CAPITULO V

1062 Words
SOPHIA Essa noite foi maravilhosa, eu sou domar a minha fera da melhor forma e eu sei que ele veio realmente para me castigar, mas eu consegui desmanchar aquela marra toda que tem impõe. Murillo é um homem extraordinário, eu o amo mas sei que não será nada fácil ele aceitar que não tem poder nenhum sobre mim e que não pode me fazer de objeto. Nunca consegui descobrir como ele entrou nesse mundo da Submissão, mas sei que tem algo de r**m pro trás de isso e eu vou descobrir o que é. Acordei já faz um tempo e Murillo ainda dorme e eu aprecio tanto a sua companhia que não tenho coragem de me mexer para que ele não acorde e eu perca essa visão maravilhosa que eu tenho de seu rosto, ele parece um anjo assim dormindo. Passo meu dedos sobre sua barba, sua pele é macia. Essa é a segunda vez em meses que ele dorme junto a mim, ele sempre diz que não serve para relacionamento e que o que temos é apenas carnal, mas eu sei que não é. Resolvo me levantar e ir a cozinha fazer um café reforçado para ele e para mim já que nos trabalhamos bastante nessa cama durante a noite toda. Hoje é sábado Murillo não precisa ir em nenhuma de suas empresas hoje, então terá tempo de desfrutar de um café da manhã de qualidade. Levando e vou ao banheiro e assim que saio, vou direto para a cozinha. MURILLO Acordo e sinto Sophia acariciando meu rosto, me recuso a abrir os olhos mas aprecio cada segundo de suas carícias, sei que sou um cretino por prende-la a mim sabendo que eu não vou conseguir ser o que ela quer. Vejo-a saindo da cama, hoje é sábado e eu tenho alguns compromissos mas antes de me levantar resolvo ligar para mim secretária. - Anália, bom dia! Preciso que remarque toda a minha agenda para hoje. – Digo assim que minha secretária atende. Desligo em seguida e sigo para o banheiro, tomo um banho sem muita pressa e vou ao closet, aqui eu tenho uma parte do closet todo com roupas minhas, tenho tudo aqui roupas e sapatos de todos os estilos. Opto por vestir uma roupa confortável, visto um calça moletom e prefiro ficar sem camisa já que estou em casa não preciso de muita firula. Saio do quarto e quando entro na cozinha vejo Sophia na pia lavando umas louças e a mesa muito bem arrumada e farta. Estou descalço e isso facilita a minha aproximação silenciosa, paro atrás dela beijo levemente o seu pescoço e ela leva um baita susto. - Bom dia pequena! – Digo assim que deixo o beijo em seu pescoço. - Que susto Murillo! Pensei que ainda está dormindo. – Diz Sophia se virando para mim. Eu a olho nos olhos e fico pensando o que tá acontecendo comigo para ser tão mole com essa mulher, essa já é a segunda vez que dormimos juntos e eu não durmo com ninguém. Sempre foi só sexo é tchau, mas ultimamente eu tenho sido frouxo e não consigo dizer não a ela! - Estava, mas tinha alguns compromissos e precisava levantar. – Digo me desvencilhando dela e indo para a mesa. - Ah sim! Entendi. – Diz ela e vejo seu semblante entristecer. - O que foi pequena? Por que está com essa carinha? – digo chamando-a para sentar-se em meu colo. - Nada, apenas pensei que talvez você pudesse ficar comigo esse final de semana! A gente nunca ficou junto de verdade em todo esse tempo que a gente tem isso, e eu... ah quer saber deixa pra lá vamos tomar café! – Diz ela, e eu a entendo perfeitamente. E eu desmarque a minha agenda com o intuito de ficar hoje o dia com ela, mas talvez estávamos indo longe demais. E eu não quero machucá-la, e sei que se ela acreditar que podemos ter algo sério ele vá se machucar. - Tudo bem, vamos tomar café! – Digo vendo ela se levantar do meu colo e ir para a cadeira em que se senta sempre que é do meu lado. Tomamos o café em silêncio, e ela sabe bem como me agradar. Ela faz panquecas do jeito que eu gosto e o café é amargo e sem leite como eu gosto! Vejo em seus olhos que ela esta se segurando para não chorar e eu fico com uma agonia enorme em vê-la assim, termino meu café o mais rápido que posso. - Murillo, hoje aqui nessa mesa eu vou te dizer uma coisa que eu nunca havia te falado antes! Um dia você vai se arrepender de me tratar assim, eu nunca fui santa eu sei disso, mas não sou prostituta para você me dar tudo e só vir aqui para usar de mim e ir embora. Eu tenho sentimentos e tenho sonhos e muitos sonhos Murillo. E eu não estarei disponível para você pro resto da vida... Assim que ela termina de Sophia levanta e vai para o quarto, isso me deixa isso irritado não sei mais o que essa mulher quer de mim. O que ela me pede é demais! Não posso colocar ela em risco e talvez me tornar alguém como o meu pai, um homem que destruiu a própria família por ser um lixo de homem, que não foi capaz de honrar as calças que vestia. Me levanto e vou até o quarto e vejo Sophia deitada na cama toda coberta, sinto um agonia enorme de deixa-la assim mais vai ser melhor para ela que eu esteja sempre perto. Vou ao closet visto uma camisa e calço um tênis e saio de lá e vou atrás de minha mãe, eu preciso conversar e botar isso tudo pra fora, eu não aguento mais. Saio de lá em alta velocidade, e acabo parando no meio da estrada, em uma ruela quase que deserta. O sol tá insuportavelmente quente, eu desço do carro e me sento na calçada e me permito colocar pra fora tudo o que atormenta, eu choro e grito até não aguentar mais, essa agonia meu peito aperta e minha visão escurece, é mais uma vez o desgraçado do pai atormentando a vida vida em mais uma desses crises, sinto alguém me levantando do chão e apago de vez.
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