Primeiro Capítulo
Chovia bastante e ventava forte. Da janela de sua sala de trabalho Neide pensava que estava chegando ao fim de seu turno de trabalho e seria difícil chegar em casa com aquele aguaceiro.
Sua colega veio lhe entregar uns papéis e comentou.
- Vai ser difícil a volta pra casa hoje.
-Verdade, com esse tempo as ruas vão estar alagadas e levaremos muito mais tempo.
Ao que a colega respondeu:
- Ainda falta um pouco. Pode ser que melhore.
- Vamos torcer.
Na hora da saída, não tinha melhorado.
Deram o tradicional até amanhã e cada uma foi para um lado em busca de sua condução.
Depois de esperar um bom tempo chega o ônibus de Neide que embarca em um ônibus lotado. A cada ponto tendo que apertar mais porque poucos eram os que desciam e muitos os que embarcavam.
Na hora de desembarcar, não havia chegado nem perto da porta. Deu o sinal e o motorista parou no ponto. Esperou um pouco e como ninguém desceu começou a andar de novo.
- Desce! Gritou Neide.
-Tava dormindo?
- Não, mas tá difícil chegar até a porta.
- Vou abrir a do meio pra facilitar.
- Obrigada.
Finalmente começou a andar rumo a sua casa. Chegou toda molhada.
Sua mãe quando a viu, falou:
- Vá tomar um banho morno prá não ficar doente.
Neide foi colocar o guarda-chuva na área para secar e foi ao quarto buscar uma muda de roupa limpa.
Ao sair do banho foi a cozinha, que pelo barulho era lá que estava sua mãe, que assim que a viu, falou:
- Tome um café quente, você se molhou muito.
Enquanto se servia, perguntou:
- Os outros ainda não chegaram?
- Não. Deve estar difícil pegar condução hoje, com essa chuva.
-Sim, parece que quando chove o número de ônibus circulando diminuiu. Demora muito mais.
- Daqui há pouco todos estarão em casa.
E assim foi chegando um a um.
O primeiro foi seu pai, Seu Jair.
Dona Nora, mãe de Neide, repetiu a recomendação do banho e do café quente. A seguir chegou Jairo, seu irmão. Depois chegou a caçula Janice. Só faltava agora Berenice
Passava o tempo e nada.
Foram ver televisão prá se destruir enquanto esperavam, pois o costume era jantar juntos.
Viram novelas, noticiários e ela não chegava.
A família começou a se preocupar.
Neide comentou:
- Berenice está demorando muito, será que houve alguma coisa?
Seu pai respondeu'
-Deve ser o trânsito. Com chuva, para tudo.
Resolveram continuar esperando.
Nisso entra uma chamada de noticiário urgente na televisão que informa sobre um acidente com muitos feridos no trajeto de Berenice. Informando que os feridos tinham sido distribuídos em vários hospitais, pelo seu grande número e alguns em casos graves.
Jair e Jairo resolveram sair pra fazer busca nesses locais, já totalmente nervosos.
Foi um custo segurar Dona Nora em casa. Mas explicaram que não adiantava ir todos. Ela poderia, mesmo estando no acidente, não ter nada mais grave e já ter sido liberada e chegar em casa. Era bom ter alguém para recebê-la.
Mais conformada, Dona Nora se resignou a ficar em casa e saíram os dois.
Somente no terceiro hospital que foram, localizaram Berenice. Não puderam vê-la. Tinha sido operada e estava no Centro de Tratamento Intensivo.
Começou uma busca pelo médico que poderia dar maiores informações sobre seu estado.
O médico, Dr. Álvaro lhes explicou que era um caso grave que ainda requeria cuidados. Tinha sofrido fratura de coluna e tinha poucas chances de voltar a andar, isso se escapasse com vida.
As próximas quarenta e oito horas seriam decisivas para a sua sobrevivência.
Estava sedada e não poderia ver ninguém antes de terminar este período.
