado dele, e a Laís ficou encantada com a sua gentileza. Por fim! Eu fiquei feliz em saber que minha família estava apoiando o meu namoro, isso para mim era muito importante, e como eu conheci o Silas na faculdade, minha mãe não implicava mais com meus estudos. – Quando eu irei conhecer a sua família? - Perguntei assim que desci da sua moto, ele tinha acabado de me deixar em frente a faculdade. – Não acho muito necessário! Aliás você não vai ver nada demais por lá! Apenas o meu irmão que é retardado! - Estranhei sua resposta. – Você tem um irmão que é doente mental? - Questionei. – Ele é doido de pedra! Se eu levar você lá com certeza ele vai querer avançar em você! Rasgar sua roupa, te morder, sabe, esses doidos tem uma força descomunal! – Misericórdia! - respondi assustada. – Pois é! Ele baba o tempo todo! Você vai ficar com nojo! Mas … princesa, essa saia está muito curta! Eu tenho ciúmes amor! - Disse, percebi que ele quis cortar o assunto. Naquele momento eu fiquei toda boba em saber que ele sentia ciúmes de mim. – Ciúmes? - Perguntei me sentindo poderosa. – Sim! Não veste mais essa roupa não linda! Ok? - Ele me respondeu, mais parecia uma ordem. – Essa é uma das minhas roupas favoritas! - Resmunguei. – Gatinha eu não posso aceitar que os outros caras olhem para o que é meu! Você não é qualquer uma! Você é a minha namorada! Aquela revelação fez meu coração palpitar. – Eu tenho outras roupas maiores! - Rapidamente mudei de idéia. O moreno dá um sorriso de orelha a orelha e depois me abraça. – Vai ficar mais linda do que já é! Vista uma roupa bem comportada na festa de hoje tá bom? - O moreno dá um sorriso de orelha a orelha e depois me abraça. Concordei, logo depois ele me deixou em frente ao meu dormitório e voltou para o seu apartamento. Assim que entrei me deparei com a Mila e a Bruna, elas estavam se maquiando, com certeza estavam se preparando para a festa. – Nossa! Quem é vivo sempre aparece! - Falou a Bruna emburrada. – Amiga, você agora parece uma turista aqui no dormitório! - Disse a Mila, parecia preocupada comigo. – Ando muito ocupada ultimamente! - Respondi irritada, mas que tanto me faziam perguntas? – Com as aulas é que não é! - Vi que Bruna estava tentando me dar um sermão – Eu vi que você ficou retida em duas matérias Taís! O que está acontecendo? – Está muito difícil conciliar as aulas e… - tentei me explicar. – É por causa do seu namorado né? Por Favor né Taís? Você não é assim! Sem contar que… - Mila interrompeu o que ia falar. – Que o quê? - Questionei. – Mila! Melhor não! - Bruna estava me escondendo algo, assim como a Mila. – Melhor sim! Se vocês estiverem escondendo alguma coisa de mim! É melhor me falarem! Eu pensei que fôssemos amigas! - Olhei para as duas pressionando-as. – Na sexta passada! Quando você foi passar o fim de semana com seus pais e… - Percebi que ela estava relutante em me dizer. – Mila conta logo! - Gritei perdendo totalmente minha paciência, se elas estavam me escondendo alguma coisa, eu tinha todo o direito de saber. – A gente viu o Silas beijando uma garota! - Revelou a Bruna.
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