Um

919 Words
XANDE - Cadê aquela filha da p**a? – invado a casa da mãe da Alice com a minha arma na mão. Sem me importar se eu estava em um condomínio de luxo com vários seguranças ao redor e só com uma ligação dela para polícia, eu estaria muito fodido. - Tu deve ter perdido a noção de invadir a minha casa, né Júnior? – Isabella pergunta com uma audácia que aumenta a minha vontade de meter a bala na filhinha dela mesmo sabendo que não vou poder fazer isso hoje. - Alexandre! Meu nome é Alexandre! Passo por ela que tenta me impedir, mas eu a empurro e subo as escadas correndo em direção ao antigo quarto da minha mulher e a encontro deitada na cama ouvindo música no meu celular completamente distraída a ponto de não me ver ali do seu lado. - Tu é uma v***a da pior espécie, Alice! – puxo os fones dos seus ouvidos e ela levantada assustada e arregala os olhos ao ver minha arma. Tranco a porta com a chave e arrasto uma cômoda para colocar atrás dela para impedir a entrada de qualquer pessoa. - Me perdoa, Xande! Eu não tinha noção do que estava fazendo, estava completamente bêbada e a Stefane ficou incentivando para eu beijar aquele rapaz. – suas lágrimas correm pelo seu rosto e a minha raiva consegue se transformar em ódio. – Eu juro que não queria. - Eu sabia que eu não deveria ter te deixado ir nessa viagem sozinha, mas a minha mãe entrou na minha mente e olha o que eu ganho? Um par de chifres e a tua amiguinha tirando onda com a minha cara. – dou um t**a forte no seu rosto e começam a bater na porta. - Abre essa porta, Júnior. – ouço a voz da minha mãe e bufo com raiva. - Me ajuda, tia Letícia. Seu filho vai me m***r! – Alice grita desesperada e eu dou outro t**a nela. - Cala a sua boca, sua imunda. Tu tá toda errada e vem dar uma de vítima? - Já te expliquei que não tive culpa, p***a. A Stefane armou tudo e nós tínhamos acabado de brigar... - Não justifica, Alice. Eu nunca te trai mesmo que a gente ficasse uma semana brigados e sem s**o, eu nunca fui procurar outra mulher na rua, mas você, na primeira oportunidade, estava rebolando no p*u de outro homem. - Só foi um beijo! Eu não transei com ele, eu juro! - Sua palavra não vale p***a nenhuma para mim. A gente acaba aqui. - Xande... – sua voz chorosa me faz vacilar por um instante, mas eu sei que não posso perdoar ou eu vou perder qualquer moral no morro. - Eu só não vou te m***r, porque você é filha de quem é, só por isso. Antes que ela pudesse responder, o KJ entra pela janela e tira a arma da minha mão e eu nem faço questão de brigar com o velhote, porque o meu acerto com a Alice será em outra data e outro local. - Eu sabia que esse negócio de i*****o ia dar errado, eu avisei, mas vocês insistiram em querer ficar se comendo e olha no que deu, né? - Não é i*****o, pai. Nós não somos primos de verdade, o Xande só é filho do marido da minha tia. – Alice explica e eu assinto. - Mas o importante é que agora acabou, eu só queria xingar essa vaga... Sou interrompido por um dos pais da v***a na minha frente. - Ô, moleque! Você pode ser o dono do morro lá no complexo, mas aqui você precisa respeitar quem tá embaixo do meu teto e isso inclui a minha família. - Tá, KJ. Tanto faz... Tô indo nessa e você, Alice, não ouse aparecer nunca mais em qualquer favela minha ou eu dou a minha palavra que te mato, porque tudo tem limite. - Ela não vai e nem você vem aqui ameaçar ninguém ou quem vai m***r alguém sou eu, Júnior. Ignoro a ameaça e arrasto a cômoda para o lado e ao abrir a porta, encontro toda a minha família no corredor. Estavam apreensivos com que eu poderia fazer. - Já acabou o show, gente. Podem voltar a viver a vida de mentiras de vocês, onde todo mundo finge que é rico e não bandido. – zombo. - Eu não sou bandido. – Miguel, irmão gêmeo da Alice, se defende e eu reviro os olhos. - Óbvio, né mano? Nunca vi traficante gay. – respondo com sarcasmo. - Já li uma fanfic de dono do morro que tinha um casal gay... Achei bem interessante. – Nanda, minha irmã, comenta de maneira totalmente aleatória. Ela recebeu o nome de Fernanda em homenagem à minha falecida mãe, mas é meio louquinha e s*******o como a maioria das adolescentes da idade dela. Minha família quando se unia, mesmo que fosse para resolverem as brigas, pareciam tornar tudo mais agradável para eles, mas comigo sempre foi diferente. Resolvo ignorar todos ao meu redor e vou na direção da escada e desço os degraus com calma. Saio daquela casa com a plena certeza que nunca vou me encaixar na nossa família por mais que eu ame meu pai, minha mãe e irmã adotivas, eu não consigo me sentir bem entre eles. A única pessoa que eu ainda nutri algum sentimento a ponto de sentir que era o meu porto seguro foi a s****a que me traiu e é claro que vou me vingar dela e da pior forma possível, só preciso deixar isso passar para quando encontrarem seu corpo sem vida em um terreno baldio, não acharem que fui eu e sim, algum inimigo nosso.
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