Como nada podiam fazer, voltaram para casa prá retornar no dia seguinte.
Na volta, iam pensando em como dar a notícia a Nora, Neide e Janice.
Decidiram falar a verdade, apesar de saberem que iam desesperar as três. Mas Jair comentou:
- Não adianta nada amenizar e correr o risco de acontecer o pior.
Ao que Jairo respondeu:
- Pelo menos, sabendo a verdade vão rogar pela ajuda de Deus, que pode vir a ser preciosa.
Chegaram em casa. Foi aquele desespero. Mas, confiantes começaram a rezar para que Berenice conseguisse vencer a morte e voltasse.
No dia seguinte todos foram ao Hospital.
O médico que fez o atendimento não estava de plantão, mas conseguiram informações de que não houvera mudança no quadro. Estava estável.
Por não haver o que pudessem fazer ali, retornaram. Cada um foi em seu trabalho justificar o atraso e todos foram dispensados pela gravidade da situação. Seus chefes e patrões reconheceram que não podiam ter cabeça prá trabalhar.
Voltaram e foram consolar Dona Nora.
A tarde nova ida em busca de notícias. Dessa vez decidiram que somente um iria.
Jairo falou logo:
- Eu vou e trago notícias para todos. E que sejam boas.
Ao que todos responderam em coro:
-Amem.
Chegando, foi avisado que o Dr. Álvaro tinha ido ver a paciente, não era seu plantão, mas devido a gravidade do caso ele abrira uma exceção.
Jairo aguardou impaciente para tentar falar com ele.
Quando o médico saiu do CTI, foi apresentado a Jairo.
O médico o atendeu com bastante boa vontade.
- Sou Jairo, irmão da Berenice que está no CTI. Como está o quadro da minha irmã?
- Ela está sedada. Perdeu muito sangue e teve grande parte da coluna fraturada. Ainda inspira cuidados. Tem ainda risco de vida -Meu Deus! Como dar essa notícia em casa?
- Eu já havia dito isso ontem a noite quando veio com seu pai. O quadro não modificou, o que é um bom sinal. Apesar do estado crítico
não houve piora e a favor dela, é uma jovem forte, bonita e com certeza com vontade de viver.
Nada podemos prometer nesse momento. Depende mais dela do que de nós. Você que acredita em Deus, já que chamou por ele, reze.
A fé muito ajuda nesses momentos.
- O fato de ela não ter acordado, não é motivo para preocupação?
- Não. Ela está sedada para não sentir dores e não tentar se mover
pois qualquer movimento brusco jogaria a cirurgia por terra.
- Quando podemos vir pra ter outras notícias?
-A hora que quiserem, porém, a sedação vai até amanhã à noite. Só então ela vai começar a reagir aos poucos.
-Obrigado, doutor. Vou pra casa levar notícias para a família.
- Mas não esqueçam de manter a fé.
Assim Jairo foi pra casa e começou uma longa espera por mais um dia, prá ver como Berenice iria acordar.
No dia seguinte foram pra seus trabalhos, porém ninguém tinha a cabeça no lugar, por isso todos ganharam licenças. Eram todos bons empregados, cumpridores de suas obrigações e por isso estimados pelas chefias.
No dia seguinte à noite, nova ida ao hospital.
Mais uma vez as mesmas notícias. Nada mudara no quadro de Berenice.
No terceiro dia toca o telefone.
- Boa tarde, aqui é do Hospital onde está Berenice e precisamos que uma pessoa da família compareça com urgência.
Todos começaram a chorar achando que tinha acontecido o pior. Ninguém se deu conta que no desespero haviam esquecido de deixar o telefone de contato.
Correram todos, certos de ter uma má notícia.
Chegaram ao hospital. E que surpresa.
A própria Berenice tinha fornecido o número.
Alegria geral.
Tinha vencido a morte. Mas os problemas não tinham acabado.
