Capítulo 7

1301 Words
Stefane Martins Minha cabeça estava uma bagunça naquele momento, em poucas horas muito aconteceu em minha vida e agora eu estou realmente me divertindo com tudo aquilo. Vitor e eu deixamos o salão de jogos e caminhamos até o convés, estávamos nos divertindo com tudo que aconteceu, Vitor segurou minha mão e me conduziu para um lugar calmo onde eu poderia tomar ar fresco depois de toda aquela loucura. Confesso que ainda estava em choque com todo dinheiro que ganhamos naquele cassino, eu tenho o que preciso em minha vida, mas não sou rica, venho de uma pequena ilha e de família simples. Eu realmente não esperava que Vitor me ajudaria dessa forma, ele insistiu em me entregar tudo que ganhamos, não quis nada mesmo eu insistindo para que ele aceitasse. Vitor tem me ajudado de todas as formas possíveis em pouquíssimas horas de convivência e isso me confortou muito. Sei que estou cheia de dívidas, mas o dinheiro que Vitor me deu será o suficiente para que eu possa pagar e ainda irá sobrar uma boa reserva, agora eu posso tirar essa preocupação da minha cabeça, posso ter perdido o namorado, mas meu nome não perderia, o feitiço virou contra o feiticeiro e eu consegui superar um pouco tudo que Marlon fez comigo, após ver ele sofrer uma perda tão grande na minha frente, eu realmente estava me sentindo bem com aquilo por mais que eu não devesse. Ele havia me deixado com muitas dívidas, mas eu irei pagar tudo com o dinheiro que ele mesmo perdeu na mesa de jogo e isso está me deixando realmente alegre. Posso estar sendo c***l, mas eu fiquei feliz por Marlon ter se dado m@l e essa felicidade era visível em meu rosto. (...) — Você parece feliz. — Vitor fala animado ao me observar, sorri e olhei para ele. — Acho que eu não deveria, mas estou feliz. — ele sorriu e se virou para mim. — Vê aquele i****a perdendo todo aquele dinheiro foi ótimo, lavou minha alma ver ele bravo daquele jeito. — Ele pagou o que fez com você, foi merecido. — Ele realmente pagou, a dívida que ele deixou em meu nome agora será paga com o dinheiro que ele perdeu naquele jogo e eu estou adorando isso. — ele gargalha. — Está vendo, foi feito justiça, mesmo ele não querendo, irá pagar pela dívida que ele mesmo fez. — E por esse cruzeiro também. — sorrimos. Eu me viro para ele e encaro seus olhos de um jeito genuíno. — Obrigada Vitor, agora ao menos minha vida financeira voltou a ser saudável, eu estava realmente preocupada com isso, eu não sabia o que ia fazer para pagar. — Não agradeça, a fada da sorte aqui é você e não eu, aposto que se fosse eu que tivesse virado aquela carta era o idiot@ do seu namorado que estaria rindo agora e não eu, então eu que te agradeço por não permitir que isso acontecesse. — ele afirma, simpático. — Ex namorado! — sorrio ao dizer. — Ex. — ele repete e me olha por alguns instantes nos olhos. Poucos instantes depois ele desvia os olhos de mim e pega uma ficha no bolso de sua calça, ele volta a me olhar, pega em minha mão e coloca a ficha nela. — Eu quero que você fique com isso, e espero que se lembre do que aconteceu esta noite. — ele continua encarando meus olhos. — Stefane, a vida é uma aposta. Você não pode ganhar todas às vezes, mas enquanto ainda tiver uma ficha, sempre há uma chance de você ganhar. Não deixe que outras pessoas te machuquem mais. Lembre-se de quem você é, lembre-se que você é uma mulher linda e cheia de qualidades, ninguém é melhor do que você, então nunca mais, deixe ninguém te tratar com desprezo. — Vitor levou a mão em meu queixo e ergueu minha cabeça. — Ande sempre de cabeça erguida e seja corajosa, você é única e especial, nunca se esqueça, ninguém é mais do que você, entendeu? — naquele momento era assim que eu realmente me sentia, linda, especial e corajosa, Vitor despertou uma Stefane dentro de mim que eu não imaginava que existia, era assim que eu queria me sentir de agora em diante, era assim que eu precisa ser e era assim que eu precisa agir. Não quero sair deste navio como entrei, não quero continuar sendo aquela garota frágil e inocente que todos abus@m, quero me sentir bem comigo mesma e é por isso que decidi naquele momento secretamente que eu não seria mais tão crédula, tão aberta com todos, tão bondosa com quem não merece minha benevolência. Vitor continua segurando minha mão enquanto me olha carinhosamente, eu sorrio e concordo com a cabeça, ali ficamos nos olhando por alguns instantes até que uma música começou a tocar. Muitas pessoas vieram para o convés e começaram a dançar, vejo Marlon e ele me encara irritado, Vitor me estende a mão e sorri. — Me concede a honra dessa dança? — sorrio e seguro sua mão. — Eu não sei dançar esse estilo de música, é sério. — sorrimos e mesmo assim Vitor insistiu, ele continuou segurando minha mão e começou a me conduzir. Marlon me olha ainda mais furioso, enquanto eu era conduzida por Vitor para dançar, observo meu ex namorado respirando fundo e em seguida ele caminha para dentro do navio irado. Sorrio e sou conduzida por Vitor em nossa dança, eu estava toda desajeitada tentando acompanhar o ritmo dele, enquanto Vitor achava graça da situação, ainda bem que eu havia dito que não sabia dançar aquele estilo de música dançante. — Confie em mim, apenas se divirta. — ele fala convicto. Mas não muito tempo depois comecei a pisar nos pés de Vitor, ele continuava dançando tranquilamente enquanto eu me desculpava o tempo inteiro, eu sou mesmo um desastre para dançar, ele sorria e continuava insistindo em nossa dança. — Ai meu Deus, me desculpe Vitor, será que seus pés irão sobreviver depois dessa dança. — Não se preocupe, eles irão sobreviver. — achamos graça e continuamos dançando. Após breves minutos nós dois cansamos, nos sentamos em um banco e conversamos durante alguns minutos. — O que você acha de bebermos mais um pouco? — ele questiona animado, e eu aceito. — Acho ótimo. — ele se levanta e me estende a mão. — Vem, vamos encher a cara. — sorrimos e caminhamos até o bar do navio. Sentamos direto no bar, nos bancos que ficam no balcão e Vitor pede drink e tequila para nós. (...) Eu e Vitor conversamos sobre tudo um pouco, eu falei sobre o meu pai, disse quanto o amava e como sentia sua falta. Falamos sobre minha mãe e meu trabalho, e é claro, que não pude deixar de mencionar pela última vez sobre meu ex namorado. Contei a ele como era meu relacionamento e ele brincou que foi livramento eu ter descoberto a tempo quem era Marlon, eu concordei e achamos graça. Vitor falou um pouco sobre sua namorada e família, mas não entrou em muitos detalhes, após voltamos a falar sobre minha família. — Então você tem duas irmãs? Já estava no meu quarto drink e eu e Vitor já havíamos virado algumas doses de tequilas, quando ele questionou sobre minhas irmãs, eu apenas afirmei com a cabeça, pois estava me sentindo um pouco zonza. — Você está bem? — ele questiona. — Sim, só estou um pouco zonza. — eu sorrio enquanto estava com meu cotovelo no balcão e com o queixo apoiado na mão olhando para ele atenta. Após breves instantes acabei desequilibrado e Vitor se levantou. — Vamos! — ele segura minha mão. — Você precisa tomar banho e dormir um pouco.
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