No dia seguinte Marlon foi até o meu condomínio para me buscar, de lá seguimos em direção ao nosso passeio, mesmo sabendo que eu estava resfriada e com o corpo dolorido, meu querido namorado não fez questão de subir para me ajudar com a minha bagagem.
Às vezes ele realmente me irrita, pois não custa nada Marlon ser um pouco mais gentil, mas tudo bem, também não vou morrer por isso então vida que segue, esse passeio será justamente para nos aproximarmos novamente.
Quando eu me aproximei, ele abriu a porta do carona sem ao menos descer do carro enquanto mexia em seu celular, eu coloquei minha mala no banco do passageiro e em sequência me sentei no banco ao lado do dele.
— Boa tarde meu amor, pronta para nossa diversão? — ele falou animado, eu concordei e ele beijou meus lábios brevemente, em seguida guardou o celular e seguimos nosso caminho.
Uma viagem que eu vou dizer, exaustiva e isso não deveria estar acontecendo, do meu condomínio para onde iriamos, seria algo em torno de uma hora, não era grande coisa mais parecia ter durado longas horas, muito mais do que realmente foi, e tudo isso devemos ao silêncio que estava entre nós, havia sim o som ambiente da música que tocava, mas sei lá, não era o mesmo.
Estava me sentindo uma completa desconhecida ao lado do meu namorado e isso era terrível.
(…)
Ao chegarmos no cruzeiro Marlon mais uma vez não se preocupou em me ajudar, eu peguei minha bagagem e sai caminhando atrás dele a passos largos enquanto ele olhava tudo ao seu redor com entusiasmo.
Respirei fundo e acabei me distraindo, fui atingida por alguém e quase caí ao chão, meu digníssimo namorado não sentiu minha falta, ele apenas continuou caminhando como se não tivesse alguém para acompanhar.
Fui acolhida pelos braços de um desconhecido que passava por ali naquele instante, mas infelizmente meus óculos não tiveram a mesma sorte, eles caíram no chão e foram esmagados pelo desconhecido.
Eu estava nos braços daquele homem que me segurava com firmeza, mas não conseguia ver claramente seu rosto por conta das luzes que refletia diretamente em meus olhos, mas de algo eu tenho absolutamente certeza, ele era bonito e cheirava muito, mas muito bem.
Será que esse homem poderia ser um príncipe encantado?
Sorri brevemente com meu pensamento e******o, mas foi ele abrir a boca e dizer poucas palavras que tive a certeza, ele não era um príncipe encantado, porque um príncipe jamais seria tão grosseiro como aquele homem, então ali meu pensamento mudou completamente.
— Você precisa prestar mais atenção por onde anda, garota. — ele fez com que eu voltasse a mim, em questão de segundos. — Tome mais cuidado. — ele falou rude enquanto olhava para os lados. — Não pode deixar seus óculos no chão desse jeito, olha o que fez eu fazer, isso não foi culpa minha. — ele falou com firmeza me tirando completamente do meu transi.
Olhei para ele i********e e em seguida olhei para baixo e vi meus óculos quebrados no chão.
— Me desculpe, mas eu não os deixei no chão, caiu da minha cabeça, não precisa ser tão grosseiro.
— Você não olha para onde anda e eu sou grosseiro? — ele ri irônico.
— Já me desculpei, o que mais deseja que eu faça.
— Nada, apenas deixe que eu passe sem esbarrar em mim novamente. — respiro fundo e saio de sua frente, ele me olha sério e segue seu caminho.
Que homem e******o!
Vitor Tavares
Decidi levar Sabrina para um cruzeiro romântico regado de muito luxo por duas noites, espero que assim minha namorada ao menos pense novamente sobre minha proposta de casamento, a meses estou tentando com que ela aceite esse pedido mais ela é teimosa, sempre me dá uma desculpa e não aceita o pedido, diz que primeiro deseja realizar seu grande sonho, ser bailarina, para depois pensar na possibilidade de se casar.
E eu não posso negar, essa atitude me deixa decepcionado, pois jamais me opus contra seu sonho, sempre deixei claro que estarei ao seu lado, mas ela acha que se casando comigo isso pode interferir em seu desejo alguma forma, ela acredita que isso pode dificultar a vida dela.
Sabrina sonha em ir longe no balé e isso faz com que ela recuse todos os meus pedidos de casamento, me sinto irritado por isso, mas a amo mais do que tudo na vida, então preciso ter muita paciência com ela e esperar seu momento, para ser sincero, paciência até demais. Sabrina é a única mulher que amei na vida e isso faz com que eu queira me dedicar inteiramente a ela.
