Noah
Estou sem rumo, não sei para onde vou queria entender porque meu pai foi tão m*****o comigo ao ponto de me colocar pra fora de casa, será que eu tenho alguma doença contagiosa.
Ainda sentado na calçada em frente a minha casa, sem saber pra onde vou, estou sem rumo sem ninguém. Estava com a cabeça no meio das minhas pernas pensando no que fazer quando ouço uma voz conhecida me chamar.
- Noah? - dona Neuza chamou minha atenção.
- Oi! - respondi tristemente.
- O que faz sentando aí, e com essa mala? - perguntou em dúvida.
- Meu pai me expulsou de casa.
- Não acredito nisso, que homem sem escrúpulos.
- Estou sem rumo, não tenho pra onde ir.
- Tem sim.
- Pra onde irei?
- Venha comigo ficará em minha casa.
- Não quero incomodar a senhora.
- Jamais me incomodara.
Com a ajuda de dona Neuza me levantei peguei minha mochila e segui caminho até a casa dela que fica em frente a casa onde eu morava.
- Sinta-se em casa. - disse ela tentando me deixar confortável.
- Obrigado, não tenho como agradecer a senhora por isso.
- Vou arrumar o quarto de hóspedes, e te chamo para se acomodar.
- Tá bom.
Sentei no sofá e fiquei esperando pela dona Neuza, passado alguns minutos ela voltou.
- Está tudo pronto, pode ir lá.
Peguei minha mochila e fui em direção ao quarto, coloquei minha roupas no pequeno roupeiro aproveitei para tomar um banho porque estava um pouco sujo por ter ficado sentado na calçada. Vesti uma roupa confortável e voltei para ficar com a senhora que me acolheu em sua casa.
- Voltei. - digo chamando a atenção da mesma.
- Tá até com o espírito mais leve.
- Um banho resolve muita coisa na vida de um ser humano. - digo fazendo ela rir.
- Vou preparar algo para comermos.
- Eu ajudo a senhora.
- Nem pensar, pode ficar sentando aí.
- Eu insisto.
Começamos a preparar uma macarronada, fui cortando os temperos e a salada enquanto ela cozinha o macarrão fui até o mercadinho que tem na esquina comprar um refrigerante e na volta presenciei uma cena que me deixou triste, meu pai sentando na cadeira de um bar, bebado e me difamando para os homens que se encontrava ali.
- Olha lá, o viadinho do bairro. - disse ele gritando enquanto os homens me olhava debochando.
- Oi, florzinha. - falou um dos homens.
- Vai sofrer muito na vida esse aí. - o outro falou.
Caminhei apressadamente para não ouvir mais coisas horríveis sobre mim, entrei na casa da dona Neuza em prantos e desesperado.
- Não aguento mais isso. - digo em desespero.
- O que ouve meu filho? - perguntou dona Neuza vindo em minha direção.
Contei a ela o motivo de estar naquela situação.
- Homem maldito, ele vai se ver comigo.
- Não faça nada, deixe ele pra lá.
Terminamos de fazer o almoço, servi meu prato mas depois de tudo que ouvi não conseguia comer.
- Está r**m? - perguntou a senhora.
- Não, só estou sem fome.
- Não se abale por isso, você é um menino de luz e vai superar tudo que está acontecendo.
Tentei comer o máximo que conseguia para não fazer desfeita com a comida que por sinal está uma delícia. Fui lavar as louças que sujamos no almoço e depois acompanhei dona Neusa para assistir as novelas da tarde que ela gosta.
- Essa novela é muito boa. - falou ela.
- Minha mãe gostava muito dessa novela. - digo lembrando dela.
- Eu sei, lembro que assistíamos muita novelas juntas.
- Vou sentir muita falta dela.
- E quando precisar de colo estou aqui. - falou ela fazendo sinal para eu deitar a cabeça em seu colo.
O dia estava chegando ao fim, com minhas economias resolvi pedir pizza para nós em forma de agradecimento pelo apoio que dona Neusa está me dando.
- Hoje iremos comer algo diferente. - digo a ela.
- O que tem em mente?
- Vou pedir um combo de pizza para nós dois.
- Capaz, não gaste suas economias comigo.
- Já fiz o pedido. - digo a ela com o olhar maléfico.
- Você não tem jeito né. - respondeu ela me dando um tapa no braço.
Ficamos aguardando a entrega das pizzas, uma hora depois foram entregues, arrumos a mesa e fomos jantar.
- O cheiro está maravilhoso. - digo a ela abrindo a caixa.
- Está mesmo, faz tanto tempo que não como uma pizza.
- Hoje irá matar sua vontade.
- Pizza me faz ter lembrança da minha filha.
- A senhora tem filha? Não sabia disso.
- Sim, ela foi embora pro morro do Tietê. - disse ela com o semblante triste.
- Vejo que sente muita falta dela.
- Sim, se vemos muito pouco.
- Sinto muito.
- Deixe isso pra lá, vamos comer essa delícia de pizza.
Sentamos e fomos comer, comi três pedaços da pizza que está uma delícia.
- Estou satisfeito.
- Eu também.
Dona Neusa não deixou eu lavar a louça, disse ela que eu já tinha lavado a do almoço, decido da uma organizada na casa me despedi dela e fui para o quarto. Coloquei meu pijama e fui deitar na cama.
Peguei meu celular e fui da uma olhada nas redes sócias e vi que tinha mensagens da Débora.
- Boa noite, como está? - perguntou Débora.
- Oi, estou bem.
- Feliz em saber disso.
- Amanhã volto para o trabalho. - digo a ela.
- Não tenha pressa.
- Não é justo eu ficar faltando.
- Volte quando estiver bem.
- Obrigado pelo apoio, não sei nem como agradecer por tudo que fez por mim.
- Tenho uma ideia que possa fazer em forma de agradecimento. - disse Débora.
- Qual?
- Aceita sair para jantar.
- Que tal depois do p*******o, aí eu mesmo p**o.
- Eu estou te convidando, eu p**o.
- Mas aí seria injusto, já fez tanto por mim.
- Aceita ou não.
- Tá eu aceito, mas dividimos a conta.
- Se essa é a forma para aceitar, tudo bem.
- Combinado.
- Te busco em sua casa às oito horas da noite amanhã.
- Tá bom.
- Vou dormir, até amanhã. - despediu-se ela.
- Até, beijos.
Deixei o celular de lado e fui fazer meus cuidados na pele do meu rosto, arrumei minha bolsa do trabalho e passei meu uniforme com o ferro que achei dentro do roupeiro.
Voltei para cama e peguei no sono.
Continua…