Somente uma pessoa podia entrar. Todo mundo queria, mas foi Dona Nora quem entrou.
Mãe é sempre mãe
Berenice estava acordada e falou:
- Mae, me tira daqui
- Minha filha, você sofreu um acidente, quase te perdemos. Tem paciência. O que mais queremos é te ter em casa, mas tem que estar boa prá isso.
Berenice era voluntariosa e não aceitou não levarem ela naquele momento.
Passaram os dias. Do CTI, foi para uma enfermaria e depois teve a esperada alta.
Foi pra casa em cadeira de rodas.
E agora, como tratar de uma pessoa que precisava de ajuda o tempo todo?
Reunida a família, resolveram que Dona Nora não podia ficar sozinha com esse encargo.
Contrataram uma enfermeira para cuidar dela durante o dia e a noite a família tomava conta.
Foi feito um plano de fisioterapia. Todos cooperavam.
Voltaram a trabalhar, mas todo o tempo livre era em benefício de Berenice.
No trabalho se esforçavam ao máximo para darem tudo de si, afinal todos tinham sido beneficiados quando precisaram.
Berenice reclamava de muitas dores e queria parar com a fisioterapia:
- Não está adiantando nada e dói demais.
- Está sendo um gasto jogado fora.
Todos explicavam que esse tipo de tratamento não apresenta resultados rápidos e era preciso ter paciência e cooperar.
Mais um dia começa e Neide ao chegar ao trabalho comenta com uma colega:
- Já tem quase um mês que Berenice está fazendo os exercícios e até agora não vimos nenhuma melhora.
A colega responde:
- Isso é assim mesmo. Tem que persistir. Um caso de coluna demora a apresentar melhoras
- Você entende disso?
- Eu não, mas meu irmão é fisioterapeuta e comentei com ele sobre o caso de Berenice. Ele falou que é um caso de muita persistência e os resultados são demorados.
- Estamos pensando em trocar o fisioterapeuta. Berenice sente tanta dor que só de olhar prá ele quando chega, já começa a chorar.
- Pensa bem, qualquer mudança agora é começar tudo de novo. O tratamento requer continuidade.
- Vamos dar mais um tempo e ver o que acontece. Por ela, pararia agora.
- Converse com ela e diga o que eu lhe falei. Trocar o profissional no meio de um tratamento pode botar fora tudo o que foi feito até agora e ter que começar de novo.
- Vamos fazer isso, dar mais um tempo e ver no que dá.
Terminado o turno, foi pra casa pensando na conversa que tinha tido com a colega.
Chegou em casa e Dona Nora percebendo seu mutismo, perguntou:
- O que houve, aborrecimentos no trabalho?
- Não. Estava conversando com uma colega e ela me disse que o irmão é fisioterapeuta e comentando com ele o caso de Berenice, ele falou que essa demora no caso dela é normal.
- O problema é que ela não quer continuar com esse. Só de vê-lo já começa a chorar.
- Mas, mãe. Trocar agora é começar de novo, como se nada tenha sido feito.
- Vou tentar conversar com ela, mas é direito dela não aceitar um profissional em quem ela não confia.
- Pede mais um tempo. É um tratamento lento, ela tem que entender.
- Vou tentar.
Foi chegando o resto da família e o assunto morreu ali.
Cada um que chegava ia ver Berenice no quarto e só depois, ia tomar banho e esperar a janta.
Primeiro Dona Nora dava comida a filha acamada e só depois os outros sentavam a mesa pra comer.
Seu Jairo comentou:
- Por que não colocamos ela na cadeira de rodas e na mesa para comermos juntos?
Neide gostou da ideia, mas ela já tinha jantado.
Resolveram comer e começar o processo após o jantar, trazendo Berenice pra ver televisão na sala. Todos juntos.
Foi assim que começou o verdadeiro tratamento.
Enquanto tiravam a mesa, Sr. Jair e Jairo foram ao quarto buscar Berenice.
Ela tinha acostumado a ver televisão sozinha, tinha um aparelho só seu.
Entraram no quarto e Seu Jair falou:
- Vamos pra sala ver televisão e conversar um pouco.
Acostumada a ficar somente no quarto, Berenice estranhou.
- Pra que vão se dar a esse trabalho? Aqui eu vejo.
Jairo se adiantou e com todo carinho a colocou na cadeira.
- Você não cansa de ficar só com você mesma?
- Não quero dar trabalho a ninguém. Estou me sentindo um peso pra todos.
Seu Jair, com lágrimas nos olhos, percebeu que apesar de todos ajudarem, haviam esquecido de dar o mais importante. Cuidavam dela, não deixavam nada faltar, toda hora tinha alguém pra perguntar se queria uma água, um chá, se precisava de alguma coisa, mas assim que a viam confortável cada um ia cuidar de suas próprias coisas, deixando Berenice sozinha.
- A partir de amanhã vai passar a comer na mesa com todos e depois vai ficar na sala até vir o sono. Você não pode ficar deitada o tempo todo.
Levaram a cadeira pra sala e ligaram o aparelho. Assim que Dona Nora, Neide e Janice acabaram de arrumar a cozinha, juntaram-se a eles.
A cada comercial comentavam sobre o programa que estavam vendo e aos poucos ela começou a participar também.
Assim começou uma nova fase.
Todos os dias ao chegarem em casa levavam-na pra sala.
Nos finais de semana a enfermeira folgava e só a família cuidava dela. Passaram a levar a cadeira para o quintal para que tomasse sol. Aos poucos ela foi voltando a se sentir estimulada.
Num sábado resolveram colocar a cadeira na calçada pra ela ver o movimento da rua e logo vizinhas traziam seus banquinhos que colocavam perto para uma conversa, que se prolongava até a hora do almoço. De tarde assistiam televisão ou jogavam dominó ou cartas ou apenas batiam papo até a hora do lanche porque nos finais de semana raramente jantavam.
E o tempo foi passando.
Num sábado, estavam todos no portão, quando parou um carro em frente a casa.
Desceu do carro um homem que quando se aproximou, viram que era o Dr. Álvaro.
- Bom dia, estava passando quando vi minha paciente aqui na rua, tomando área e desci prá saber como está. Espero não estar atrapalhando.
Seu Jair respondeu:
- Não doutor, o senhor não atrapalha em nada. Vamos entrar para um cafezinho.
- Não quero incomodar.
- Não é incomodo. É um prazer receber o senhor que foi tão atencioso conosco, principalmente com a Berenice, indo até fora do seu plantão ver como ela estava. Entre por favor.
Dr. Álvaro entrou e enquanto Dona Nora foi passar um café fresco, ficaram Seu Jair e o médico conversando
Dr. Álvaro perguntou:
- Como vai a fisioterapia?
- Até agora não deu nenhum resultado.
- Como não? Já faz mais de três meses que começou.
- Por enquanto, continua na mesma.
- Acho que então era bom procurar outro profissional.
- Mudar de fisioterapeuta agora não seria começar tudo de novo?
- Pode até ser, mas se não está dando resultado é melhor começar de novo do que seguir adiante com um tratamento ineficaz.
Nesse momento Dona Nora entra na sala, chamando para o café.
- Venham antes que esfrie.
E serviu um café com bolo.
Após tomarem o café o médico se despediu, pois tinha um compromisso e já estava em cima da hora, mas antes de ir recomendou.
- Pense no que conversamos.
E se foi.
Assim que o carro saiu, exclamou:
- Essa agora. Onde vamos arrumar outro fisioterapeuta?
Neide lembrou o que sua colega tinha dito.
- Tenho uma colega de trabalho que tem um irmão que é fisioterapeuta. Segunda vou falar com ela pra ver se ele pode vir aqui.
- É, temos que tentar...
No Domingo a alegria havia diminuído na casa, mas todos disfarçavam e o dia custou a passar.
Segunda chegou e assim que viu a colega perguntou se seu irmão poderia ir ver Berenice e fazer uma avaliação.
- Assim que eu chegar em casa falo com ele, mas ela já não está em tratamento?
- Sim, mas no Sábado o médico dela esteve em casa e nos aconselhou a pedir uma avaliação de outro profissional, porque já tem mais de três meses que está fazendo os exercícios e até agora não houve nenhuma melhora.
- Me dá teu endereço e telefone. Vou falar com ele e te passo um retorno.
Ao final do expediente se despediram e cada uma seguiu seu caminho.
Neide chegou e sua mãe perguntou:
- E aí? Falou com a moça? Ele vem?
- Calma mãe, ela vai falar com ele. - Eu dei o endereço e o telefone daqui e agora é esperar.
Dizendo isso, foi para o banho.
Assim que saiu do banheiro o telefone tocou. Correu pra atender.
- Alô.
- Boa noite. Por favor, eu queria falar com a Neide.
- É ela que está falando.
- Meu nome é Júlio. Sou irmão da Alzira, que trabalha com você. Estou ligando para combinar uma visita prá fazer uma avaliação de Berenice. Pode ser amanhã?
- Durante o dia somente minha mãe e a enfermeira ficam com ela e eu gostaria de estar em casa quando o senhor viesse. Poderia vir a noite?
- Sem problema. Quer que aí agora?
- Claro. Estaremos esperando.
- Então vamos praí.
Neide desligou na hora que seu pai entrou em casa.
- Então filha, falou com sua colega.
- Falei e o rapaz já ligou e daqui a pouco estará aqui.
- Então vou tomar um banho rápido.
Enquanto Seu Jair tomava banho, seus irmãos foram chegando e Jairo trouxe Berenice para a sala.
Ligaram a televisão prá passar o tempo e mais ou menos meia hora depois, palmas no portão.
Neide foi atender e Alzira estava lá com um rapaz que apresentou como Júlio, seu irmão.
Convidados a entrar e depois de apresentados, Júlio disse:
- Preciso ver os laudos e exames que foram feitos até agora.
Dona Nora foi ao quarto e voltou com uma pasta que guardava todos os documentos relativos ao acidente, inclusive receitas.
Seu Jair achou estranho, uma vez que o outro nunca pediu pra ver os papéis.
- No que ver isso modifica o tratamento, o outro nunca viu nada disso.
- O outro na certa se inteirou do caso no hospital. Eu não. Preciso saber que tipo de lesão ela teve pra ser mais preciso na área afetada. Não leva a nada trabalhar em cima do que não dá resultado. Cada tipo de lesão indica um tratamento diferente.
Depois de olhar tudo, perguntou se estavam mesmo dispostos a realizar a troca.
Ao que todos, inclusive Berenice responderam sim.
- Por questão de ética, não gostaria de cruzar com o outro fisioterapeuta. Fica chato tirar o lugar de outro profissional.
- Não se preocupe, vamos dispensa-lo e o senhor começa logo depois. Hoje é Segunda e ele vem na quarta. São três vezes por semana, então o senhor pode começar na Sexta.
- Seria bom deixar ela descansar um pouco. Não sei o tipo de exercícios que ele fazia e o corpo precisa de um descanso entre uma técnica e outra.
- Quanto tempo? Perguntou Seu Jair.
- Pelo menos uma semana.
Berenice ficou muito feliz de se ver livre das dores por pelo menos uma semana.
Tudo acertado e combinado foram embora e Dona Nora foi ver o jantar.
Janice foi para o banho e quando saiu foi a vez de Jairo.
O clima da casa havia mudado. Todos voltaram a ser confiantes e a tristeza que os abateu desde a visita do médico saiu junto com os últimos visitantes.