E dessa vez eu tenho a certeza que ela aceitará meu pedido, eu quero mostrar a ela que posso oferecer muito mais do que bens materiais, não é apenas luxo e conforto que desejo dar a ela, eu quero oferecer meu companheirismo e todo meu amor a essa mulher, quero que ela entenda que irei me dedicar a ela e não só aos meus negócios como Sabrina imagina, eu posso ser um grande CEO e, ao mesmo tempo, um bom marido.
Me chamo Vitor Tavares, tenho 29 anos e mesmo com a pouca idade, sou CEO de uma grande empresa construtora de hotéis de luxo, trabalho muito e me dedico totalmente ao meu trabalho, se eu não fizer isso a empresa não evolui, os lucros despencam e isso não é o que eu desejo. Assumi esse cargo a pouco mais dois anos e tanto meu pai, quanto meu avô que são donos da empresa, estão satisfeitos com o meu empenho e dedicação.
Namoro Sabrina há quatro anos, ela tem 28 anos, nos conhecemos quando eu estava fazendo meu curso em gestão de projetos, ela sempre foi uma mulher de uma beleza única, tem uma postura digna de uma verdadeira dama, ela é simplesmente maravilhosa e é por isso que mesmo contra a vontade de minha família, a escolhi para estar ao meu lado.
— Vitor, quando voltarmos do nosso cruzeiro podemos passar alguns dias em Cancún? — Sabrina pergunta amável.
Há muito tempo ela me pede por isso, mas infelizmente eu ainda não consegui tirar os dias necessários para fazer essa viagem com ela, mas espero que ainda esse ano consiga realizar esse desejo.
— Podemos falar sobre o assunto posteriormente à nossa viagem? Preciso verificar. — falo tranquilo, ela choraminga.
— Isso é um não? — ela pergunta chateada após envolver seus braços em torno do meu pescoço. — Eu não sou digna de ter mais que duas noites ao lado do meu namorado?
— Não meu amor, isso não é um não. Eu só preciso verificar na empresa quando poderei tirar esses dias, e eu prometo que depois do nosso cruzeiro irei verificar sobre esse assunto, tudo bem assim para você? — ela sorriu satisfeita e selou meus lábios com os dela.
— Está ótimo assim meu amor, só não quero que esqueça, pois também tenho outras prioridades. — ela se afasta, pega sua bolsa, coloca seu óculos escuro e sorri. — Agora vamos? Quero aproveitar muito esse cruzeiro, espero que lá tenha lugares que eu possa fazer algumas compras, preciso de que aumente o limite do meu cartão, está quase no fim. — ela fala animada, eu concordo e em seguida seguimos para o nosso destino.
(...)
Assim que chegamos, segui para o meu quarto juntamente com Sabrina, tomamos um banho e em seguida dei uma volta pelo navio enquanto esperava Sabrina fazer algumas compras.
Caminhava tranquilamente quando uma garota esbarrou em mim, tive que praticamente salvar a menina de um tombo daqueles, ela iria direto para o chão se eu não tivesse conseguido pegá-la a tempo em meus braços, mas para o seu azar seus óculos não tiveram a mesma sorte, acabei por pisar no objeto que estava no chão quando a socorri, eu também não sou dois né, não poderia salvar a garota desatenta e também seu óculos, então decidi salvar ela e os óculos ela resolve depois.
— Você precisa prestar mais atenção por onde anda, garota. — falo, rude, com ela. — Tome mais cuidado. — completo bravo olhando para os lados, que garota desatenta, poderia ter se machucado por sua falta de atenção. — Não pode deixar seus óculos no chão desse jeito, olha o que fez eu fazer, isso não foi culpa minha. — digo por conta dos seus óculos no chão, eu havia os esmagados com os pés, mas realmente foi sem intenção.
A jovem me olhou com intimidação e se desculpou por sua falta de cuidado, ao menos ela sabe assume o erro.
— Me desculpe, mas eu não os deixei no chão, caiu da minha cabeça, não precisa ser tão grosseiro. — pensei errado, ela realmente sabe assumir o erro, porém é boca dura, falamos brevemente, e eu passo para seguir meu caminho, mas antes seguir na direção desejada, retorno e digo.
— Por mais que o erro não tenho sido meu, posso te dar outro óculos, me passe seu contato eu peço minha secretária para entrar em contato com você, na segunda-feira mesmo ela pode te entregar.
— Não será preciso, muito obrigada. — ela fala séria, e me olha com firmeza, em seguida caminha toda desajeitada com sua bagagem.
— É cada uma que me aparece. — falo enquanto observo ela, que desaparece da minha visão em questões de segundos.
Garota esquisita.