Capítulo 7

1151 Words
Noah Estou no trabalho, sai de casa cedo hoje para chegar no horário na empresa, subi para minha mesa e liguei meu pc. Débora ainda não chegou enquanto isso eu vou fazendo o formulário para a reunião que está marcada. - Olá, bom dia como está? - disse ela me comprimentando. - Bom dia, Débora estou bem. - respondi tentando demonstrar felicidade. - Que bom, e como estão as coisas na sua casa? - Achei que estava sabendo. - digo a ela. - Sabendo de que? - Meu pai me colocou pra fora de casa. - Que? Como ele foi capaz disso? - disse ela indignada. - Não sei. - E onde está morando? - disse ela com um olhar diferente no rosto. - Dona Neuza me hospedou na casa dela. - Essa senhora é um anjo em sua vida. - Sim, uma segunda mãe. - Qualquer coisa que precisar me avise. - Estou ótimo, obrigado por se preocupar. Quando a hora do almoço chegou, fui até uma lanchonete e pedi um prato de lasanha e um suco. Meu celular tocou e vi que dona Neuza me ligava, achei estranho e atendi achando que algo está acontecendo. - Oi, meu filho estou atrapalhando? - Oi, dona Neuza estou em horário de almoço. - Quero falar algo contigo. - Pode me dizer. - digo curioso. - Falei com a minha filha que mora no morro que te falei. - E o que ela disse? - Que está precisando de companhia. - Que ótimo, diga a ela que irei nesse fim de semana para lá. - Pode deixar, digo sim. Desligamos e voltei para a empresa, decidi ir embora para da um novo rumo em minha vida não quero escutar humilhações todas as vezes que saio de casa, o que mais me dói e escutar isso da boca de meu pai. - Noah? - Débora me chamou. - Sim? - Nosso jantar de hoje a noite está de pé? - Está sim. - Passo lá às oito horas. - Ok. Preciso pensar em uma forma de dizer a ela que vou embora, ela é uma boa patroa e amiga mas a vida tem rumos diferentes e eu decidi seguir o meu. O fim do meu expediente chegou ao fim e aproveitei para passar no shopping comprar umas coisas para levar na viagem. Comprei roupas novas e até mesmo calçados e um presente para dona Neuza. - Chegou meu querido? - disse dona Neuza escutando o barulho da porta. - Sim, mas daqui a pouco vou sair de novo. - Onde vai? Posso saber. - disse ela me olhando e rindo. - Vou ir em um jantar com Débora. - Parece que essa tal de Débora gosta mesmo de você. - Somos bem amigos mesmo. - Não estou falando de amizade. - Pare de ser boba. - digo abraçando dona Neusa e subindo para o quarto me arrumar. Fui tomar um banho para tirar o cheiro de suor, vesti a roupa que escolhi para ir no jantar e passei meu perfume depois de pronto desci até a sala e fiquei esperando a chegada de Débora. Escutei a campainha tocar e fui correndo abrir a porta. - Oi. - digo com um pouco de timidez. - Oi, está muito lindo. - disse ela e percebi um olhar malicioso. - Obrigado, você também está linda. - Então, vamos? - Sim. Me despedi de dona Neuza que me olhava de longe, Débora abriu a porta para que eu entre em seu carro seguimos até o centro da cidade e ela estacionou em frente a um belo restaurante. - Chegamos. - disse ela pegando em minha mão. - Que lugar lindo. - digo tirando minha mão da dela. - Vamos entrar? - Sim, vamos. Saímos do carro e entramos naquele lindo e sofisticado restaurante, na porta fomos recebidos por um metre que nos encaminhou até a mesa que Débora deixou reservada para nosso jantar. - O que o casal vai querer pedir? - Não somos um cas… - fui interrompido por Débora. - Pode trazer o prato principal do dia. - disse ela. - Sim, senhora vão querer alguma bebida? - Um vinho doce. - Ok, já trago para o casal. Quando o metre se afastou perguntei a ela. - Porque deixou ele acreditar que somos um casal? - Fiz m*l por fazer isso? - Só fiquei surpreso. - Me desculpe. - Não foi nada. Ficamos em silêncio até nossos pratos serem entregues. - Aqui está o pedido de vocês. - disse o garçom entregando nossos pratos. - Obrigada. - respondeu ela ao garçom. Eu apenas agradeci com a cabeça e saboriei aquele delicioso prato que por sinal está uma delícia, não gosto muito de vinho mas beberiquei para não fazer desfeita. - O que achou desse restaurante? - Lindo e sofisticado. - Escolhi com muito carinho. - disse ela acariciando minha mão. - Obrigado, por esse jantar. - Eu que agradeço pela sua companhia. - Quero falar algo com você. - digo e ela me olhou esperando eu começar a dizer. - Pode falar. - Eu vou embora. - Que? Como assim? Pra onde? - Pro Rio de Janeiro no morro Tietê. - E o que vai fazer nessa favela? - Preciso dar rumo a minha vida. - E não pode ser aqui? Eu posso aumentar seu salário. - O salário que me paga é ótimo, mas não me sinto bem aqui em São Paulo. - Aonde vou arrumar outro funcionário igual a você? - Vai conseguir, eu tenho certeza. Vi que nos olhos dela tinha um pouco de decepção e raiva, ela decidiu pedir a conta e ir para casa, quando estávamos dentro do carro ela fez algo que fiquei sem reação na hora. - Noah? Preciso dizer uma coisa a você. - Pode me dizer. - Eu te amo. - disse ela me beijando. Depois que ela tirou os lábios do meu ligou o carro e me levou até uma praça para tomar sorvete, o caminho todo eu fiquei em silêncio sem saber o que falar. - Vamos tomar um sorvete? - disse ela. - Sim, vamos. - digo descendo rapidamente do carro. O sorvete estava muito bom, voltamos para o carro e ela me deixou em frente a casa de dona Neuza. - Obrigado pelo jantar de hoje. - Eu que agradeço por me fazer companhia. - Amanhã eu passo lá deixar minha demissão. - Não me conformo que vai embora. - Tente entender meu lado. - Vou me esforçar. Me despedi dela e entrei em casa me assustando com dona Neusa no escuro. - Aaaaa. - grito ao acender a luz. - Tava aprontando que se assustou? - Não, e que a senhora aparece do nada aí. - Sei, vou me deitar boa noite. Ela foi para o quarto e eu fui até a cozinha beber uma água e ir me deitar. Continua……
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD